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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Das coisas da natureza

Das coisas da natureza

Não a nada mais bonito
que um riacho correndo
pelas pedras escorrendo
... num aguasse infinito
ou o som de apito
do cantado do cancão
que la no capoeirão
é artista com certeza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

A terrinha perfumada
em inicio de inverno
causa um alivio tão terno
depois de uma chuvarada
o canto da passarada
que se espalha pelo chão
é uma bela visão
de incomparável beleza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

O juazeiro verdejante
em tempo de seca forte
que nunca tem cor de morte
com o seu folhear constante
o tiú muito elegante
correndo sem direção
toma sua posição
e corre com tal leveza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

vive a rasga mortalha
la no sino da igreja
pega a cobra que rasteja
nesse ponto nunca falha
com seu bico de navalha
consegue sua refeição
não traz mal agouro não
só pra serpente indefesa
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

a rolinha cascavel
ou também fogo apagou
na mata quase acabou
graças ao homem cruel
mas quando voa no céu
causa admiração
sua bela coloração
tem cores de tal riqueza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

a caatinga ou mata branca
a capoeira o tabuleiro
o frondoso umbuzeiro
de serventia tão franca
de sua raiz agua arranca
é um oásis do sertão
ajuda a população
possui agua de pureza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

voando na mataria
um bando de avoantes
os buritis tão gigantes
a visão do fim do dia
o cantar rouco da jia
o carcará e o carão
o velho camaleão
com toda sua aspereza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

Espero sinceramente
que preservem nossa terra
ou a vida se encerra
muito rapidamente
torço que futuramente
essa nova geração
pense com o coração
e a mantenham ilesa
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração


AOS PROFESSORES...

É gigante o nosso prejuízo
Com esse maltrato a educação
Por que para mudar a condição
Até a greve, aqui é preciso.
Direitos simples como um piso
O governo finge ser irreal
Ignora o decreto federal
Ameaça, coage e se omite.
E ainda quer que a gente acredite
Que a greve é que é ilegal

Estudei ditadores do passado
Lembro-me deles por vários nomes
Mas um que chamam “Cid Gomes”
Que hoje “des”governa nosso estado
Foi o candidato mais bem votado
Por um povo de pouca instrução!
Pra manter-se na sua condição
Quer deixar o povo ignorante
E por isso seu ataque constante
A já tão machucada educação.

Educar por amor é uma verdade
Como o nosso governador aponta
Mas porem o amor não paga conta
Nem garante vida de qualidade
Ou encobre toda a dificuldade
Que o educador hoje enfrenta!
Esse discurso ninguém aguenta
Professor não é nenhum otário
Governador doe então seu salario
Para ver se só amor te sustenta

E aqui falo aos professores
Através desse meu relato breve
Aos que continuam nessa greve
Quero parabenizar aos senhores
Pois vocês carregam nossas dores
Nossa classe sem reconhecimento!
Que se chegue ao entendimento
Que não dá pra manter uma nação
Onde o profissional da educação
É tratado como um instrumento

(Antonio Wilton da Silva-professor/poeta)


Fonte:http://culturanordestina.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os autores pernambucanos que caem no vestibular


Sociólogo, antropólogo e escritor, Gilberto de Melo Freyre nasceu no Recife, a 15/03/1900. Autor de dezenas de livros, entre os quais "Casa Grande e Senzala" (1933), seu mais importante trabalho, obra considerada fundamental para o entendimento da formação da sociedade brasileira.

Escreveu seu primeiro poema aos 11 anos de idade e, em 1917, concluiu, no Recife, o curso colegial (Colégio Americano Gilbeath de Pernambuco), seguindo, no princípio de 1918, para os USA, onde fez seus estudos universitários: na Universidade de Baylor (bacharelado em Artes Liberais com especialização em Ciências políticas e Sociais) e na Universidade de Colúmbia (mestrado e doutorado em Ciências Políticas, jurídicas e Sociais) onde defendeu, em 1922, a tese "Vida Social no Brasil em Meados do Século XIX".

Viaja a países da Europa e retorna ao Brasil em 1923. Considerado pioneiro da Sociologia no Brasil, em 1926 foi um dos idealizadores do I Congresso Brasileiro de Regionalismo do qual resultou a publicação do Manifesto Regionalista - documento contrário à Semana de Arte Moderna de 1922 e que valorizava o regionalismo nordestino em confronto com as manifestações da "cultura européia".

