O dirigível alemão, que media 235 metros de comprimento, chegou a uma velocidade espantosa para uma aeronave do seu porte: 110 quilômetros por hora. Sua missão era estabelecer o tempo que os dirigíveis levariam para se deslocar da Europa Central até o Brasil, a fim de determinar sua viabilidade econômica como transporte de cargas.
E, quando o "Graf Zeppelin" atracou no Recife, o sucesso foi comemorado: a travessia do Atlântico foi feita em tempo recorde (três dias) e a cidade, local do primeiro pouso, parou diante do espetáculo.
Tudo aconteceu numa quinta-feira, 22 de maio de 1930, ao mesmo tempo em que no Rio de Janeiro o Congresso Nacional proclamava eleito o presidente da República, Júlio Prestes. Mas os jornais de Pernambuco só estamparam em suas primeiras páginas um único assunto: a chegada do dirigível, ocorrida exatamente às 18h35m.
A recepção ao Zeppelin, que havia deixado a base de Friedrichshaven, na Alemanha, às 17h do dia 18 de maio, foi minunciosamente preparada pelas autoridades governamentais.
O prefeito do Recife decretou feriado municipal. O governador de Pernambuco, Estácio Coimbra, sancionou um extenso decreto estabelecendo como os recifenses deveriam se comportar no dia da chegada do "grande navio aéreo", decreto este que regulamentava até mesmo "o tráfego de veículos e pedestres na cidade".
Para atender a multidão que pagou três mil contos de réis pelo acesso ao Campo do Jiquiá, construído especialmente para o pouso, a Great Western colocou vários trens extras, e 1.010 policiais trabalharam no local.
O grande interesse pela chegada do "Graf Zeppelin" ao Recife tinha uma justificativa: aquela era a primeira vez que o dirigível atracava não só no Brasil, como também na América do Sul.
Além disso, o dirigível, criado no final do século anterior pelo engenheiro alemão Ferdinand von Zeppelin, era o que havia de mais avançado em tecnologia de grandes aeronaves mais leves do que o ar. Equipado com cinco motores Maybach de 530 HP cada, tinha capacidade para transportar nove toneladas de carga, 20 passageiros e 26 tripulantes.
Os Zeppelins eram aeróstatas dirigíveis, de tipo rígido, e, entre 1904 e 1914, foram construídos na Alemanha 25 aparelhos de grande porte, o que deu àquele país a liderança mundial na tecnologia de aeronaves mais leves do que o ar.
O exército e a marinha alemães compraram alguns desses dirigíveis e os outros foram usados por empresas aéreas para transporte a longas distâncias. Dois ficaram mundialmente famosos: o "Hindenburg", concluído em 1936, e o "Graf Zeppelin", que fez a primeira viagem ao Brasil.
Os dirigíveis alemães eram considerados tão confortáveis quanto um transatlântico. Sua carcaça era de alumínio, em forma de cilindro, revestida interiormente de um tecido de seda envernizada, onde ficavam os camarotes da tripulação e as instalações para passageiros e cargas.
Suas dimensões variavam de acordo com a capacidade de transporte do aparelho que era cheio de bolsões de hidrogênio, altamente inflamável. O gás, menos denso que a atmosfera, permitia ao dirigível se deslocar sem consumir combustível.
O dirigível que veio ao Recife tinha 235 metros de comprimento, 33,5 metros de altura e 30,5 metros de diâmetro. Sua força de elevação era de 129 toneladas e as instalações para passageiros eram compostas de dez camarotes com duas camas cada, sala de jantar e de recreio e banheiros.
Voava a uma altura de 150 a 200 metros, com velocidade máxima de 130 km/hora. Depois do primeiro pouso, o "Graf Zeppelin" fez várias viagens ligando o Brasil à Europa, passando quinzenalmente pelo Recife.
Como as mais de cem aeronaves do seu tipo que na década de 1930 circulavam por várias partes do mundo, o "Graf Zeppelin" foi retirado de uso depois que o "Hindenbrg", atingido por um raio, explodiu no ar, em maio de 1937, nos Estados Unidos, matando 37 pessoas.
