terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jessier Quirino - Baixe as armas, comedor


Baixe as armas, comedor
(Jessier Quirino)

Oh morena, oh moreninha
Deixa de morenação
Larga dessas invenção
De nós dois sozim ficar
Mode evitar confusão
Larga dessas invenção
Pense da zabumbação
E se teu pai desconfiar?

E vai que tu pega enxaqueca
E vai que eu sou bom de curar
E vai que tu arrisca um verbo
E vai que eu saiba verbiar
Vai que eu vire flecha doida
E vai que tu quer se flechar
Vai que tu seja espoleta
E vai que eu seja um malagueta

Feito goela de dragão

E vai que tu vem toda bela
De laço e fita amarela
Vai que tu se passarela
Vai que eu seja o rés do chão
Vai que tu arriba a saia
Vai que eu veja o essenciá
Vai que tu pede embreagem
Vai que eu saiba debrear

Vai que tu venta pro norte
Vai que sou todim jangada
Vai que eu seja um taboleiro
E vai que eu seja cocada
Vai que tu se enrouxinó-las
Vai que eu seja passarinho
Vai que eu saia da gaiola
Vai que amostre o ninho

E vai que tu sois moça anja
Vai que eu seja um pecador
Vai que tu sois gozo eterno
Vai que eu sou rojão do amor
Vai que teu ?ui ui, meu bem?
Acorde o véi roncador
Vai que esse véi grite brabo
Com o revolver no meu rabo:

- Baixe as arma, comedor!

sábado, 27 de agosto de 2011

O surgimento da mentira no Brasil


O surgimento da mentira no Brasil
(Manoel Messias Belizario Neto)


Leitor para ser um homem
Ou uma mulher de verdade
A criatura precisa
Ter no mínimo honestidade
Que é a mãe dos princípios
Morais de uma sociedade.

Hoje em dia é comum
Homem e mulher de mentira.
Nesse verso vou narrar
De onde isto surgira.
Trazer à tona a verdade.
Esta é a minha mira.

Toda a saga tem início
Nas plagas de Portugal
Ainda na construção
Da esquadra de Cabral.
A mentira se escondeu
No porão de uma nau.

Coitada quase morreu
De calor, fome e sede.
Porém aguentou calada,
Encostada na parede.
Pensando:’que bom seria
Se já existisse rede’!

Quando em 1500
Cabral chegou no Brasil
A mentira, de fininho,
Do seu recanto saiu.
Passou pelos tripulantes.
Pulou no mato e sumiu.

A verdade já morava
Nas terras de Pindorama.
Ninguém avisou a ela
Para apagar as chamas
Que a mentira acendia
Em favor de sua trama.

A mentira foi ganhando
Importância no reinado.
Disfarçada de verdade
Tinha todos do seu lado.
Portugueses e indígenas
Por ela foram enganados.

Já a verdade, coitada,
Caiu numa confusão.
Confundida com a mentira
Foi levada à inquisição.
Escapando da fogueira
Exilou-se no sertão.

Por isso que no sertão
Inda hoje tem sofrimento.
Porque a verdade quer
Eleger seu movimento.
Mas a mentira vem antes
E conquista o parlamento.

Com a verdade exilada
A mentira ganha fácil.
Vai abrindo filiais
No país sem embaraço.
Aonde hoje é Brasília
Ela constrói seu palácio.

Nos fundos deste palácio
Ela faz seu cemitério.
Quem foi enterrado lá?
Até hoje é um mistério.
No lugar hoje se encontra
O prédio dos ministérios.

Já em 1700
Com o mundo modernizado
A mentira deicidiu
Abandonar seu reinado.
Em pouco tempo o palácio
Estava arruinado.

Na década de 50,
Coitado de JK!
Inocente escolheu
O mesmíssimo lugar
Que a mentira habitou
Para a Brasília implantar.

Pou um tempo no país
Houve paz e harmonia.
Foram buscar a verdade.
Deram-lhe a anistia.
Pena que a tempestade
Vem depois da calmaria.

Porque a mentira estava
Na Europa passeando
Quando viu numa esquina
Um jornaleiro gritando
Que a capital brasileira
Estaria prosperando.

A mentira ao vir a foto
Conheceu na mesma hora.
Passou um desconhecido
E perguntou: ‘por que chora’?
A mentira disse:’eu
Estou muito triste agora’.

‘Há alguns anos atrás
E morei em um país.
Lá fiz amigos, riqueza,
Aprontei tudo o que quis.
Escolhi um lugar lindo
E ergui uma matriz.’

‘Por estar podre de rica
Resolvi abandonar
O país e me botei
Por este mundo a andar.
Curtir a vida e também
Outro povo atasanar.’

‘Vi agora no jornal
Que minha linda morada,
Construída com suor,
Dela não resta mais nada.
Fizeram uma cidade
Onde ficava a coitada.’

‘Sabe de uma coisa, amigo,
Farei a seguinte trilha:
Vou retornar ao Brasil,
À cidade de Brasilia.
O bom filha a casa torna,
Para rever a família’.

‘Quero de volta o palácio
Porque é meu de direito.
Se eu não for atendida
Levarei tudo no eito.
Dissemino a inverdade.
Todo o país desajeito.’

Ao dizer isto partiu
De trem, rumo aoceano.
Pegou o primeiro navio.
Tracou um único plano:
Ou tinha tudo de volta,
Ou espalharia dano.

Numa tarde de verão
Ela aporta na Bahia.
Vê um Brasil diferente
Daquele que conhecia.
Agradou-se do lugar,
Porém ficar não podia.

Quando chegou em Brasília
Ficou muito emocionada
Ao rever aquelas terras
Que fora sua morada
Cheia de gente vivendo
Em casas modernizadas.

Avistou a Esplanada
Dos Ministérios pomposa.
Disse: ‘não tenho o palácio,
Minha mansão fabulosa.
Mas tenho em seu lugar
Uma construção honrosa’.

‘Sabe de uma coisa, amigo,
Não quero a morada antiga.
Vou ficar é nesta nova.
Besteira entrar em briga.
O chalé aqui é grande.
Qualquer quartinho me abriga.’

A mentira se instalou
No prédio da Esplanada
Do Ministérios e até
Hoje lá está plantada.
Vez em quando sai da toca
Pra tomar sol na calçada.

Às vezes ela percorre,
Em excursão, o Brasil.
Depois volta alegremente
Com um olhar infantil
À sua eterna morada.
Tem recepção gentil.

Por isso, caros leitores,
Que temos corrupção.
Não culpe a classe política.
Dê a ela seu perdão.
A culpa é dessa mentira
Em constante tentação.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O menino que queria comer bosta




Literatura de Cordel
http://literaturadecordel.vila.bol.com.br

Literatura de Cordel
Autor: Francisco Diniz
João Pessoa-PB, 26 de setembro de 2005, 04:00 H.

A vida é muito bela,
Nós temos que dar valor,
Aproveitar os momentos,
Guardar bem o que passou,
Saber viver o presente
Com amigos e parentes
Ou seja lá com quem for.

Se o instante for de dor,
Que possamos refletir
No que devemos fazer
E entender que o existir
É feito de mal e bem,
De sim, não, talvez, porém,
De chorar e de sorrir.

A vida é o porvir,
É o ontem, é o agora,
É o ganhar, é o perder,
É água, é luz, é flora,
É o saber, é a ignorância,
É a miséria, é a bonança,
É fogo, é dentro, é fora.
-1-

É o chegar, é ir embora,
É chuva, é sol, é dia,
É noite, é acordar,
É dormir, é ventania,
É correr, é caminhar,
Mas é também se sentar,
É prosa e é poesia...

É tristeza, é alegria,
É o que não sei escrever.
A vida é um mistério,
Talvez se aprenda ao morrer,
E eu peço licença aqui
Para poder exprimir
O meu cordel pra você.

A história vou oferecer
A um ente muito amado
Que já não está entre nós:
Nilton foi pro outro lado,
Mas se estivesse aqui
Ele morreria de rir,
Pois o causo é engraçado.
-2-

Um dia eu estava sentado
Embaixo de um juazeiro,
Lá no sítio do Pé Branco,
9 do mês de janeiro,
2004, o ano,
Ao lado do quase mano
Elineto, o verdadeiro,

Aliás, é o primeiro,
Na arte de bem mentir,
De contar história engraçada
Pra fazer o povo rir,
E o que ele me contou,
Depois que a gente almoçou,
Eu faço o registro aqui.

Nós estávamos ali
Um pouco a descansar
Esperando tio Raimundo,
Zaca e Doutor pra contar
O nosso trabalho final:
Medir as terras de Vital,
O que este tinha pra herdar.
-3-

- Nenen eu vou lhe contar,
Começava Elineto,
Contar o que aconteceu
Num lugar aqui bem perto,
Você preste atenção
E veja quem tem razão,
Se isso é errado ou certo:

Um menino bem esperto,
Certa noite começou
A choramingar bastante
E muito tempo passou
Chamando pelos seus pais,
Vizinhos não tinham paz,
Todo o mundo escutou.

