Apesar de definidas como crenças populares absurdas e ridículas, as crendices (ou superstições) sempre existiram entre todos os povos. Em Pernambuco, bem como nos demais Estados do Nordeste brasileiro, crendices de todos os tipos são repassadas de geração a geração. Veja, aqui, as crendices relacionadas com os animais:
Besouro - Quando um besouro passa zumbindo pelos ouvidos de uma pessoa é sinal de mau agouro. A solução é pronunciar frases do tipo: "Credo! Vai-te para quem te mandou; dize que não me achaste; eu te arrenego; cruz credo!".
Coruja - É de mau agouro o canto lúgubre de uma coruja, ao cair da tarde, ou simplesmente quando ela pousa sobre o telhado da casa.
Beija-flor - Da mesma forma que as borboletas pretas ou as formigas de asa, quando um beija-flor invada a casa é mau agouro.
Anum - Também é considerado de mau agouro quando um anum preto pousa nas árvores vizinhas das casas habitadas na zona rural.
Cachorro - Quando um cachorro cava à porta ou no quintal de uma casa é sinal de que uma sepultura terá de ser aberta.
Urubu - É prenúncio de morte quando um urubu pousa no telhado de uma casa ou simplesmente quando ele voa repetidas vezes em torno de uma residência.
Esperança - Quando a esperança (espécie de gafanhoto verde) entra na casa ou pousa sobre uma pessoa é sinal de alegria, de que uma coisa boa vai acontecer.
Bem-ti-vi - Quando um bem-ti-vi canta insistentemente nas proximidade de uma casa é sinal de que uma pessoa ausente e estimada irá chegar.
Pitiguari - Quando um pitiguari canta também é aviso de que uma pessoa querida irá chegar. O sertanejo afirma que o cantar desse pássaro parece dizer claramente: "Olha para o caminho, quem vem!...".
O que acontece quando:
- Quem pisa o rabo de um gato não casa no ano em que o fato aconteceu
- Ao encontrar uma cobra, uma mulher deve virá o cós da saia e dizer: "Estás presa por ordem de São Bento" (que é o advogado contra os ofídios). Assim, essa cobra ficará imóvel, não oferecerá nenhuma resistência, e a mulher poderá matá-la facilmente.
- Quem mata um cachorro fica devendo uma alma a São Lázaro
- Para um cachorro não crescer, basta pesá-lo com sal, logo ao nascer
- Quando uma cabra espirra é sinal de chuva
- Quando a cigarra estoura, de tanta cantar, de sua casca nasce o cipó japecanga
- O sapo não entra em decomposição, fica ressequido, mirrado e quem o matar ficará com o corpo do mesmo jeito
- Quando uma cobra entra na água deixa o veneno em terra e, picando alguém, não causa mal algum
- O pavão entristece quando olha para os pés
- Os negócios serão bons quando o dono colocar um chifre de boi no alto de uma balança ou em outra parte do seu estabelecimento comercial
- Uma pessoa que come uma galinha choca fica com fome canina
- Se o galo cantar várias vezes durante o dia é mau agouro. Se cantar exatamente ao meio-dia é sinal de moça fugida e cantando às dez horas é sinal de casamento
- Aos rapazes que apalpam galinhas não nasce barba
Origem da intriga entre o cachorro e o gato
Como tudo no mundo tem uma explicação, o imaginário popular também inventou uma história para explicar a famosa inimizade entre o cachorro e o gato. Essa estória é a seguinte:
Consta que, em tempos passados, o cachorro, hoje escravo do homem, havia conquistado o direito de viver livremente e era um dos grandes amigos do gato. E essa liberdade foi atestada inclusive com papel passado, uma carta de alforria.
Não tendo onde guardar o documento, um dia o cachorro pediu ao gato que guardasse a tal carta de alforria. Meio desligado, o gato depositou o documento do amigo entre as telhas da coberta da casa, crente que aquele era um lugar seguro.
Mas, eis que aconteceu o inesperado. O rato encontrou aquele papel e, como andava à cata de algo para forrar seu ninho, fez a festa: picotou a carta de alforria em centenas de pedaço. Com isso, o cachorro voltou ao cativeiro e jamais perdoou o gato.
