sábado, 31 de outubro de 2009

Recolhe teus restos mortais moleque




Recolhe teus restos



Recolhe teus restos mortais moleque!

Hoje é dia de suicídio!

Não vê que passam os urubus por longe e tão perto do peito materno sem leite ou afago.
Recolhe teus cacos menino sem rosto com dor do mundo e um olhar de tolo;

Sem pernas
Sem asas
Sem nada, se abafa. Cortinas rasgadas e boca tão murcha.

Recolheu teus restos moleque asqueroso! Que hoje é dia de suicídio! Pros tolos que rodam a noite sem nenhuma pretensão de ser feliz.

Te aclama seu bobo! Que sonhar é pra poucos, por isso não basta ficar com a enxada fazendo essas covas que mal cabe meu corpo.

Te acalma menino sem rosto! Ainda tens tua alma que é doce e ingênua, igual aos cabelos dos anjos que rasgam o céu sem estrelas, de noite sem lua com asas sem paz.

Te aqueta maloqueiro! Que hoje é dia de suicido! Pros loucos que riem sem medo do ontem que foi-se tão cedo, sem medo do hoje da morte que ronda as casas tão cheias do nada.

Se deixa seu besta! Se deixa levar por essa brisa de suicídio, pois hoje; é dia de risos frouxos!



Marcos Henrique.

Marcos Henrique é um escritor Pernambucano, tem um blog onde posta seus poemas e livros o endereço:http://poemasdecaverna.blogspot.com/

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O outro lado do mundo



O outro lado do mundo
(Marcos Henrique )


O outro lado do mundo fica tão perto;
Fica tão rápido;
É tão seguro como o estável;
É tão seguro e associável.

O outro lado do mundo fica embaixo;
Está tão perto do centro como o trânsito;
Está tão perto de tudo e é tão rápido;

O outro lado do mundo;
O outro lado do mundo;
O outro lado do mundo...

...É limpo, é flácido, é egoísmo, é tudo pálido;
O outro lado da curva é mais uma curva desse lado;
O outro lado de tudo é outro lado;
O outro lado do nada é o que resta do outro lado do mundo do outro lado, Bem ao teu lado.

Bem ao teu lado e tão fantástico, como o massacre da vida e o estupro do verso, o amarra do cadarço que é o outro lado do pé, que andam tão rápido.

O outro lado do fim é o começo do acaso;
O outro lado do mundo fica ao lado do quarto.


Marcos Henrique é um escritor Pernambucano, tem um blog onde posta seus poemas e livros o endereço:http://poemasdecaverna.blogspot.com/

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

AI! SE SÊSSE!...

AI! SE SÊSSE!...

Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Histórias de Caboclo – Para Corações Pequeninos

As escolas que quiserem adquirir o livro basta ligar para o telefone: (81)8649-6768 / 9914-4922 ou se você estiver interessado em conhecer o trabalho de Cobra Cordelista basta ligar para o mesmo número, ou entre em contato através do e-mail: cobracordelista@hotmail.com


sábado, 3 de outubro de 2009

Conheçam o site Jaboatão em Foco



Conheçam o site Jaboatão em Foco, além de conhecerem a história do município de Jaboatão dos Guararapes esse site age como um prestador de serviços de utilidade pública.

No site Jaboatão em Foco você vai encontrar links para vários assuntos como: Cultura, serviços, a história da cidade de Jaboatão, concursos, oportunidades de empregos e estágios, roteiros turísticos, saúde, educação e muito mais.

Quer conhecer as praias de Jaboatão? Então entre no site Jaboatão em Foco;

Quer saber sobre o orçamento participativo de Jaboatão? O Jaboatão em Foco te diz.

Você que é estudante e quer conhecer um pouco da história de Jaboatão esse site é uma boa opção para suas pesquisas.

Jaboatão em Foco esse é o link: http://www.jaboataoemfoco.com.br/

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Literatura de Cordel Nunca é de Mais




Literatura de Cordel

Literatura popular, impressa em forma de versos, apresentada em pequenos folhetos que trazem histórias fantásticas saídas da imaginação dos seus criadores ("A Mãe que Xingou o Filho no Ventre e ele Nasceu com Chifre e com Rabo") ou relatam tragédias ("As Enchentes no Brasil no Ano 74"), fatos históricos ("A Guerra de Canudos") etc.

Os folhetos são livrinhos de 4 por 6 polegadas, impressos em papel barato e geralmente têm a capa ilustrada por uma xilogravura. Por muito tempo, esses folhetos foram a única fonte de informação e divertimento da população mais pobre do Nordeste e ainda hoje eles são encontrados em feiras-livres e mercados populares.

O termo Literatura de Cordel deve-se ao fato de que os folhetos ficavam expostos à venda pendurados num barbante (cordão, cordel). A origem do folheto de Cordel, segundo Luís da Câmara Cascudo, deve-se à iniciativa dos cantadores de viola em imprimir e vender a sua poesia e à "adaptação à poesia das histórias em prosa que vieram de Portugal e da Espanha".

Em Portugal, o folheto era conhecido por "Literatura de Cego", devido a uma lei promulgada por Dom João VI que limitava a sua venda à Irmandade do Menino Jesus dos Homens Cegos de Lisboa.

O folheto em Portugal era escrito em forma de prosa. Ao chegar ao Brasil, passou a ser escrito em sextilhas de versos de sete sílabas. O primeiro brasileiro a publicar um romance de Cordel foi, provavelmente, Sílvio Pirauá (1848/1913), famoso cantador de viola paraibano.

Os poetas populares do Nordeste dividem a Literatura de Cordel em dois tipos: Romance (ficção) e Folheto de Época (narrativa de fatos).