O danado abusou,
Parecia está doente:
"- Qüên, qüên, qüên, qüên, qüên, qüên, qüên",
Era uma zoada estridente,
O pai com raiva dizia,
- "Cala a boca Abdia,
Vai durmir, se acalente".
-4-

O menino descontente
Continuava a chorar.
- "Será pussíve muié,
Que o diabo num vai pará?
Trabaiei o dia intêro
E essa peste, desordêro,
Não me dêxa descansar?!

Levanta muié, vai lá,
Sabê o qui ele qué?
Acenda a lamparina,
Faça logo o qui pudé,
Mande ele calá a boca,
Será que você tá môca?
Isso é um cabaré!"

Finalmente a mulher
Foi à rede do menino:
- "O qui tu qué disgraçado?
Laiga de tu sê traquino,
Num viu qui teu pai falô
Qui ainda não descansou?
Te aquiéta e vai durmino!
-5-

Zé, ele tá insistino
E qué falá é cum você,
Dixe qui tá cum fome!"
- "Ora, o qui é qui eu vô fazê?
Não tem nada a essa hora,
Só me fartava isso agora,
O qui mais se farta vê?!"

O pai não queria entender
Aquela reclamação,
A mãe voltou pro seu quarto,
Pra Zé dava explicação:
"Num sei o qui se passou,
Esse minino jantou,
Cumeu feito um lião!"

Não havia trégua não,
O menino aperreava:
- "Qüên, qüên, qüên, qüên, qüên, qüên, qüên",
E direto ele gritava:
- "Ô pai, eu tô é cum fome!"
- "Parece qui num é hômi?!"
E o menino não parava.
-6-

Quando não mais agüentava,
Zé, da cama, levantou:
- "O qui diabo tu qué?
Com raiva ele indagou.
- "Pai eu quero é cumer,
Mas eu tem medo de dizê,
De expricar pu sinhô".

- "Meu fi, me faça o favô,
Diga logo o qui tu qué,
Pá vê se nóis te arranja
E acaba esse labacé,
Eu tô quereno durmir,
Bem cedo eu vou partir,
Pu roçado de Mané".

- "Se eu pidir o qui quisé,
O sinhô num acha rim?
- Peça meu fi, num se acanhe!"
- "E se o sinhô mangá de mim?"
- "Qui istóra é essa Abdia?
Dêxe logo de agonia,
Pode pidir qui eu digo sim!
-7-

E o menino falou assim:
- "Pai, eu quero cumer bosta!
Pode até ser muito estranho,
Eu num sei se o sinhô gosta,
Mas bosta eu quero cumer
E o sinhô pode trazer
Numa bacia feito posta".

O pai quase cai de costa
Com a conversa de Abdias.
- "Pai, num faça uma desfeita,
Num me corte essa aligria!
Vá lá fora no oitão,
Cague logo um toletão
E traga em minha bacia".

E o pai com muita ironia
L ogo trouxe pro herdeiro:
- "I nda falta alguma coisa?"
- "N ão, mas eu vou ser verdadeiro,
E sse banquete aqui
T á certo, e eu só como si
O sinhô cumer primeiro".
-8-
FIM
Francisco Diniz
João Pessoa-PB, 26 de setembro de 2005, 04:00 H.
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E-mail: literaturadecordel@bol.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Esquecer, ninguém esquece...



Esquecer, ninguém esquece, Mas aprende a viver sem.

O meu coração guardou
Recordações imortais
De quem foi e não é mais
Personagem do meu show.
A cortina se fechou,
A platéia foi além
Mas no palco ainda tem
Uma palavra com “S”.
Esquecer, ninguém esquece,
Mas aprende a viver sem.

Os românticos sonhadores
São mesmo predestinados
A amores fracassados,
A padecer tantas dores,
Na vida são uns atores
Sem diretor, sem ninguém,
A cada cena que vem
Nada de bom acontece.
Esquecer, ninguém esquece
Mas aprende a viver sem.

A cada passo que dou
Sinto um abalo no peito,
Com certeza é o efeito
Do que a paixão deixou.
Deletar o que passou?
Só se eu tivesse um harém!
Mas meu peito só quer quem
O maltrata e desconhece.
Esquecer, ninguém esquece
Mas aprende a viver sem.


Autor: Wellington Vicente

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Trio Cantarino - O Passarinho (cover Marinalva)





O Trio Cantarino surgiu em setembro de 2010 com 3 amigos que sempre admiraram o forró pé de serra.

O nome surgiu como homenagem à Luiz Gonzaga por sua música “Cantarino” de 1973, que conta sobre um pássaro que ao cantar trazia ajuda, chuva para o sertão e esperança para o povo.

Hoje, o trio formado por Juninho (triângulo), Daniel (zabumba) e Warner (violão), paulistanos, mas com alma nordestina, vem para mostrar seu repertório raiz.

Os integrantes sempre estiveram envolvidos com o forró, curtindo, tocando e pesquisando as raízes do ritmo. Envolvidos com uma boa base musical, decidiram começar um trabalho direcionado no forró pé de serra.

Sem sanfona no início, ousaram tocar com violão, incorporando e adaptando solos e bases, mas mantendo o estilo marcante do ritmo. Agora, mesmo dispondo de uma sanfona, com o sanfoneiro Juninho ainda iniciando os estudos, continuam acompanhados pelo violão.

Sua primeira apresentação foi no Projeto SCUTAÍ com apoio da comunidade do Teotônio Vilela e da Prefeitura de São Paulo/SP.

Contatos:
Email: triocantarino@hotmail.com
Blog: http://triocantarino.wordpress.com

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Do passado ao presente

Autor: Wilton Silva

Não a certo sem errado
futuro sem precedente
nem passado sem presente
nem forte sem fracassado
nem tudo que é contado
pode ser mesmo verdade
nem velho de pouca idade
nem mentira verdadeira
nem sério sem brincadeira
essa é a realidade

Mas o tempo vai passando
e tudo se modifica
tem o pobre que enrica
rico que entra no cano
tem quem cai no desengano
e quem atinge a fama
mas dessa para a lama
é um passo bem pequeno
cada qual fique sabeno
que o tempo a ninguém ama

Então vamos de demonstrar
de uma forma diferente
no passado e no presente
cada coisa a se falar
então queiram escutar
pois é uma realidade
a grande diversidade
desse mundão hoje em dia
diferente de um dia
que o passado faz saudade

O ladrão de antigamente
roubava uma galinha
do quintal da vizinha
mas logo o inconsequente
ficava era sem os dente
apanhava pra lascar
era preso sem contar
com a vergonha gigante
e logo o ignorante
nunca mais ia roubar

Hoje ladrão rouba banco
ou ganha para roubar
tem um novo patamar
usa colarinho branco
e para ser mais franco
tem orgulho do que faz
estuda é muito audaz
é de alta sociedade
é rico tem faculdade
cheio de viço e cartaz

No passado a amizade
era muito diferente
amigo estava com a gente
pra qualquer necessidade
era irmão na verdade
perto sempre que preciso
seja pra manter juízo
ou pra defender de briga
amigo nunca de intriga
seja rico ou seja lizo

Já amizade de agora
a gente muito discute
os amigo do orkut
são só por uma hora
quem vai o quem fica agora
não importa é virtual
e o amigo irreal
nunca que está presente
vai saber o que ele sente
no seu sentir natural

Sexo que se falava
só depois do casamento
feito em certo momento
que o casal ocultava
pois pouco se comentava
esse assunto particular
e ninguém ia tocar
por ser mal compreendido
não tinha duplo sentido
apenas duplo sentar

Não vale a pena citar
o sexo de hoje em dia
essa grande baixaria
que está em todo lugar
o povo a praticar
em casa boate e rua
todo canto mulher nua
vendendo o corpo barato
e esse triste relato
é a verdade mais crua

A criança foi um dia
motivo de grande afeto
era amada tinha teto
vivia com alegria
encantava quando sorria
era brincalhona e ágil
respeitada por ser frágil
crescia com tal carinho
seguia no seu caminho
respeitada em seu estagio

Já a criança de agora
só serve de objeto
é tirado seu afeto
não tem amor de outrora
o adulto a ignora
trabalha e é explorada
as vezes violentada
ou crescendo sem lugar
onde é que vai parar
geração pouco aceita
que o adulto rejeita
com casa, mas sem um lar

Casamento antigamente
foi algo mais que sagrado
era muito respeitado
feito uma vez somente
e o casal referente
vivia junto até o fim
não havia nada ruim
separação ou divorcio
era um grande consorcio
"naquele tempo era assim"

Já hoje o casamento
não dura uma semana
o casal que se engana
se separa no momento
não há mais o sentimento
nem respeito existe mais
hoje se casam iguais
mas o amor fica fora
e eu pergunto: e agora
o que é que falta mais

E a policia afamada
no passado era uma gloria
lembro que na nossa historia
era muito respeitada
uma classe muito honrada
defendendo nossa gente
combatendo delinquente
agindo em prol da verdade
por uma sociedade
que já foi tão diferente

Já hoje o policial
perdeu a reputação
desmerece sua ação
o que se faz na real
muito ato ilegal,
muito salario ruim
hoje a pouco em fim
policial de verdade
que mesmo na dificuldade
trabalha tão bem assim

Os alunos do passado
estudavam de verdade
tinha sim dificuldade
mas quem era dedicado
andava um bocado
pra conseguir instrução
sem ganhar um tostão
mas ganhando o conteúdo
antigamente o estudo
tinha uma outra função