Em 1936 e 1959, publica, respectivamente, os livros "Sobrados e Mocambos" e "Ordem e Progresso", obras que, com "Casa Grande e Senmzala", formam uma trilogia sobre a história da sociedade patriarcal brasileira.


Foi pioneiro no Brasil ao abordar, em estudos sociológicos, temas como alimentação, moda, sexo etc. e causou polêmica ao defendera tese de que a riqueza cultural brasileira originou-se da mistura de raças (a missisgenação racial) propiciada pelo fato de o colonizador português não ter preconceitos raciais e isso teria facilitado o contacto com o colonizado cordato.

Em 1946 foi eleito deputado federal constituinte (UDN-PE), sendo vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara e representante do governo brasileiro na Assembléia geral das Nações Unidas em 1947. Quando deputado, apresentou o projeto de criação do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (posteriormente transformado em fundação).

De 1926 a 1930, foi secretário particular do então governador de Pernambuco, Estácio Coimbra. Durante a ditadura Vargas foi preso três vezes. Apoiou o governo militar que se instalou no Brasil em 1964 e, posteriormente, defenderia uma reabertura.

Foi, também, pintor. Como jornalista, dirigiu o jornal "A Província" (Recife) e o Diario de Pernambuco; escreveu para a revista O Cruzeiro e colaborou com várias revistas estrangeiras, entre as quais The American Scholar (USA), The Listener (Londres), Diogène (Paris), Kontinent (Viena) e outras.

Era integrante do Conselho Federal de Cultura desde a sua criação; foi presidente do conselho-diretor da Fundação Joaquim Nabuco (Recife); ; detentor de vários prêmios literários e doutor Honoris Causa de dezenas de universidades brasileiras e estrangeiras. Da Rainha Elezibeth II recebeu o título de Cavaleiro do Império Britânico. Morreu no Recife, a 18/07/1987, de isquemia cerebral, depois de passar uma semana na UTI do Hospital Português.

Interpretação da obra

Segundo Celso Pedro Luft, Gilberto Freyre "é uma das glórias do pensamento brasileiro". No Dicionário de Literatura Portuguesa e Brasileiro, Luft assim define o autor pernambucano: "A rigorosa formação universitária, as qualidades de cientista e artista, o seu anti-sectarismo permitiram-lhe imprimir novos rumos aos estudos socioculturais. Rumos mais metódicos, mais técnicos, para progredir nos caminhos de Sílvio Romero e Euclides da Cunha. Casa Grande & Senzala é um marco de suma importância para a ciência e as letras brasileiras, valendo ao autor projeção internacional".

Ainda segundo Celso Luft, Gilberto Freyre foi "um pensador equilibrado, soube evitar os extremos: como cientista foge aos exageros cientificistas, como artista nada tem de estetismo. Revolucionando o ensaio científico nos seus métodos, revolucionou-o também na expressão.

A sua prosa, pobre na aparência, é antes sóbria e precisa. Vocabulário reduzido, terminologia científica só rigorosamente necessária, pouca adjetivação. Não qualifica; faz das comparações os seus adjetivos -como observou Luís Jardim. Mas, preferindo palavras simples e pouco numerosas, evitando o preciosismo, a retórica, o supérfluo - G.F. imprime grande plasticidade, colorido e ritmo à sua prosa".

Celso Pedro Luft conclui: "Pela expressão concreta, pelas imagens fortes, pelo vocabulário e fraseado vivo, Gilberto Freyre consegue dar força e calor humano ao que escreve. Daí o interesse com que se lêem os seus ensaios que, sem o estilo pessoal do autor, facilmente seriam áridos ou indigestos".

Sobre Casa Grande & Senzala, Celso Luft escreve: "Pode-se dizer que, com esse livro, Gilberto Freyre iniciou o ensaio científico, em contraposição ao ensaio acadêmico; revolucionou os estudos de sociologia histórica brasileira. Nessa obra, como nas que se lhe seguem, uma ampla e inteligente pesquisa justifica as conclusões".

