quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nossa Homenagem!!!

José Adalberto Ferreira (Zé Adalberto), nascido no sítio Juá, Município de Itapetim – PE, em 25 de junho de 1962, é filho do casal Odon Ferreira Campos (Odon Preto) e Maria Xavier de Souza (Mãezinha) sobrinha do folclórico Severino Cassiano Pereira (Biu Doido).


Zé Adalberto casou-se com Maria José Ferreira de Souza, com quem tem dois filhos: Ítalo e Izabela Taise.

Estudou o primário no Grupo Escolar do Logradouro, o Ginásio e 2° Grua no Colégio Municipal de Itapetim Zé Adalberto não é cantador de profissão. Até os 25 anos de idade foi agricultor e, desde 1985, é funcionário público, na função de Auxiliar de Serviços Educacionais, lotado no Grupo Escolar Tereza Torres – Itapetim – PE. Mas é poeta, tendo muitas de suas poesias publicadas em diversos livros coletâneas (Antologias). Também já participou de vários festivais de cantadores, regionais e nacionais, tendo sido premiado com várias medalhas e troféus, como, por exemplo, o 1° lugar no festival de poetas Amadores, promovido pela Prefeitura Municipal de Itapetim, no Espaço Cultural Rogaciano Leite, fazendo dupla com o poeta Fernando Emídio, do sítio Prazeres, Município de Itapetim.

. Muitos versos de Zé Adalberto foram publicados em livros coletânea e o ano passado publicou um livro sozinho, intitulado “No caroço do Juá” (Cf. FERREIRA, 2005, 174p). Além disso, muitos de seus versos foram gravados em CDS de cantorias, como por exemplo, as canções “Órgão de Mãe” e ”Seu corpo é meu pecado” no CD da dupla Rogério Menezes e Raimundo Caetano, em 1998. No ano seguinte, em 1999, uma das supracitadas canções “Seu Corpo é Meu Pecado“ e a canção “Desabafo de Sertanejo” foram gravadas no Cd “Alma de menino” dos Nonatos. Além disso, participou na faixa 7, intitulada “A Mulher”, do Cd “É feito de fato”, da dupla Edmilson e Lisboa,
. Tempos depois, as canções “Órfão de mãe” e “Seu Corpo é Meu Pecado” Foram transformadas em músicas e gravadas no CD “Netinho do Forró”. Em 2004, o cantor itapetinense Vicente di Paula, regravou a canção “Seu Corpo é meu Pecado” e uma nova canção, intitulada “Magnífica” em seu CD. Em 2005, mais uma de suas poesias, “Caboclo Nativo”, foi gravada em forma de música por Val Patriota em seu CD Intitulado “Até que em fim”

. Finalmente em 2007, Val Patriota gravou mais uma música de Zé Adalberto. Intitulada “Retirei seu retrato da Carteira” Sem tirar seu amor do Coração”, que é um dos poemas do supracitado livro.

. Como também o Forró Pé – de – Bucha, gravou a música de Zé Adalberto intitulada “Traição à primeira vista”.

. Além disso, é de Zé Adalberto e Vicente di Paula o terceiro Hino Municipal de Itapetim, o qual foi oficializado pela Câmara de Vereadores pelo projeto Lei n. 27/3003 (digo terceiro, porque, nos anos 50, a poética Otacília patriota havia feito um primeiro Hino de Itapetim, que era uma paródia da Música “eu te amo meu Brasil”, que era, embora não tenha sido oficializado pela Câmara de vereadores, se cantava nas escolas Municipais nos anos 50 e, em 1993, havia sido oficializado um segundo hino, de autoria de Hilda Leite, irmã do PE. João Leite.

Mais recentemente participou do documentário “Com a Boca No Mundo”. Da série “Poetas do repente”, produzida pela FUNDARJ e a Editora Massangana, para a TV Escola, o qual foi exibido mais de dez vezes.

Dentre os trabalhos de Zé Adalberto, destacamos os seguintes sonetos contidos no seu supracitado livro:


Cinesexo
Num cenário pleno de encantos, a sós
Posicionamos nossos corpos nus
Sem nenhum recalque, apenas a luz
Do amor pairava forte sobre nós
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De seu livro, o próprio Zé Adalberto selecionei esta estrofe, a partir de vários motes, que vale a pena mostra aqui:
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Pra que casa cercada por muralha
Se a cova é cercada pelo pranto
Se pra Deus todos têm do mesmo tanto
Tanto faz a fortuna ou a migalha
Pra que roupa de marca se a mortalha
Não requer estilista na costura
Se o cadáver que a veste não procura
Nem saber se a costura ficou boa
Pra que tanta riqueza se a pessoa
Nada leva daqui pra sepultura?


RETIREI SEU RETRATO DA CARTEIRA
SEM TIRAR SEU AMOR DO CORAÇÃO

José Adalberto de Itapetiga
Seu retrato foi todo incinerado
Mas até na fumaça deu pra vê-la
Não há nada que faça eu esquecê-la
Eu nem sei se por ela sou lembrado
Meu desejo está contaminado
Pelo vírus da sua sedução
Junta médica não faz intervenção
Se souber que a doença é roedeira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
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Esse meu coração só pensa nela
Apesar de bater no meu reduto
120 batidas por minuto
São as 20 por mim, e as 100 por ela
Eu com raiva rasguei a foto dela
Mas amor não se rasga com a mão
Se vontade rasgasse ingratidão
Eu só tinha deixado a pedaceira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
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Seu veículo de amor ainda cabe
Na garagem do peito que era seu,
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
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Da carteira eu tratei de dar um jeito
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.


Um comentário:

  1. um dos maiores poetas que já conhecí! grande homem de gigante humildade !

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