Agora tudo perfeito
a escola é muito perto
livros e merenda , é certo
que são mesmo um direito
porem algo não aceito
que sei por experiencia
de se cobrar só frequência
pra manter bolsa família
formando assim uma pilha
de aluno sem competência

A musica que se ouvia
era muito mais bonita
gravada em disco e fita
era uma alegria
quando o respeito existia
do forro a bossa nova
toda canção era prova
de um talento a parte
pena que hoje essa arte
uns querem levar pra cova

Musica hoje é sem arte
forro é só putaria
mpb foi um dia
hoje só querem restart
o estilo que se aparte
as letras onde estão
está uma confusão
prefiro ser do passado
deixando a moda de lado
e curtindoGonzagão

O artista no passa do
não estava tão avista
se mostrava em entrevista
e era mais respeitado
era mais organizado
e até mais aplaudido
fazia por merecido
pelo seu belo trabalho
sem pegar certo atalho
cultivava seu estilo

O artista comumente
“da mídia televisiva”
pra manter sua chama viva
não é nada consciente
faz coisa sem precedente
fás barraco,polemiza
e a mídia prioriza
esse tipo de conflito
parece que acha bonito
apoiar quem não precisa

O cordel no passado
era arte respeitada
estava em toda bancada
era muito procurado
tudo pôr ele falado
do conto ao noticiário
foi um grande quebra galho
com jornal popular
estando em todo lugar
servindo desse trabalho

Já hoje e o cordel
sera que o povo conhece?
atualmente se esquece
da arte do menestrel
mas eu faço meu papel
não sucumbi ao progresso
no cordel ainda expresso
tudo o que estou dizendo
e se você está lendo
sei que estou tendo sucesso

Então saúdo o leitor
te desejo um bom futuro
que seja um porto seguro
feliz e acolhedor
mas amigo onde for
cultive o que aprendeu
os erros que cometeu
não devem ser repetidos
mas uns fatos aqui lidos
leve ao futuro seu.

Fonte:http://culturanordestina.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Arvore do Dinheiro




Direção: Marcos Buccini e Diego Credidio.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Para rir até chorar com a cultura popular

Cultura popular é a cultura do povo. É o resultado de uma interação contínua entre pessoas de determinadas regiões. Nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive e abrange inúmeras áreas de conhecimento: crenças, artes, moral, linguagem, idéias, hábitos, tradições, usos e costumes, artesanato, folclore, etc.

O livro "Para rir até chorar com a cultura popular", de autoria do escritor Marcos França, aborda o lado humorístico dos diversos ramos dessas manifestações, com ênfase para a Cantoria.
Aqui estão reunidos os versos mais lindos e bem humorados de todos os tempos, escritos por grandes poetas e cordelistas nordestinos ou cantados em desafio pelos mais extraordinários violeiros, cantadores e repentistas dessa região.

São mais de 300 páginas onde o autor mostra o melhor do lado humorístico contido em diversos ramos de nossa cultura popular, com destaque para a Cantoria.

O livro também ensina como são construídos mais de 50 gêneros de cantoria, com suas normas e maneiras diferentes de organizar os versos, explicando detalhadamente o tipo de rima, o número de versos, o número de sílaba e metrificação de cada modalidade. A obra contém, ainda, quase 800 adágios, ditados e ditos populares de todos os tempos.

Trechos da Obra

Veja aqui resgates de alguns desafios entre repentistas que você irá encontrar na obra PARA RIR ATÉ CHORAR ... COM A CULTURA POPULAR:

O poeta José Amâncio participava de uma animada Cantoria quando assim falou sobre o amigo Chico Felício, já com quase setenta anos, que ali estava presente para lhe prestigiar:

Felício já namorou
No seu tempo de rapaz.
Já amou, já foi amado,
Hoje é que não ama mais.
Tá qual ferro de engomar,
Solta fumaça é por trás!

Um cantador, apesar de ler a Bíblia, parece não acreditar em tudo que está lá escrito:

A Escritura Sagrada
Eu acho um livro bonito,
Mas tem uma coisa nele
Que eu morro e não acredito:
Que é um jumento tirar
De Belém para o Egito.

Lourival Bandeira Lima duelava com o potiguar Domingos Tomaz, quando fez referência a sua origem racial:

Minha mãe foi branca e bela,
E teve bom proceder!

Domingos, notando em Lourival alguns traços que contradiziam o que ele acabava de dizer, lhe respondeu:

Faz vergonha até dizer,
Que sua mãe foi branca e bela;
E este seu cabelo ruim,
Por que não puxou a ela?
Ou seu pai é muito preto,
Ou então, foi truque dela!

Pinto de Monteiro foi convidado para uma refeição numa propriedade do município de Monteiro, onde foi servido, entre outras coisas, queijo fabricado na própria fazenda. À noite, numa cantoria com Joaquim Vitorino, ficou sabendo de certas particularidades que aconteciam durante a fabricação do queijo que ele havia consumido tão prazerosamente. E ele assim externou sua decepção:

Há vários dias que ando,
Com o satanás na corcunda:
Pois, hoje, almocei na casa
Duma negra tão imunda,
Que a prensa de espremer queijo
Era as bochechas da bunda!

Antonio Marinho cantava em São José do Egito (PE). Presente ao recinto estava um doutor conhecido por Edmundo, que pareceu não gostar de algumas brincadeiras ditas pelos cantadores. Mesmo assim, Marinho não se intimidou diante daquela culta figura:

Parece que não gostou
Nobre doutor Edmundo,
Que é o doutor mais feio
Que eu já vi neste mundo,
Que o fundo parece a cara
E a cara parece o fundo.

Lourival Batista cantava um Mourão com Manoel Xudu, quando uma pessoa da assistência depositou na bandeja uma quantia irrisória, só por gozação. Mas Lourival não gostou daquilo e iniciou decepcionado um Mourão:

Ele só deu um cruzeiro
Pra mim e Manoel Xudu!

Xudu prosseguiu:

Não tem nada companheiro,
Qualquer roupa serve ao nu.

Mas Lourival discordou:

Menos gravata e colete
Porque não cobrem o cacete
Nem a regada do cu.

No Clube Português, em Recife, Pinto de Monteiro e Lourival Batista faziam uma saudação ao Cônsul de Portugal, um fidalgo de nome Felipe, que estava acompanhado de sua esposa, uma senhora de origem francesa, de nome Boucier. Foi quando Pinto veio com essa:

Colega, vamos cantar,
Para um casal de Lisboa.
Felipe é o nome dele,
Boucier sua patroa.
Dela não sei o destino,
Mas o seu nome tira um fino
Numa coisa muito boa.

Zé Limeira foi convidado para abrilhantar a festa de inauguração de uma fábrica de confecções. Presenteado com um novo uniforme, ele logo foi prová-lo. E quando lhe perguntaram como tinha ficado a nova peça de roupa, ele respondeu:

Tem confecção bem feita
A roupa que eu recebi.
No mesmo instante vesti
E a calça ficou perfeita,
Porém um pouco estreita
Pelas curtas dimensões,
Apertei os seus botões,
Ficou arrochada na coxa,
Acumulei a minha trouxa
Mas sobrou os meus cunhões.

Quando cantava em Porto Seguro (BA), um certo cantador, revoltado com as inúmeras notícias sobre roubos e corrupção divulgadas pela imprensa, tentou mostrar para o público que essa prática já era muito antiga. E cantou a sua versão de como tudo começou:

Conta a história em Lisboa,
Que Pedro Álvares Cabral
Gritou pra seus marinheiros
Ao ver o Monte Pascoal:
“Agora já temos um canto
Pra nós roubar, pessoal!”

A sensualidade da mulata brasileira tem o poder de inspirar poetas apaixonados, como no caso da quadrinha a seguir:

Ai, morena, pede a Deus
O que eu peço a São Vicente:
Que junte nós dois, um dia,
Numa casinha sem gente!

Um pobre aleijado que vivia a mendigar pelas ruas de Fortaleza e que atendia pelo nome de “Zé Menino”, também era metido a embolador. A ele é atribuída a autoria dos versos abaixo:

Muié casada
Que duvida do marido,
Leva mão no pé de ouvido
Pra deixá de duvidar.

O violeiro cearense João Siqueira cantava com o piauiense Domingos Martins da Fonseca. O tema abordado, numa determinada hora, era Mulher. Domingos fez uma série de elogios, mas Siqueira assim resumiu seus pensamentos:

Mulher ao nascer é um anjo;
Sendo moça, um sol nascente,
Sendo noiva, uma esperança,
Sendo esposa, uma semente,
Sendo mãe, é uma fruteira,
Sendo sogra, é uma serpente!

A autoria da estrofe abaixo é atribuída a um negro velho, conhecido apenas por Severino, que residia na cidade de Quixaba (CE):

Tem quatro coisas no mundo
Que atormentam um cristão:
Uma casa que goteja,
E um menino chorão,
Uma mulher ciumenta
E um cavalo tanjão.
Mas o cavalo se troca,
A casa, a gente reteia,
O menino se acalanta,
Na mulher se mete a peia.