Prêmios e medalhas

Prêmio da Sociedade Felipe d'Oliveira, RJ, 1934 * Prêmio Anisfield-Wolf, USA, 1957 * Prêmio de Excelência Literária, Academia Paulista de Letras, 1961 * Prêmio Machado de Assis, Academia Brasileira de Letras (conjunto de obra), 1962 * Prêmio Moinho Santista de Ciências Sociais, 1964 * Prêmio Aspen, Instituto Aspen, USA, 1967 * Prêmio Internacional La Madonnina, Itália, 1969 * Troféu Novo Mundo, São Paulo, por "obras notáveis em Sociologia e História", 1973 * Troféu Diários Associados, por "maior distinção atual em Artes Plásticas", 1973 * Prêmio Jabuti, Câmara Brasileira do Livro, 1973 * Sir - "Cavaleiro Comandante do Império Britânico", distinção conferida pela Rainha da Inglaterra em 1971 * Medalha Joaquim Nabuco, Assembléia Legislativa de Pernambuco, 1972 * Medalha de Ouro José Vasconcelos, Frente de Afirmación Hispanista de México, 1974 * Educador do Ano, Sindicato dos Professores do Ensino Primário e Secundário em Pernambuco e Associação dos Professores do Ensino Oficial, 1974 * Medalha Massangana, Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1974 * Prêmio Caixa Econômica Federal, Fundação Cultural do Distrito Federal, 1979 * Prêmio Moinho Recife, 1980 * Medalha da Ordem do Ipiranga, do Estado de São Paulo, 1980 * Grã-cruz da República Federal Alemã, 1980.

Títulos

Doutor Honoris Causa, em Letras, pela Universidade de Columbia * Doutor Honoris Causa pela Sorbonne * Doutor Honoris Causa, em Letras, pela Universidade de Coimbra * Doutor Honoris Causa, em Letras, pela Universidade de Sussex, Inglaterra * Doutor em Ciências Políticas, Jurídicas e Sociais, pela Universidade de Münster, Alemanha * Doutor Honoris Causa, em Filosofia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro * Doutor Honoris Causa, em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade Federal de Pernambuco * Adstrito Honorário da Universidade de Salamanca, Espanha * Adstrito Honorário da Universidade de Buenos Ayres * Professor Honorário das universidades federais de Pernambuco, Bahia e Paraíba.

Bibliografia completa

1933: Casa Grande e Senzala (Formação da Família Brasileira sob o Regime de Economia patriarcal), Maia & Schmidt Ltda, RJ. 20a edição, comemorativa do 80o aniversário do autor, pela Editora José Olympio/Instituto Nacional do Livro, com ilustrações de Tomás Santa Rosa, Cícero Dias e Poty e poemas de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira; prefácio de Eduardo Portella e crônica de José Lins do Rego. Traduções nas línguas espanhola, inglesa, francesa, alemã, italiana e polonesa e edição em Portugal.

1934: Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, com ilustrações de Luís Jardim, Edição do Autor. 4a edição pela Editora José Olympio, RJ, 1968, com fotografias e ilustrações de Luís Jardim e Rosa Maria.

1935: Artigos de Jornal, Casa Mouzart, Recife. Incluído em Retalhos de Jornais Velhos.

1936: Sobrados e Mocambos (Decadência do Patriarcado Rural e Desenvolvimento do Urbano), Companhia Editora Nacional, São Paulo. 2a edição, refundida, 3 volumes, com ilustrações de Lula Cardoso Ayres, Manuel Bandeira, Carlos Leão e do autor, Editora José Olympio, RJ, 1951. Várias edições seguintes e edições também inglesa e norte-americana.

1937: Nordeste (Aspectos da Influência da Cana Sobre a Vida e a Paisagem do Nordeste do Brasil), com fotografias e ilustrações de Manuel Bandeira, Editora José Olympio, RJ. Várias edições seguintes e traduções espanhola, francesa e italiana.

1938: Conferências na Europa, Ministério da Educação e Saúde, RJ. Revisto e aumentado, passou a constituir O Mundo que o Português Criou.

1939: Açúcar (Algumas Receitas de Doces e Bolos dos Engenhos do Nordeste), com ilustrações de Manuel Bandeira, Editora José Olympio, RJ. A partir de 1969, novas edições, aumentadas, sob o título Açúcar (Em Torno da Etnografia, da História e da Sociologia do Doce no Nordeste Canavieiro do Brasil), com ilustrações de Manuel Bandeira.

1939: Olinda - 2o Guia prático, Histórico e Sentimental de Cidade Brasileira, edição do autor, Recife, com ilustrações de Manuel Bandeira. Várias edições seguintes, revistas e aumentadas, pela Editora José Olympio, RJ.

1940: Diário Íntimo do Engenheiro Vauthier (prefácio e notas), Ministério da educação, RJ. Incluído na segunda edição de Um Engenheiro Francês no Brasil.

