sábado, 5 de junho de 2010

MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR (MCP)


MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR (MCP)


Lúcia Gaspar

Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco

pesquisaescolar@fundaj.gov.br

Como ressalta um dos seus idealizadores, o professor Germano Coelho (depois prefeito da cidade de Olinda):

Como uma das propostas básicas do MCP era a educação de adultos, em setembro de 1961, foram criadas escolas de rádio que visavam suprir esse segmento educacional bastante carente. Em 1962, professores e intelectuais organizaram uma cartilha intitulada Livro de leitura para adultos ou Cartilha do MCP para a alfabetização de adultos. Os programas radiofônicos eram transmitidos pelas rádios Clube de Pernambuco e Continental. As aulas eram ministradas à noite e os alunos adultos compartilhavam o mesmo espaço das escolas diurnas para crianças e adolescentes, mas foi necessária a abertura de novas unidades, além da aquisição de mais aparelhos de rádio. O processo de elaboração e transmissão era coordenado por um grupo central, com o auxílio de monitores, orientações do Guia do alfabetizado e o apoio de universitários.

Devido à proximidade das eleições para o Governo de Pernambuco, em 1962, o Movimento enfrentou muita pressão política. Os jornais publicaram diversas matérias e artigos fazendo críticas a sua atuação. Para respondê-las, os dirigentes do MCP divulgaram uma extensa nota, intitulada Do Movimento de Cultura Popular ao povo, onde fazem um relatório de todas as suas atividades e rechaçam as acusações. Assinada pelo seu presidente Germano Coelho e todos os diretores, foi publicada no Jornal do Commercio, Recife, no dia 2 de setembro de 1962 (p. 29), parcialmente transcrita abaixo:

Por causa do clima político existente na época, o MCP alcançou repercussão nacional, servindo de modelo para movimentos semelhantes criados em outros estados do Brasil.

Recife, 29 de julho de 2008.

(Atualizado em 31 de agosto de 2009).

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