Ao cantar com Severino Pelado, Ascendino Araújo desabafou suas mágoas, decepcionado com algumas mulheres com quem manteve certo relacionamento. Mas Pelado saiu em defesa da mulher:

Não me fale de mulher,
Pois toda mulher é boa,
Seja honesta ou desonesta,
Mesmo sendo mulher à-toa:
Se não serve pro marido,
Serve pra outra pessoa.

Fonte:http://culturapopular2.blogspot.com/2010/03/para-rir-ate-chorar-com-cultura-popular.html

domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz dia dos Pais

São os votos de Cobra Cordelista.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Show



Nesta sexta-feira, dia 12 de agosto de 2011, às 20 horas, Cobra Cordelista no Taberna Petisqueria.

Venham prestigiar a poesia e a música bem humorada do mestre Cobra Cordelista.

MAPA DO TABERNA PETISQUERIA EM BOA VIAGEM:


Cobra Cordelista pela primeira vez em Moreno

III ENCONTRO REGIONAL DE EMBOLADORES E REPENTISTAS E FEIRA DE LITERATURA DE CORDEL


LOCAL PRAÇA RITA COELHO – JABOATÃO CENTRO - PROGRAMAÇÃO
DATA: 27-28 E 29 DE SETEMBRO DE 2011.



27.09.2011 (TERÇA-FEIRA) -

IPONAX VILANOVA – Apresentador
RONALDO ABOIADOR - Aboiador
RIVANIR NAZÁRIO (Cangaceira do Cordel)
GERALDO VALÉRIO (Cordelista)
IVANILDO VILANOVA (Repentista)
RAIMUNDO CAETANO (Repentista)
INALDO VILA NOVA (Cordelista)

28.09.2011 (QUARTA-FEIRA)

RAUDÊNIO LIMA – Apresentador
RONALDO ABOIADOR - Aboiador
COSTA LEITE (Cordelista)
Abdoral (Poeta e animador Cultural)
ANTONIO LISBOA ( Cantoria de pé de parede)
EDMILSON FERREIRA (Cantoria de pé de parede)
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL – SEXTA CULTURAL DE JABOATÃO CENTRO (Miró e Cobra Cordelista)

29.09.2011 (QUINTA-FEIRA)

HELENA CARDOSO – Apresentadora
RONALDO ABOIADOR - Aboiador
GALO PRETO – (Embolador)
CÍCERO MORAES – (Cordelista)
Washington Farias -poeta
MIRO PEREIRA (Cantoria de pé de parede)
ERASMO FERREIRA (Cantoria de pé de parede)
coordenação do Evento Cobra Cordelista e Professor Nildo
Realização Prefeitura Municipal de Jaboatão dos Guararapes -Pernambuco

Os últimos dias do cangaceiro Antonio Silvino

O Cangaceiro Antonio Silvino foi preso pelas tropas do major Theophanes Ferraz, comandante das tropas oficiais da polícia pernambucana, no final de novembro de 1914 na cidade de Taquaritinga-PE, e transferido para a Casa de Detenção do Recife. Após julgamentos pelos crimes praticados, o judiciário aplicou-lhe uma pena total de 39 anos e quatro meses de reclusão.

Após cumprir mais de 23 anos de prisão, o velho cangaceiro, incentivado por amigos do cárcere, dirigiu uma "Carta", ao Presidente Getúlio Vargas solicitando o " Indulto ", haja vista que, no seu entendimento, já era demasiado o tempo de recolhimento á prisão, pois, achava que já tinha pago pelos seus crimes.

Em 04 de Fevereiro de 1937, Silvino recebera a grande notícia: O Presidente havia lhe concedido o Indulto, a que tanto almejava. No dia 17 de Fevereiro de 1937, o juiz titular da Primeira Vara de Recife, expediu o " Alvará de Soltura " em favor do grande bandoleiro. Ele ficou preso, pagando pelos seus crimes, um total de 23 anos, 02 meses e 18 dias, na velha cadeia .

Ao sair da solitária, Silvino estava velho, com os cabelos brancos envelhecidos pelo tempo. Morrera ali, o "governador do sertão " . O ex-cangaceiro voltara a ser um homem, como qualquer outro. Com pouco tempo, percebera que estava sem emprego, sem dinheiro e sem um pedaço de terra para que pudesse retirar seu sustento.

Orientado por familiares e amigos, ainda no primeiro semestre de 1938, se dirigiu ao Rio de Janeiro, a fim de conseguir uma audiência com o Presidente Getúlio, a quem solicitaria um emprego. E ele conseguiu um cargo comissionado, e passou a trabalhar na construção da estrada Rio - Salvador.

O velho Antonio Silvino terminou os seus últimos dias, na casa da prima Teodulina, na cidade de Campina Grande/PB, ( Vide foto), tendo falecido na manhã do dia 28 de julho de 1944, em consequência de glomérulo nefrite crônica - Uremia - conforme atestado firmado pelo Dr. Bezerra de Carvalho, deixando oito filhos naturais. Está enterrado no cemitério Monte Santo, na cidade de Campina Grande, PB.



Fonte: Texto extraído do Blog de Jônatas

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Apresentado estatuto da Academia de Letras de Jaboatão


Presentes discutiram e contribuíram para o aprimoramento do Estatuto que vai reger a ALJG



Dia 04 de agosto de 2011 foi dado mais um passo no processo de instalação da Academia de Letras do Jaboatão dos Guararapes. Foi apresentado, na Estação Cultural Senador José Ermírio de Moraes, para escritores, poetas e outros convidados, o estatuto da entidade e discutido seu conteúdo.

Após a apresentação pormenorizada do estatuto, o grupo agendou para 30 de setembro a consolidação formal para a fundação institucional. Neste prazo, serão analisados por uma comissão os nomes apresentados para compor as 40 cadeiras da Academia, bem como os patronos. As sugestões devem ser encaminhadas ao professor Nildo, após contato pelo fone 8733.6507. Os pretendentes devem ter reconhecido e publicado trabalhos nas áreas da literatura, da poesia ou da prosa, ou em artigos e escritos de outra natureza a serem analisados pela comissão.

Do grupo que se encontrou pela primeira vez para para esta discussão, estavam presentes Natanael Lima Jr, Prof. Nildo Barbosa, Anderson Paes Barreto, Cobra Cordelista e Doralice Santana além de outras personalidades da Literatura de Jaboatão e Recife.

A abertura do evento foi feita pelo Conservatório de Música dos Guararapes, em brilhante apresentação dos alunos do projeto social, sob a regência do Prof. Edilson Vieira.

Fonte:http://www.gazetanossa.net.br/index.php?limitstart=4

Arquivo Público do Estado digitaliza seu acervo fotográfico


O Arquivo Público do Estado, órgão vinculado à Secretaria de Educação, está digitalizando o seu acervo fotográfico. O trabalho, iniciado em março de 2011, é parte do projeto “Catalogação do Acervo Iconográfico do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano”, desenvolvido em parceria com a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), e tem como objetivo facilitar o acesso de pesquisadores e do público em geral ao material ali arquivado.

No total, são mais de 15 mil imagens assim distribuídas:

2.000 fotografias sobre a História do próprio Arquivo Público, criado em 1945; todo o acervo pessoal do primeiro diretor da instituição, Jordão Emerenciano; 3.000 fotografias da Secretaria de Obras Públicas do Estado, relativas a obras realizadas no Recife e interior de Pernambuco entre 1930/50; o acervo fotográfico sobre a vida intelectual e acadêmica (1910/50) de um dos líderes do movimento abolicionista no Estado, José Mariano Carneiro da Cunha; e 4.000 imagens avulsas de outros vários acervos.


Três flagrantes da Revolução de 1930 no Recife:

1 - No Cais José Mariano, homens preparados para atirar

2 - Marcas de balas na paredes do Palácio do Governo

3 - Concentração de populares na frente do Palácio do Governo

Construção do Matadouro Público de Gravatá, sem data.


Idealizado pela professora Marília de Azambuja Ribeiro, o projeto também tem parceria com o Laboratório de História Oral e da Imagem, do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco, e vem sendo tocado por uma equipe de cinco professionais, além da coordenadora. Atualmente (agosto 2011), os trabalhos – que irão até março de 2013 – estão na fase de higienização e digitalização das fotografias, vindo em seguida a catalogação e a digitalização do acervo.

Para os integrantes da equipe, todas as fotografias do acervo são importantes, “visto que fazem parte da memória coletiva do nosso Estado”. Mas, eles não negam que, entre as imagens, algumas se destacam. E, entre estas, estão as fotos dos combates ocorridos no Recife durante a Revolução de 1930 que mostram, por exemplo, as paredes do Palácio do Governo ou do Teatro Santa Isabel crivadas de balas, populares nas ruas ou soldados entrincheirados nas pontes da cidade etc.

Segundo os integrantes da equipe, uma das mais trabalhosas tarefas do projeto vem sendo o reconhecimento iconográfico. Isto porque, além da quantidade significativa de fotografias manipuladas (mais de 15 mil), grande parte delas não contem informações essenciais como: local e data, acontecimento do qual se trata, pessoas fotografadas, fotógrafo autor da fotografia etc. Nesses casos, os profissionais têm que sair em buscas dessas informações, o que nem sempre é uma coisa fácil.