1940: Um Engenheiro Francês no Brasil - prefácio do prof. Paul Arbousse-Bastide. 2a edição em 2 volumes ilustrados, 1960: 1o vol. Um Engenheiro Francês no Brasil; 2o vol. Diário Íntimo de Louis Léger Vauthier, Cartas Brasileiras de Vauthier, tradução de Vera M.F. de Andrade e prefácio, introdução e notas de G. Freyre. Todas as edições pela Editora José Olympio, RJ.

1940: Memória de Um Cavalcanti (Introdução às), Companhia Editora Nacional, SP. Incluído em O Velho Félix e suas Memórias de um Cavalcanti.

1940: O Mundo que o Português Criou (Aspectos das Relações Sociais e de Cultura do Brasil com Portugal e as Colônias Portuguesas), Editora José Olympio. Edição em Portugal.

1941: Região e Tradição, prefácio de José Lins do Rego e ilustrações de Cícero Dias, Editora José Olympio, RJ. 2a edição Gráfica Record Editora, RJ, 1968.

1942: Ingleses, prefácio de José Lins do Rego, Editora José Olympio.

1943: Problemas Brasileiros de Antropologia, Casa do Estudante do Brasil, RJ. Edições seguintes, com prefácio de Gonçalves Fernandes, pela Editora José Olympio, RJ.

1944: Perfil de Euclides e Outros Perfis, desenhos de Santa Rosa e C. Portinari, Editora José Olympio, RJ.

1944: Na Bahia, Em 1943, Companhia Brasileira de Artes Gráficas, RJ.

1945: Sociologia I (Introdução ao Estudo dos Seus Princípios), 2 volumes, várias edições, todas pela Editora José Olympio, com prefácio de Anísio Teixeira.

1945: Brazil: An Interpretation, Alfred A. Knopf, Nova Iorque. 2a edição em 1947 (texto expandido em New World in the Tropics). Edição brasileira: Interpretação do Brasil, tradução e introdução de Olívio Montenegro, Editora José Olympio, RJ, 1947. Edições também em Portugal, Itália, México.

1948: Ingleses no Brasil (Aspectos da Influência Britânica sobre a Vida, a Paisagem e a Cultura do Brasil), Editora José Olympio, RJ.

1950: Quase Política (9 Discursos e 1 Conferência), Editora José Olympio, RJ. 2a edição em 1966.

1953: Um Brasileiro em Terras Portuguesas (Introdução a uma Possível Lusotropicologia, Acompanhada de Conferências e Discursos Proferidos em Portugal e em Terras Lusitanas e ex-Lusitanas da Ásia, da África e do Atlântico), Editora José Olympio, RJ. Edição também em Portugal.

1953: Aventura e Rotina (Sugestões de uma Viagem à Procura das Constantes Portuguesas de Caráter e Ação), Editora José Olympio, RJ, e edição em Portugal.

1955: Assombrações do Recife Velho, Editora Condé, RJ. 2a e 3a edições pela José Olympio, 1970 e 1974.

1956: Problème de Changement Social Au 20eme Siècle (com L. von Wiese, Morris Guinsberg e Georges Davy), Londres e Hereford.

1958: Integração Portuguesa nos Trópicos. Portuguese Integration in the Tropics. Junta de Investigações do Ultramar, Vila Nova de Famalicão, Portugal.

1959: Ordem e Progresso (Processo de Desintegração das Sociedades Patriarcal e Semipatriarcal no Brasil sob o Regime de Trabalho Livre: Aspectos de um Quase Meio Século de Transição do Trabalho escravo para o Trabalho Livre; e da Monarquia para a República), 2 volumes, Editora José Olympio, RJ. Edição também em língua inglesa.

1959: O Velho Félix e suas Memórias de um Cavalcanti, Editora José Olympio, RJ.

1959: New World in the Tropics, Knopf, Nova Iorque. edição em língua portuguesa: Novo Mundo nos Trópicos, tradução de Olívio Montenegro e Luís Miranda Corrêa, 1a edição pela Companhia Editora nacional, SP, 1971. Também editada no Japão.

1959: A Propósito de Frades, Universidade da Bahia.

1960: Brasis, Brasil e Brasília, Livros do Brasil, Lisboa. 2a edição,atualizada, Gráfica Record Editora, RJ, 1968.

1961: O Luso e o Trópico - Sugestões em Torno dos Métodos Portugueses de Integração de Povos Autóctones e de Culturas Diferentes da Européia num Complexo Novo de Civilização: O Lusotropical, editado pela Comissão Executiva das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, Lisboa. edições também em francês e inglês.