Por ter perdido o grande amigo, o gato, por sua vez, tornou-se inimigo ferrenho do rato que, afinal, foi o grande causador do infortúnio do cachorro. Dizem que, ainda hoje, o gato não perdeu totalmente a esperança de reconquistar a velha amizade.
E é por isso que, de vez em quando, as pessoas encontram um gato e um cachorro que se dão bem.
Ditados populares relacionados a animais
- Um dia, um dia, cachorro de paca mata cotia
- Camarada é boi de carga
- Boi solto lambe-se todo
- Na casa de Gonçalo, a galinha manda mais que o galo
- Quem come galinha magra paga uma gorda
- A galinha da minha vizinha é mais gorda do que a minha
- Galinha preta põe ovos brancos
- De grão em grão a galinha enche o papo
- Na sombra da galinha o cachorro bebe água
- Não se amarra cachorro com lingüiça
- A grande cão, grande osso
- Cachorro que muito anda, apanha pau ou rabugem
- Cão que muito late não morde
- Quem não tem cão, caça com gato
- Gato escaldado de água fria tem medo
- Gato quando não morde, arranha
- Gato escondido com o rabo de fora
- Tirar com a mão do gato
- Da casa de gato não sai rato farto
- Gato muito miador é pouco caçador
- Para burro velho, capim novo
- Cavalo dado não se abre a boca
- Por uma besta dar um coice, não se lhe corta a perna
- Praga de urubu magro não mata cavalo gordo
- Urubu pelado não voa em bando
- Quando urubu está caipora, não há galho verde que o agüente
- Onde se mata o boi aí se esfola
- Guariba quando se remexe, quer chumbo
- A ovelha mansa mama na sua teta e na alheia
- Uma ovelha má deita um rebanho a perder
- Macaco velho não mete a mão em cumbuca
- Cada macaco no seu galho
- Em terra de sapo, de cócoras com ele
- Cobra que não nada, não engole sapo
- A primeira pancada é que mata a cobra
- Dois tatus machos não moram em um buraco
- Dois bicudos não se beijam
- Em festa de jacaré não entra nambu
- Pela boca morre o peixe
- Com mel se pegam as moscas
- Em boca fechada não entram moscas
- Papagaio come milho, periquito leva a fama
- A formiga quando quer se perder cria asas
Besouro - Quando um besouro passa zumbindo pelos ouvidos de uma pessoa é sinal de mau agouro. A solução é pronunciar frases do tipo: "Credo! Vai-te para quem te mandou; dize que não me achaste; eu te arrenego; cruz credo!".
Coruja - É de mau agouro o canto lúgubre de uma coruja, ao cair da tarde, ou simplesmente quando ela pousa sobre o telhado da casa.
Beija-flor - Da mesma forma que as borboletas pretas ou as formigas de asa, quando um beija-flor invada a casa é mau agouro.
Anum - Também é considerado de mau agouro quando um anum preto pousa nas árvores vizinhas das casas habitadas na zona rural.
Cachorro - Quando um cachorro cava à porta ou no quintal de uma casa é sinal de que uma sepultura terá de ser aberta.
Urubu - É prenúncio de morte quando um urubu pousa no telhado de uma casa ou simplesmente quando ele voa repetidas vezes em torno de uma residência.
Esperança - Quando a esperança (espécie de gafanhoto verde) entra na casa ou pousa sobre uma pessoa é sinal de alegria, de que uma coisa boa vai acontecer.
Bem-ti-vi - Quando um bem-ti-vi canta insistentemente nas proximidade de uma casa é sinal de que uma pessoa ausente e estimada irá chegar.
Pitiguari - Quando um pitiguari canta também é aviso de que uma pessoa querida irá chegar. O sertanejo afirma que o cantar desse pássaro parece dizer claramente: "Olha para o caminho, quem vem!...".
O que acontece quando:
- Quem pisa o rabo de um gato não casa no ano em que o fato aconteceu
- Ao encontrar uma cobra, uma mulher deve virá o cós da saia e dizer: "Estás presa por ordem de São Bento" (que é o advogado contra os ofídios). Assim, essa cobra ficará imóvel, não oferecerá nenhuma resistência, e a mulher poderá matá-la facilmente.