Acomodado no prédio anexo da entidade (à Rua Imperial, bairro São José, Recife), o acervo iconográfico do Arquivo Público do Estado poderá, ao final dos trabalhos de digitalização, ser consultado via Internet. E a reprodução das imagens será livre e gratuita, exigindo-se do pesquisador apenas os créditos das fotografias: tanto para o fotógrafo quanto para o acervo. Para a execução do projeto, a Facepe repassou para o Arquivo Público recursos de R$ 160 mil.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Toda a trajetória do Rei do Baião: os parceiros, discografia completa, os maiores sucessos


Cantor e compositor, Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu na fazenda Caiçara, no município de Exu, sertão de Pernambuco, a 13 de dezembro de 1912, filho de Ana Batista de Jesus e do sanfoneiro Januário José Santos, com quem aprender tocar sanfona.

Considerado uma instituição da música popular brasileira, o "rei do baião", como era conhecido, gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.

Entre seus grandes parceiros, estavam Zé Dantas e Humberto Teixeira. Deixou sua cidade natal em 1930, em busca de emprego, e acabou entrando para o Exército, em Fortaleza, Ceará.

Por conta da Revolução de 1930, esteve na Paraíba, além de outros estados nordestinos, e, em 1932, foi transferido para Juiz de Fora, Minas Gerais.

Depois de deixar o Exército, segue, em 1939, para o Rio de Janeiro, onde inicia a carreira de músico, tocando em um conjunto que se apresentava nos cafés da zona de prostituição.

Participou de programas de calouros, como os de Almirante e Ary Barroso e, em 1941, grava o seu primeiro disco -apenas como solista; a primeira música cantada, Dança Mariquinha, seria gravada em 1945.

A partir de então passa a percorrer o Brasil, fazendo shows, iniciando sua longa carreira de sucesso. Influenciou vários compositores da chamada moderna música nordestina, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Raimundo Fagner e outros.

Entre suas composições mais famosas estão Asa Branca, Vozes da Seca, A Triste Partida, Juazeiro.

Foi Luiz Gonzaga quem levou para o disco os ritmos e as batidas do xote e do baião - já conhecidos entre os cantadores de viola do Nordeste: ele pegou a batida e criou o jogo melódico, daí ser considerado o criador do baião.

Morreu no Recife a 02 de agosto de 1989, depois de passar 41 dias hospitalizado.

Discografia

1941: Véspera de São João - mazurca (Luiz Gonzaga e Francisco Reis); Numa serenata - valsa (Luiz Gonzaga); Saudade de São João del-Rei - valsa (Simão Jandi); Vira e mexe - chamego (Luiz Gonzaga); Nós queremos uma valsa (Nassara e Frasão); Arrancando caruá - choro (Luiz Gonzaga); Farolito -vaIsa (Agustín Lara): Segura a polca (Xavier Pinheiro).

1942: Saudades de Ouro Preto - valsa (Luiz Gonzaga); Pé de serra - chamego (Luiz Gonzaga); Saudade - valsa (Carlos Dias Carneiro); Apitando na curva - polca (Luiz Gonzaga); Sanfonando chorinho (Luiz Gonzaga); Verônica - valsa (Luiz Gonzaga); Calangotango - picadinho mineiro (Luiz Gonzaga); Minha Guanabara - valsa (Francisco Reis); Saudades de Areal - valsa (Mário Magalhães); Pisa de mansinho - chamego (Luiz Gonzaga); Seu Januário - chamego (Luiz Gonzaga); Santana - mazurca (Luiz Gonzaga); Aquele chorinho - choro (Luiz Gonzaga); Ligia - valsa (Luiz Gonzaga).

1943: Apanhei-te cavaquinho - choro (Ernesto Nazaré); Ivone - valsa (Xavier Pinheiro); Manolita - valsa (Leo Daniderff); 0 chamego da Guiomar (Luiz Gonzaga); Araponga - choro (Luiz Gonzaga); Meu passado - valsa (Luiz Gonzaga e Waldemar Gomes); Destino - valsa (Carneiro Filho e Vasco Gomes); Galo garnizé - choro (Luiz Gonzaga e Antonio Almeida).

1944: Subindo ao céu - valsa (Aristides M. Borges); Fuga da África - polca (Luiz Gonzaga); Recordações de alguém -choro (Bisoga); Pingo namorando - choro (Luiz Gonzaga); Escorregando - choro (Ernesto Nazaré); Madrilena - valsa (Antônio Almeida e Luiz Gonzaga); Luar do Nordeste - valsa (Luiz Gonzaga); Bilu-bilu - choro (Luiz Gonzaga); Xodó -choro (Luiz Gonzaga); Caprichos do destino - valsa (Odete Duprat Fiúze); Vanda - valsa (Luiz Gonzaga); Catimbó - chamego (Carneiro Filho e Vasco Gomes); Despedida - valsa (Luiz Bittencourt); Passeando em Paris - valsa (Luiz Gonzaga); Aperriado - chamego (Luiz Gonzaga); Fazendo intriga - chamego (Luiz Gonzaga).

1945: Provocando as cordas - choro (José Miranda Pinto); Última inspiração - valsa (Peterpan); Dança Mariquinha - mazurca (Luiz Gonzaga e Miguel Lima); Impertinente - polca (Luiz Gonzaga); Na hora h - choro (Luiz Gonzaga); Nara - valsa (Luiz Gonzaga); Penerô xerém - chamego (Luiz Gonzaga e Miguel Lima); Sanfona dourada - valsa (Luiz Gonzaga); Bolo mimoso - choro (Tito Ramos); Dança do macaco - quadrilha (Luiz Gonzaga); Queixumes - valsa (Noel Rosa e Henrique Brito); Zinha - polca (Carneiro Filho); Caxangá - choro (Luiz Gonzaga); Cortando pano - mazurca (Luiz Gonzaga, Miguel Lima e Jeová Portela); Festa napolitana - marcha-tarantela (Inácio de Oliveira); Ovo azul - marcha (Miguel Lima e Paraguaçu); Perpétua - marcha popular (Luiz Gonzaga e Miguel Lima).

1946: Marieta - valsa (Luiz Gonzaga); De Juazeiro a Pirapora - polca (Luiz Gonzaga); É pra rir ou não é? - samba (Luiz Gonzaga e Carlos Barroso); Devolve - valsa (Mário Lago); Não quero saber - valsa (Mário Lago); Ó de casa - chorinho (Luiz Gonzaga e Mário Rossi); Chamego das cabrochas (Miguel Lima e Luiz Gonzaga); Não bate nele - mazurca (Zé Fechado e Lourenço Pereira); Calango da lacraia - calango (Luiz Gonzaga e Jeová Portela); Pão-duro - marcha (Assis Valente e Luiz Gonzaga); Sabido - choro (Luiz Gonzaga); Saudades de Matão - valsa (Jorge Galati); Brejeiro - choro (Ernesto Nazaré); Toca uma polquinha - polca (Luiz Gonzaga); Feijão cum côve - embolada (Jeová Portela e Luiz Gonzaga); Eu vou cortando - marcha (Miguel Lima, Luiz Gonzaga e Jeova' Portela); Cai no frevo - marcha (Luiz Gonzaga); No meu pe' de serra - xote (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Pagode russo - polca (Luiz Gonzaga).

1947: Vou pra roça - marchinha (Luiz Gonzaga e Zé Ferreira); Asa-branca - toada (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Balanço do calango - calango (Luiz Gonzaga e Jeová Portela); Coração de mulher - valsa (Zezinho); Todo homem quer - marcha-frevo (Peterpan e José Batista); Tenho onde morar - samba (Luiz Gonzaga e Dário de Sousa); Quer ir mais eu? - marcha-frevo (Luiz Gonzaga e Miguel Lima); Pau-de-sebo - marcha (Dunga e Luiz Gonzaga).

1948: Moda da mula preta (Raul Torres); Firim, firim, firim -polca (Luiz Gonzaga e Alcebíades Nogueira).

1949: Lorota boa - polca (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); Mangaratiba - xote (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); Juazeiro - baião (Lujz Gonzaga e Humberto Teixeira); Baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Siridó - ritmo novo (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Légua tirana - valsa-toada (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); Vou mudar de couro - batucada (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); Gato angorá - marcha-baiao (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Vem morena - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Quase maluco - baião (Vitor Simon e Luiz Gonzaga); Dezessete léguas e meia - baião (Humberto Teixeira e Carlos Barroso); Forró de Mané Vito (Luiz Gonzaga e Zé Dantas).

1950: Assum-preto - toada (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); Cintura fina - xote (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Chofer de praça - mazurca (Evaldo Rui e Fernando Lobo); No Ceará não tem disso não - baião (Guio de Morais); - Xanduzinha - baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); A volta da asa-branca - toada (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Macapá -baião (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); Boiadeiro - toada (Klécius Caldas e Armando Cavalcanti); Adeus Rio de Janeiro - xote (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Rei bantu - maracatu (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Estrada de Canindé - toada-baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); O torrado (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Qui nem jiló - baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Paraíba- baião (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga); Respeita Januário - baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); A dança da moda - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga).