1961: Sugestões de um Novo Contacto com Universidades Européias, Imprensa Universitária, Recife.

1962: Arte, Ciência e Trópico (Em Torno de Alguns Problemas de Sociologia da Arte), Edições Martins, SP.

1962: Homem, Cultura e Trópico, Imprensa Universitária, Recife.

1962: Vida, Forma e Cor, Editora José Olympio, RJ, prefácio de Renato Carneiro Campos.

1962: Talvez Poesia, Editora José Olympio, RJ, prefácio de Mauro Mota.

1963: Brazil, Pan American Union, Washington.

1963: O Escravo nos Anúncios de Jornais Brasileiros do Século XIX, Imprensa Universitária, Recife e 2a edição pela Companhia Editora Nacional/Instituto Joaquim Nabuco, em 1979.

1964: Vida Social no Brasil nos Meados do Século XIX, tradução do original inglês (Social Life in Brazil in the Middle of the 19th Century) por Valdemar Valente e prefaciada pelo autor, Instituto Joaquim Nabuco, Recife.

1964: Retalhos de Jornais Velhos, Editora José Olympio, RJ, prefácio de Luís Jardim.

1964: Dona Sinhá e o Filho Padre (seminovela), editora José Olympio, RJ. Edições também norte-americana e em Portugal.

1965: Seis Conferências em Busca de um Leitor, Editora José Olympio, RJ.

1966: The Racial Factors in Contemporany Politics, Sussex, Inglaterra.

1967: Sociologia da Medicina, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

1968: Oliveira Lima, Dom Quixote Gordo (com 60 cartas inéditas de Oliveira Lima), Imprensa Universitária, Recife. 2a edição em 1970.

1968: Como e Porque Sou e Não Sou Sociólogo, Editora Universidade de Brasília.

1968: Contribuição Para Uma Sociologia da Biografia (O Exemplo de Luís de Albuquerque, Governador de Mato Grosso, no fim do Século XVIII), 2 volumes, Academia Internacional de Cultura Portuguesa, Lisboa. 2a edição pela Fundação de Cultura de Mato Grosso, 1978.

1969: Transformação Regional e Ciência Ecológica, Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, Recife.

1970: Cana e Reforma Agrária (com outros autores), Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, Recife.

1971: Seleta para Jovens, Organizada pelo autor com a colaboração de Maria Elisa Dias Collier, Editora José Olympio, RJ.

1971: The History of Brazil, 3 volumes, edição conjunta de The Masters and Slaves, The mansions and the Shanties e Order and Progress, Secker & Warbury, Londres.

1971: Nós e a Europa Germânica (Em Torno de Alguns Aspectos das Relações do Brasil com a Cultura Germânica no Decorrer do Século XIX), Grifo Edições/INL, Rio de Janeiro/Brasília.

1971: A Casa Brasileira (Tentativa de Síntese de Três Diferentes Abordagens, já Realizadas pelo Autor, de um Assunto Complexo: a Antropológica, a Histórica, a Sociológica), Grifo Edições, RJ.

1972: A Condição Humana e Outros Temas - Trechos escolhidos por Maria Elisa Dias Collier, Grifo Edições/INL, Rio de Janeiro/Brasília.

1973:Além do Apenas Moderno (Sugestões em Torno de Possíveis Futuros do Homem, em Geral, e do Homem Brasileiro, em Particular), Editora José Olympio, RJ. Edição também na Espanha.

1974: The Gilberto Freyre Reader. Transl. by Barbara Shelby. Alfred A. Knopf, New York.

1975: Tempo Morto e Outros Tempos (trechos de um diário de adolescência e primeira mocidade - 1915/1930), Editora José Olympio.

1975: A Presença do Açúcar na Formação Brasileira, Instituto do Açúcar e do Álcool.

1975: O Brasileiro Entre os Outros Hispanos: Afinidades e Possíveis Futuros nas suas Inter-relações, Editora José Olympio/INL.

1977: O Outro Amor do Dr. Paulo (seminovela, continuação de Dona Sinhá e o Filho Padre), Editora José Olympio, RJ.

1977: Antologia, Ediciones Cultura Hispánica, Madri.

1977: Obra Escolhida (Casa Grande & Senzala, Nordeste e Novo Mundo nos Trópicos), Nova Aguilar, RJ.

1978: Alhos & Bugalhos, Editora Nova Fronteira, RJ.