Estava encerrada a carreira do grande dirigível que, ao pousar no Recife, foi assim aclamado pelo Jornal Pequeno: "Ninguém mais tem dúvida de que ele será, no futuro, o meio preferido, principalmente pela segurança, para o comércio entre os povos dos continentes".
E, quando o "Graf Zeppelin" atracou no Recife, o sucesso foi comemorado: a travessia do Atlântico foi feita em tempo recorde (três dias) e a cidade, local do primeiro pouso, parou diante do espetáculo.
Tudo aconteceu numa quinta-feira, 22 de maio de 1930, ao mesmo tempo em que no Rio de Janeiro o Congresso Nacional proclamava eleito o presidente da República, Júlio Prestes. Mas os jornais de Pernambuco só estamparam em suas primeiras páginas um único assunto: a chegada do dirigível, ocorrida exatamente às 18h35m.
A recepção ao Zeppelin, que havia deixado a base de Friedrichshaven, na Alemanha, às 17h do dia 18 de maio, foi minunciosamente preparada pelas autoridades governamentais.
O prefeito do Recife decretou feriado municipal. O governador de Pernambuco, Estácio Coimbra, sancionou um extenso decreto estabelecendo como os recifenses deveriam se comportar no dia da chegada do "grande navio aéreo", decreto este que regulamentava até mesmo "o tráfego de veículos e pedestres na cidade".
Para atender a multidão que pagou três mil contos de réis pelo acesso ao Campo do Jiquiá, construído especialmente para o pouso, a Great Western colocou vários trens extras, e 1.010 policiais trabalharam no local.
O grande interesse pela chegada do "Graf Zeppelin" ao Recife tinha uma justificativa: aquela era a primeira vez que o dirigível atracava não só no Brasil, como também na América do Sul.
Além disso, o dirigível, criado no final do século anterior pelo engenheiro alemão Ferdinand von Zeppelin, era o que havia de mais avançado em tecnologia de grandes aeronaves mais leves do que o ar. Equipado com cinco motores Maybach de 530 HP cada, tinha capacidade para transportar nove toneladas de carga, 20 passageiros e 26 tripulantes.
Os Zeppelins eram aeróstatas dirigíveis, de tipo rígido, e, entre 1904 e 1914, foram construídos na Alemanha 25 aparelhos de grande porte, o que deu àquele país a liderança mundial na tecnologia de aeronaves mais leves do que o ar.
O exército e a marinha alemães compraram alguns desses dirigíveis e os outros foram usados por empresas aéreas para transporte a longas distâncias. Dois ficaram mundialmente famosos: o "Hindenburg", concluído em 1936, e o "Graf Zeppelin", que fez a primeira viagem ao Brasil.
Os dirigíveis alemães eram considerados tão confortáveis quanto um transatlântico. Sua carcaça era de alumínio, em forma de cilindro, revestida interiormente de um tecido de seda envernizada, onde ficavam os camarotes da tripulação e as instalações para passageiros e cargas.
Suas dimensões variavam de acordo com a capacidade de transporte do aparelho que era cheio de bolsões de hidrogênio, altamente inflamável. O gás, menos denso que a atmosfera, permitia ao dirigível se deslocar sem consumir combustível.
O dirigível que veio ao Recife tinha 235 metros de comprimento, 33,5 metros de altura e 30,5 metros de diâmetro. Sua força de elevação era de 129 toneladas e as instalações para passageiros eram compostas de dez camarotes com duas camas cada, sala de jantar e de recreio e banheiros.
Voava a uma altura de 150 a 200 metros, com velocidade máxima de 130 km/hora. Depois do primeiro pouso, o "Graf Zeppelin" fez várias viagens ligando o Brasil à Europa, passando quinzenalmente pelo Recife.
Como as mais de cem aeronaves do seu tipo que na década de 1930 circulavam por várias partes do mundo, o "Graf Zeppelin" foi retirado de uso depois que o "Hindenbrg", atingido por um raio, explodiu no ar, em maio de 1937, nos Estados Unidos, matando 37 pessoas.
Estava encerrada a carreira do grande dirigível que, ao pousar no Recife, foi assim aclamado pelo Jornal Pequeno: "Ninguém mais tem dúvida de que ele será, no futuro, o meio preferido, principalmente pela segurança, para o comércio entre os povos dos continentes".
Nenhum comentário:
Postar um comentário