1951: Mariá - coco-baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Amanhã eu vou - valsa (Beduíno e Luiz Gonzaga); Olha pro céu - marcha junina (José Fernandes e Luiz Gonzaga); Propriá - baião (Guio de Morais e Luiz Gonzaga); Tô sobrando - polquinha (Luiz Gonzaga e Hervê Clodovil); Moreninha, moreninha -toada (Hervê Clodovil e Luiz Gonzaga); Madame Baião - baião (Luiz Gonzaga e Davi Nasser); Conversa de barbeiro - rancheira (Davi Nasser e Luiz Gonzaga); Sabiá - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Cigarro de paia - baião (Klécius Caldas e Armando Cavalcanti); Baião da Penha (Guio de Morais e Davi Nasser); Baião na garoa (Luiz Gonzaga).

1952: São João do Carneirinho - baião (Luiz Gonzaga e Guio de Morais); Imba1ança - baião (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); São João na roça - marcha junina (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Juca - valsa (Lupicínio Rodrigues); Catamilho na festa - chorinho (Luiz Gonzaga); Pau-de-arara - maracatu (Luiz Gonzaga e Guio de Morais); Acauã - toada (Zé Dantas); Adeus Pernambuco - toada (Manezinho Araújo e Hervê Clodovil); Baião na garoa (Luiz Gonzaga e Hervê Clodovil); Piauí - toada (Sílvio Moacir de Araújo); Marabaixo (Julião Tomás Ramos); Jardim da saudade - valsa (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves); Xaxado (Luiz Gonzaga e Hervê Clodovil); Vamos xaxear (Geraldo Nascimento e Luiz Gonzaga); Beata Mocinha - valsa romeira (Manezinho Araújo e Zé Renato); 0 balaio de Veremundo (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Pronde tu vai Lui? (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Januário vai tocar (Januário José dos Santos).

1953: Moreninha tentação - baião (Sílvio Moacir de Araújo e Luiz Gonzaga); Saudade de Pernambuco - baião (Sebastião Rosendo e Salvador Miceli); 0 xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Treze de dezembro - choro (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); São João chegou - baião (Marisa P. Coelho e Luiz Gonzaga); 0 casamento de Rosa - rancheira (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); A letra i - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Algodão - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); ABC do sertão -baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Vozes da seca - toada-baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Paraxaxá - xaxado (Luiz Gonzaga e Sílvio Moacir de Araújo); A vida do viajante - toada (Luiz Gonzaga e Hervê Clodovil).

1954: Feira de Gado - aboio (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Velho Novo-Exu - baião (Luiz Gonzaga e Sílvio Moacir de Araújo); Olha a pisada - baião-xaxado (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Vô casá já - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Noites brasileiras - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Lascando o cano - polca (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Cana, só de Pernambuco - chamego (Luiz Gonzaga e Vitor Simon); Relógio baião (Sérgio Falcão e José Roi); A canção do carteiro (Mauro Pires e Mércia Garcia); Cartão de Natal - toada (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Velho pescador - baião (Luiz Gonzaga e Hervê Clodovil); Minha fulô - baião (Luiz Gonzaga e Zé Dantas).

1955: Baião granfino (Marcos Valentim); Só vale quem tem - baião (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Paulo Afonso - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Padroeira do Brasil - bumbá (Luiz Gonzaga e Raimundo Grangeiro); Café - baião-coco (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Cabra da peste - baião (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Baião dos namorados (Sílvio Moacir de Araújo); Ai amor - baião (Luiz' Gonzaga e Zé Dantas); Forró do Zé Tatu (Zé Ramos e Jorge de Castro); Riacho do Navio - xote (Zé Dantas e Luiz Gonzaga).

1956: Buraco de tatu - xote (Jair Silva e Jadir Ambrósio); Açucena cheirosa - toada (Rômulo Pais e Celso Garcia); Mané e Zabé - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Lenda de São João - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); 0 cheiro da Carolina - xote (Zé Gonzaga e Amorim Roxo); Aboio apaixonado - aboio (Luiz Gonzaga); Derrarnaro o gai - coco (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Vassouras - xote (Luiz Gonzaga e Davi Nasser); Tacacá - baião (Luiz Gonzaga e Lourival Passos); Chorão (Luiz Gonzaga); Praia dengosa - maracatu (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); Tesouro e meio - baião (Luiz Gonzaga); Siri jogando bola - coco (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Saudade da Boa Terra - baião (Maruim e Ari Monteiro).

1957: A Feira de Caruaru - baião-folclore (Onildo Almeida); Capital do Agreste - baião (Onildo Almeida e Nelson Barbalho); O passo da rancheira - rancheira (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); São João antigo - baião (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Quarqué dia - toada (Jairo Argileu e Heron Domingues); Malhada dos bois - baião (Luiz Gonzaga e Amâncio Cardoso); São João no arraiá - marcha junina (Zé Dantas); Testamento de caboclo - toada (Renê Bittencourt e Raul Sampaio); Dias dos Pais - baião (Luiz Gonzaga e Chico Anísio); Estrela de ouro - baião (Antônio Barroso e José Batista); Linda brejeira - toada (Rui Morais e Silva Joaquim Lima); Meu Pajeú - toada (Luiz Gonzaga e Raimundo Grangeiro); 0 delegado no coco - coco (Zé Dantas); Comício no mato - baião-coco (Joaquim Augusto e Nelson Barbalho); Sertão sofredor - baião (Joaquim Augusto e Nelson Barbalho); Gibão de couro - baião (Luiz Gonzaga); Moça de feira - xote (Armando Nunes e Jeová Portela); Xote das moças (Nelson Barbalho e Joaquim Augusto); Forró no escuro (Luiz Gonzaga).

1958: Festa no céu - arrasta-pé (Zeca do Pandeiro e Edgar Nunes); Que modelo são os seus - xaxado (Luiz Gonzaga); Balance eu - toada (Luiz Gonzaga e Nestor de Holanda); Dezessete e setecentos - calango (Luiz Gonzaga e Miguel Lima); Chamego - chamego (Luiz Gonzaga e Miguel Lima); 0 torrado da Lili -xaxado (Helena Gonzaga e Miguel Lima); Bamboleando - maxixe (Luiz Gonzaga e Miguel Lima); Três e trezentos - baião (Miguel Lima e Gerson Filho); Chorei, chorão (Luiz Gonzaga e Lourival Passos).

1959: Xote do véiio (Nestor de Holanda e Joaquim Augusto); Sertanejo do norte - maracatu (João Vale e Ari Monteiro).

1960: Meu padrim - baião (F. Marcelino); Casamento atrapaiado (Walter Levita e Renato Araújo); Marcha da Petrobrás (Nelson Barbalho e Joaquim Augusto); Amor da minha vida - guarânia (Raul Sampaio e Benil Santos).

1961: Capitão jagunço - baião (Paulo Dantas e Barbosa Lemos); Baldrama macia - rasqueado (Arlindo Pinto e Anacleto Rosas); Creusa morena - valsa (Lourival Passos e Luiz Gonzaga); Dedo mindinho - baião (Luiz Gonzaga); Amor que não chora - toada (Erasmo Silva); 0 tocador quer beber - xote (Carlos Diniz e Luiz Gonzaga); Na cabana do rei - baião (Catulo de Paula e Jaime Florense); Aroeira - xote (Barbosa Lessa); Rosinha - baião (Nelson Barbalho e Joaquim Augusto); Corridinho Canindé (Luiz Gonzaga e Lourival Passos); Só se rindo - xote (Alvarenga e Ranchinho); Alvorada da paz - marcha (Luiz Gonzaga e Lourival Passos).

1962: Vida de vaqueiro - xote (Luiz Gonzaga); Maceió -toada (Lourival Passos); Fogueira de São João (Luiz Gonzaga e Carmelina); Ô véio macho - xote (Rosil Cavalcanti); Balance a rede - baião (Zé Dantas); Sanfoneiro Zé Tatu - forró (Onildo Almeida); De Teresina a São Luiz - xote (João Vale e Helena Gonzaga); Forró do Zé Antão - xote (Zé Dantas); Sertão de aço - xote (José Marcolino e Luiz Gonzaga); Serrote agudo - toada (José Marcolino e Luiz Gonzaga); No Piancó - xote (José Marcolino e Luiz Gonzaga); Pássaro carão - baião (José Marcolino e Luiz Gonzaga); Matuto aperriado - baião (José Marcolino e Luiz Gonzaga); A dança do Nicodemos - xote (Luiz Gonzaga e José Marcolino).

1963: Pedido a São João (José Marcolino); A festa do milho (Rosil Cavalcanti); A morte do vaqueiro - toada (Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho); Desse jeito sim (José Jatai e Luiz Gonzaga); Liforme instravagante (Raimundo Granjeiro); Pra onde tu vai baião? (João Vale e Sebastião Rodrigues); Pisa no pilão (Zé Dantas); Amigo velho (Rosil Cavalcanti); Eu vou pro Crato (Luiz Gonzaga e José Jatai); Caboclo nordestino (José Marcolino); Casamento improvisado (Rui de Morais e Silva); Faz força Zé (Rosil Cavalcanti); Xô pavão (Zé Dantas); A profecia (Zé Dantas); Homenagem a Zé Dantas (Antônio Barros); Zé Dantas (Onildo Almeida).