1978: Cartas do Próprio Punho Sobre Pessoas e Coisas do Brasil e do Estrangeiro, Conselho Federal de Cultura, RJ.

1979: Heróis e Vilões no Romance Brasileiro, Cultrix/Editora da USP.

1979: OH de Casa! - Em Torno da Casa Brasileira e da sua Projeção sobre um Tipo Nacional de Homem, Artenova/Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.

1979: Tempo de Aprendiz, Ibrasa/INL.

1979: Pessoas, Coisa e Animais, MPM Propaganda.

1980: Poesia Reunida, Edições Pirata, Recife, com ilustrações de Marcos Cordeiro.

1988: Ferro e Civilização no Brasil, Fundação Gilberto Freyre, Recife, e Editora Record, Rio de Janeiro.

Adaptção para teatro: Casa Grande & Senzala, drama em três atos, de José Carlos Cavalcanti Borges, Serviço Nacional de Teatro, RJ.


Livros sobre Gilberto Freyre


1944: Gilberto Freyre (Notas biográficas), ilustrado, de Diogo de Melo Menezes, prefácio de Monteiro Lobato, Casa do Estudante do Brasil, RJ.

1962: Gilberto Freyre, Sua Ciência, Sua Filosofia, Sua Arte (64 ensaios sobre G.F. e sua influência na moderna cultura do Brasil), obra comemorativa do jubileu de prata de Casa grande & Senzala, ilustrado, Editora José Olympio, RJ.

1979: Casa Grande & Senzala, Obra Didática?, de Gilberto de Macedo, Editora Cátedra/INL.

1984: O Elogio da Dominação - Relendo Casa Grande & Senzala, Maria Alice de Aguiar Medeiros, Achiamé, RJ.


Outros: Casa Grande & Senzala foi o tema escolhido pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira para o seu desfile no carnaval carioca de 1962.

Fonte:http://www.pe-az.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=313:gilberto-freyre&catid=60:vestibular-autores-pernambucanos&Itemid=168

sábado, 17 de setembro de 2011

O Ronco da Abelha


O Ronco da Abelha foi um movimento armado que eclodiu em diversas províncias do Nordeste brasileiro entre os anos de 1851 e 1852. O estopim da revolta foram dois decretos lançados em junho de 1850. O primeiro decreto, o 797, tratava do recenseamento da população, e o segundo, o decreto 789, tratava do Registro Civil no caso de nascimento e óbito, anteriormente feitos pela Igreja e que agora, passariam à responsabilidade dos Cartórios.

Os revoltosos reivindicavam o fim desses Decreto Imperiais que retiravam da Igreja o direito de emitir registros e óbitos. Para complicar mais as coisas, os sacerdotes da Igreja Católica, nada satisfeita com a perda de parte de sua autoridade, começaram a pregar contra os registros civis, que por eles eram chamados “papel de satanás”, provocando, ainda mais, a revolta da população. Além disso, a população interiorana, não bem informada dessas exigências, passou a interpretar que o governo estava levantando dados para escravizar a população livre. Tal ideia foi aos poucos sendo difundida

Na Paraíba, o movimento começou na Vila de Ingá. Centenas de pessoas invadiam os cartórios, queimaram todos os papéis, quebraram os móveis e ameaçaram os moradores. A revolta se espalhou por várias outras Vilas no brejo paraibano, cujos revoltosos agiam da mesma maneira. Todo efetivo da Força Policial sediado na Capital foi deslocado para o interior a fim de serenar os ânimos.
Para reprimir o movimento, o governo mobilizou mais de mil soldados da polícia e convocou a Guarda Nacional, que foram deslocados para o interior a fim de serenar os ânimos. Além disso, o Governo se utilizou de padres Capuchinhos, que prometiam a salvação a quem desistisse do movimento e o fogo do inferno a quem não se submetesse.

Apesar da ação enérgica do governado, ficava difícil a repressão porque não se identificavam os líderes. Muitas pessoas foram acusadas de comandar alguns conflitos, porém não se conseguiam provas contra elas. Por fim, em 29 de janeiro de 1852, o governo imperial edita o decreto 970 que suspende o decreto 797 e 798. E a revolta chega ao fim. A realização do censo só irá ocorrer vinte anos depois e o registro civil só é implantado com o advento da República, quando ocorre a separação oficial entre Estado e Igreja.

Em Pernambuco, o movimento ficou conhecido como “A Guerra dos Maribondos”.

Fonte:http://culturapopular2.blogspot.com/2010/07/o-ronco-da-abelha.html