- Quem mata um cachorro fica devendo uma alma a São Lázaro
- Para um cachorro não crescer, basta pesá-lo com sal, logo ao nascer
- Quando uma cabra espirra é sinal de chuva
- Quando a cigarra estoura, de tanta cantar, de sua casca nasce o cipó japecanga
- O sapo não entra em decomposição, fica ressequido, mirrado e quem o matar ficará com o corpo do mesmo jeito
- Quando uma cobra entra na água deixa o veneno em terra e, picando alguém, não causa mal algum
- O pavão entristece quando olha para os pés
- Os negócios serão bons quando o dono colocar um chifre de boi no alto de uma balança ou em outra parte do seu estabelecimento comercial
- Uma pessoa que come uma galinha choca fica com fome canina
- Se o galo cantar várias vezes durante o dia é mau agouro. Se cantar exatamente ao meio-dia é sinal de moça fugida e cantando às dez horas é sinal de casamento
- Aos rapazes que apalpam galinhas não nasce barba
Origem da intriga entre o cachorro e o gato
Como tudo no mundo tem uma explicação, o imaginário popular também inventou uma história para explicar a famosa inimizade entre o cachorro e o gato. Essa estória é a seguinte:
Consta que, em tempos passados, o cachorro, hoje escravo do homem, havia conquistado o direito de viver livremente e era um dos grandes amigos do gato. E essa liberdade foi atestada inclusive com papel passado, uma carta de alforria.
Não tendo onde guardar o documento, um dia o cachorro pediu ao gato que guardasse a tal carta de alforria. Meio desligado, o gato depositou o documento do amigo entre as telhas da coberta da casa, crente que aquele era um lugar seguro.
Mas, eis que aconteceu o inesperado. O rato encontrou aquele papel e, como andava à cata de algo para forrar seu ninho, fez a festa: picotou a carta de alforria em centenas de pedaço. Com isso, o cachorro voltou ao cativeiro e jamais perdoou o gato.
Por ter perdido o grande amigo, o gato, por sua vez, tornou-se inimigo ferrenho do rato que, afinal, foi o grande causador do infortúnio do cachorro. Dizem que, ainda hoje, o gato não perdeu totalmente a esperança de reconquistar a velha amizade.
E é por isso que, de vez em quando, as pessoas encontram um gato e um cachorro que se dão bem.
Ditados populares relacionados a animais
- Um dia, um dia, cachorro de paca mata cotia
- Camarada é boi de carga
- Boi solto lambe-se todo
- Na casa de Gonçalo, a galinha manda mais que o galo
- Quem come galinha magra paga uma gorda
- A galinha da minha vizinha é mais gorda do que a minha
- Galinha preta põe ovos brancos
- De grão em grão a galinha enche o papo
- Na sombra da galinha o cachorro bebe água
- Não se amarra cachorro com lingüiça
- A grande cão, grande osso
- Cachorro que muito anda, apanha pau ou rabugem
- Cão que muito late não morde
- Quem não tem cão, caça com gato
- Gato escaldado de água fria tem medo
- Gato quando não morde, arranha
- Gato escondido com o rabo de fora
- Tirar com a mão do gato
- Da casa de gato não sai rato farto
- Gato muito miador é pouco caçador
- Para burro velho, capim novo
- Cavalo dado não se abre a boca
- Por uma besta dar um coice, não se lhe corta a perna
- Praga de urubu magro não mata cavalo gordo
- Urubu pelado não voa em bando
- Quando urubu está caipora, não há galho verde que o agüente
- Onde se mata o boi aí se esfola
- Guariba quando se remexe, quer chumbo
- A ovelha mansa mama na sua teta e na alheia
- Uma ovelha má deita um rebanho a perder
- Macaco velho não mete a mão em cumbuca
- Cada macaco no seu galho
- Em terra de sapo, de cócoras com ele
- Cobra que não nada, não engole sapo
- A primeira pancada é que mata a cobra
- Dois tatus machos não moram em um buraco
- Dois bicudos não se beijam
- Em festa de jacaré não entra nambu
- Pela boca morre o peixe
- Com mel se pegam as moscas
- Em boca fechada não entram moscas
- Papagaio come milho, periquito leva a fama
- A formiga quando quer se perder cria asas
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