1964: Sanfona do povo - xote (Luiz Guimarães e Helena Gonzaga); Aquilo sim que era vida - valsa (Luiz Gonzaga e Jeová Portela); 0 baião vai - baião (Elias Soares e Sebastião Rodrigues); Fogo do Paraná - baião (João Vale e Helena Gonzaga); Não foi surpresa - baião (João Vale e João Silva); Documento de matuto - baião (Paulo Patrício); Rainha do mundo - toada (Jtilio Ricardo e Ari Monteiro); Nordeste sangrento - toada (Elias Soares); Padre sertanejo - valsa (Pantaleão e Helena Gonzaga); Nega Zefa - xaxado (Severino Ramos e Noel Silva); A carta - valsa (Isa Franco); Fole gemedor - xote (Luiz Gonzaga); A triste partida - toada (Patativa do Assaré); Toque de rancho - baião (Luiz Gonzaga e Jota Ferreira); Cacimba Nova - toada-baião (José Marcolino); Ave-Maria sertaneja - toada (Julio Ricardo e 0. de Oliveira); Marimbondo - forró (Luiz Gonzaga e José Marcolino); Viva o Arigó - baião (Geraldo Nunes); Numa sala de reboco - xote (José Marcolino e Luiz Gonzaga); Cocotá - xote (Luiz Guimarães e Helena Gonzaga); Cantiga do vem-vem - baião (José Marcolino e Pantaleão); Forró do Zé do Baile (Severino Ramos); Lembrança de primavera - valsa (Gonzaguinha).

1965: Fim de festa - polca (Zito Borborema); Polca fogueteira (Luiz Gonzaga); Fogo sem fuzil - polquinha (Luiz Gonzaga e José Marcolino); Quero chá - polquinha (Luiz Gonzaga e José Marcolino); Boi-bumbá - motivo popular (Luiz Gonzaga e Gonzaguinha); 0 maior tocador - marchinha (Luiz Guirnarães); Piriri - marcha junina (João Silva e Albuquerque); Matuto de opinião - marchinha (Luiz Gonzaga e Gonzaguinha).

1967: Xote dos cabeludos (José Clementino e Luiz Gonzaga); Óia eu aqui de novo - xaxado (Antônio Barros); Hora do adeus - baião (Onildo Almeida e Luis Queiroga); Crepúsculo sertanejo - toada (João Silva e Rangel); Tu qué m'ingabelá - xote (Luiz Gonzaga); Xeêm - arrasta-pé (José Clementino e Luiz Gonzaga); Contrastes de Várzea Alegre - arrasta-pé (José Clementino e Luiz Gonzaga); Garota Todeschini - baião (João Silva e Luiz Gonzaga); Do lado qui relampêa - baião (Luis Gulmarães); Forró de Pedro Chaves (Luiz Gonzaga); A sorte é cega - toada (Luiz Guimarães); Ou casa ou morre - xote (Elias Soares).

1968: Madruceu o milho (Sebastião Rodrigues e João Silva); Vitória de Santo Antão (Elias Soares e Pilombeta); Mazurca (Luiz Gonzaga e Raimundo Grangeiro); A cheia de 24 (Severino Ramos); De Juazeiro a Crato (Luiz Gonzaga e Julinho); 0 andariIho (Dalton Vogeler e Orlando Silveira); Lenha verde (João Silva e Luiz Gonzaga); Coco xeêm (Severino Ramos e Jaci Santos); Manduquinha (Luis Guimarães); Meu Araripe (João Silva e Luiz Gonzaga); Rosa do Mearim (Luiz Guimarães); Anita do Cipó (Jaci Santos e Severino Ramos); Canaã (Humberto Teixeira); Pobreza por pobreza (Gonzaguinha); Valha Deus, senhor São Bento (Antônio Almeida); Festa (Gonzaguinha); Nordeste pra frente (Luiz Gonzaga e Luis Queiroga); Erva rasteira (Gonzaguinha); 0 jumento é nosso irmão (Luiz Gonzaga e José Clementino); Baião Polinário (Humberto Teixeira); Saudades de Helena (Antônio Barros); Diz que vai virar (Gonzaguinha); Canto sem protesto (Luiz Gonzaga e Luis Queiroga); Tique-taque, tique-taque (Antônio Almeida); Chico Valente (Rildo Hora); Viva o Rei (Zé Gonzaga e José Amâncio); Louvação a Joao XXIII (Nertan Macedo e monsenhor Morão); Bença mãe (Bob Nelson); Prá não dizer que não falei de flores (Geraldo Vandré).

1970: Garimpeiro sonhador (Mário Rossi e Chico Xavier); Já vou, mãe (Dominguinhos e Anastácia); Cantei (Hugo Costa); A noite é de São João (Antônio Barros); Xote do saiote (Onildo Almeida); 0 festão (Rildo Hora); Sertão setenta (José Clementino); Motivação nordestina (César Rousseau e Carlos Cardoso); Frecobol (Rildo Hora e Helena Gonzaga); Boca-de-forno (Tâ nia); Raparam tudo (Severino Ramos); Santo Antônio nunca casou (Luiz Gonzaga e João Silva).

1971: 0 coreto da pracinha (Altamiro CarriIho e Ribeiro Valente); Ovo de codorna (Severino Ramos); Dia de São João (Rildo Hora); Coronel Pedro do Norte (Nelson Valença); Lulu Vaqueiro (Nelson Valença); 0 urubu é urn triste (Nelson Valença); Chuculatera (Antônio Carlos e Jocafi); Procissão (Gilberto Gil); Morena (Gonzaguinha); Cirandeiro (Capinam e Edu Lobo); Caminho de Pedra (Tom Jobim e Vinicius de Morais); Vida ruirn (Catulo de Paula); 0 milagre (Nonato Buzar); No dia que eu vim rn'irnbora (Caetano Veloso e Gilberto Gil); Fica mal corn Deus (Geraldo Vandré); 0 cantador (Dori Caymmi e Nelson Mota); Bich, eu vou voltar (Humberto Teixeira).

1972: Aquilo born (Luiz Gonzaga e Severino Ramos); Bandeira 2 (Fred Falcão e Arnoldo Medeiros); Pra frente Goiás (Prof. Zefirino); Se não fosse este rneu fole (Luiz Gonzaga e Severino Ramos); Vaqueiro véio (João Silva e J. B. de Aquino); Meu pequeno Cachoeiro (Raul Sampaio); From United States of Piauí (Gonzaguinha); Forró do Ze Buchudo (Severino Ramos e Helena Gonzaga); Meu Chevrolet (Roberto Martins); Ana Rosa (Humberto Teixeira); Corrida de rnourão (Pedro Bandeira); 3X4 Marilu (Humberto Teixeira e Maria Terezinha).

1973: A Nova Jerusalém (Janduhi Finizola); Baião de São Sebastião (Humberto Teixeira); Cantarino (Luiz Gonzaga e Nelson Valença); Cidadão de Caruaru (Janduhi Finizola e Onildo Almeida); Facilita (Luis Ramalho); Fogo-pagou (Rivaldo Serrano de Andrade); Indiferente (Luiz Gonzaga e Severino Ramos); Juvina (Luiz Gonzaga e Nelson Valença); Só xote (Onildo Almeida); 0 bom improvisador (Luiz Gonzaga e Nelson Valença); Samarica parteira (Zé Dantas e Luiz Gonzaga); Mulher de hoje (Luiz Gonzaga e Nelson Valença); O fole roncou (Nelson Valença e Luiz Gonzaga).

1974: A mulher do rneu patrão (Nelson Valença); Cavalo crioulo (Luiz Gonzaga e Janduhi Finizola); Born?... pra uns... (Juarez Santiago e Onildo Almeida); Choromingô (Luiz Gonzaga); Daquele jeito (Luiz Gonzaga e Luis Ramalho); É sem querer (Luiz Gonzaga e Onildo Almeida); Fole danado (Nelson Valença); Frei Damião (Janduhi Finizola); 0 vovô do baião (Severino Ramos e João Silva); Retrato de urn forró (Luiz Gonzaga e Luis Ramalho); Sangue de nordestino (Luiz Gonzaga); Teitei no arraiá. (Onildo Almeida).

1976: Capim novo (Luiz Gonzaga e José Clementino); Carapeba (Luis Bandeira e Julinho); Sanfona sentida (Dominguinhos e Anastácia); Mané Gambá (Luiz Gonzaga e Jorge de Altinho); Saudade dói (Humberto Teixeira); Bandinha de fé (Hildelito Parente); Fulô da maravuha (Luis Bandeira); Quero ver (D. Matias); São João nas capitá (Luiz Gonzaga e Luis Ramaiho).

1977: Chá cutuba (Humberto Teixeira); Baião de dois (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Onde tá tu neném (Luis Bandeira); Jesus sertanejo (Janduhi Finizola); A morte do meu avô (Nelson Valença); Chapéu de couro e gratidão (Luiz Gonzaga e Aguinaldo Batista); Menestrel do sol (Nelson Valença); Forró fungado (Dominguinhos e Anastácia); São Francisco do Canindé (Julinho e Luis Bandeira); Cabocleando (Eduardo Casado); Nãoé só a Paraíba que tern Zé (Luiz Gonzaga); Tambaú (Severino Ramos e Silvino Lopes); Karolina corn K (Luiz Gonzaga).

1978: Alegria de pé de serra (Dominguinhos e Anastácia); Engenho Massangana (Capiba); Serena no mar (Sivuca e Glorinha Gadelha); Salmo dos aflitos (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); Umbuzeiro da saudade (Luiz Gonzaga e João Silva); Viola de Penedo (Luis Bandeira); Nunca mais eu vi esperança (Sivuca e Glorinha Gadelha); Onde o Nordeste garôa (Onildo Almeida); Dengo maior (Humberto Teixeira e Julinho); Quiriquiqui (Luiz Gonzaga e Audizio Brizeno); Pai-nosso (Janduhi Finizola).

1979: Orélia (Humberto Teixeira); 0 mangangá (Luis Ramaiho); Súplica cearense (Gordurinha e Nelinho); Acordo às quatro (Marcondes Costa); Romance matuto (Luis Bandeira); Sorriso cativante (Dominguinhos e Anastácia); Manoelito cidadão (Luiz Gonzaga e Helena Gonzaga); Sou do banco (Hildelito Parente e JoséClementino); 0 caçador (Janduhi Finizola); Rio Brígida (Luiz Gonzaga e Gonzaguinha); Alvorada nordestina (Orlando Silveira e Dalton Vogeler); Adeus a Januário (João Silva e Pedro Maranguape)

1980: Obrigado João Paulo (Luiz Gonzaga e padre Gotardo Lemos); Mamulengo (Luis Bandeira); 0 homem da terra (Walter Santos e Teresinha Sousa); La vai pitomba (Luiz Gonzaga e Onildo Almeida); 0 mote "Maquinista e Sacristão" (Luis Bandeira); Cananá (Venâncio e Aparício Nascimento); 0 adeus da asa-branca (Dalton Vogeler); Cego Aderaldo (João Silva e Pedro Maranguape); Tropeiros de Borborema (Rosil Cavalcanti).

1981: Luar do sertão (Catulo da Paixão Cearense); Lampião falou (Venâncio e Aparício Nascimento); Depois da derradeira (Dominguinhos e Fausto Nilo); A ligeira (Guio de Morais e Haroldo Barbosa); Ranchinho da praia (Francisco Elion); Não vendo nem troco (Luiz Gonzaga e Gonzaguinha); Portador do arnor (Luis Bandeira e Julinho); 0 resto a gente ajeita (Luiz Gonzaga e Dalton Vogeler); Os bacamarteiros (Luiz Gonzaga e Janduhi Finizola); Pesqueira centenária (Nelson Valença).

1982: Prece por Novo-Exu (Luiz Gonzaga e Gonzaguinha); Farinhada (Zé Dantas); Dança do capilé (Rildo Hora e Humberto Teixeira); Maria Cangaceira (Teo Azevedo); Tristezas do Jeca (Angelino Oliveira); Alma do sertão (Renato Murce); Eterno cantador (Alemão e Elzo Augusto); Frutos da terra (Jurandir da Feira); Razão do meu querer (Julinho e Anastácia); Acácia amarela (Luiz Gonzaga e Orlando Silveira).

1983: Sequei os olhos (Luiz Gonzaga e João Silva); Casa de caboclo (Hekel Tavares e Luis Peixoto); Piano piloto (Carlos Fernando e Alceu Valença); Canto do povo (Jurandir da Feira); Cidadão sertanejo (Luiz Gonzaga e João Silva); A peleja do Gonzagão x Teo Azevedo (Teo Azevedo); 0 Papa e o jegue (Luiz Gonzaga e Otacílio Batista); Lampião (Luiz Gonzaga e Solange Veras); Saudade do velho (Orlando Silveira e Beatriz Dutra); Projeto Asa-branca (Luiz Gonzaga e José Marcolino); Xengo (Rildo Hora e Humberto Teixeira); Tamborete de forró (Artúlio Reis); Forró de Ouricuri (Luiz Gonzaga e João Silva).

1984: Pagode russo (Luiz Gonzaga e João Silva); Danado de bom (Luiz Gonzaga e João Silva); Pense n'eu (Gonzaguinha); Nessa estrada da vida (Valdi Geraldo e Aparecido José); Regresso do Rei (Luiz Gonzaga e Onildo Almeida); Sanfoninha choradeira (Luiz Gonzaga e João Silva); São João sem futrica (João Silva e Zé Mocó); Aproveita gente (Onildo Almeida); Lula, meu filho (Luiz Gonzaga e Aguinaldo Batista); Terra, vida e esperança (Jurandir da Feira).

1985: Deixa a tanga voar (Luiz Gonzaga e João Silva); Forró número1 (Cecéu); A puxada (Luiz Gonzaga e João Silva); Maria Baiana (João Silva e Zé Mocó); Sanfoneiro macho (Luiz Gonzaga e Onildo Almeida); Flor do lírio (Luiz Gonzaga e João Silva); Eu e minha branca (Gonzaguinha e Gonzagão); Forró do bom (Luiz Gonzaga e João Silva); Morena bela (Luiz Gonzaga e João Silva); Tá bom demais (Onildo Almeida e Luiz Gonzaga); A muiher do sanfoneiro (Luiz Gonzaga e João Silva); Amei à toa (João Silva e Joquinha Gonzaga).

1986: Forró de cabo a rabo (Luiz Gonzaga e João Silva); Forró da miadeira (Antônio Barros); Passo fome, mas não deixo (João Silva e Zé Mocó); Boca de Caieira (Zé Marcolino e Zé Mocó); Rodovia Asa Branca (Luiz Gonzaga e João Silva); Xote machucador (Dominguinhos e João Silva); Viva meu Padim (Luiz Gonzaga e João Silva); Engabelando (Cecéu e Bella Maria); Forronerão (Renato Borghetti); Queimando lenha (Onildo Almeida); Quadrilha chorona (Luiz Gonzaga e Maranguape); Eu e meu fole (Zé Marcolino).

1987: DE FIÁ PAVI - 1- De fiá pavi ( João Silva/Oseinha) 2- Zé budega(Cecéu) 3- Nem se despediu de mim (Luiz Gonzaga/J.Silva 4- De olho no candeeiro (J.Silva/L.Gonzaga 5- Quero ver correr moleque
(Luiz Guimarães) 6- Forró no interior (J.Silva/Oseinha) 7- Eu me enrabicho ( J.Silva/Pollyana 8- Doutor do baião ( L.Gonzaga/J.Silva) 9-Forró do Zé Antão ( Zé Dantas ) 10- Festa de Santo Antonio (Alcymar Monteiro/João Paulo Jr.) 11- Mariana -c/Gonzaguinha (Gonzaguinha/Gonzagão 12-Tóca pai (L.Gonzaga/J.Silva 13- Pobre do sanfoneiro (L.Gonzaga/João Silva)

1988: AÍ TEM - 1- Bom prá eu (Jorge de Altinho) 2- Aí tem (João Silva/Zé Mocó 3- Tá qui prá tu - c/Geraldo Azevedo ( J.Silva/L.Gonzaga) 4- No canto do salão (Nando Cordel) 5- Prá que mais mulher (João Silva/L.Gonzaga 6- Moela e coração (Cecéu/Zé Mocó) 7- Fruta madura (João Silva/L.Gonzaga) 8- Outro amanhã será (L.Gonzaga/João Silva) 9- Vamos ajuntar os troços c/Carmélia Alves (Antonio Barros) 10- ForróGostoso (J.Silva/L.Gonzaga) 11- Cajueiro Velho (Cecéu) 12- Recado doVelho (L.Gonzaga/J.Silva 13- Dá licença prá mais um c/Joquinha Gonzaga ( J.Silva/Raimundo Evangelista)

1989: Vou te matar de cheiro Luiz Gonzaga e João Silva); Uma pra mim, uma pra tu (Luiz Gonzaga e João Silva); Vê se ligas para mim (João Silva e Luiz Gonzaga); Arcoverde meu (João Silva e Luiz Gonzaga); Coração molim (Cecéu); Baião agrário (Cecéu e Maranguape); Xote ecológico (Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga); Ladrão de bode (Rui Morais e Silva); Pedaço de Alagoas (Edu Maia); Na lagoa do amor (cecéu); Já era tempo (luiz Gonzaga e João Silva); Faça isso não (João Silva e Geraldo Nunes).

1989: FORROBODÓ CIGANO - INSTRUMENTAL: 1- Forrobodó Cigano (L.Gonzaga) 2- Ói o frevo (J.Silva/L.Gonzaga) 3- Arrasta o Frevo (J.Silva/L.Gonzaga) 4- Depois da festa ( L.Gonzaga/J.Silva)
5-Xaxá mulher (L.Gonzaga/J.Silva) 6- Do jeito que vocês gostam (Luiz Gonzaga/J.Silva) 7- Ao mestre Capiba ( L.Gonzaga/J.Silva) 8-Forró Apracatado (J.Silva/L.Gonzaga) 9- Festa na roça (Mário Zan/Palmeira 10-Meus 18 anos (J.Silva/L.Gonzaga) 11- Tá ruço ( L.Gonzaga/J.Silva) 12- Manhã de junho (L.Gonzaga/J.Silva) 13- Baile na Roça(Tinoco/Nadir

1989: LUIZ GONZAGA E SUA SANFONA - VOL. 2 - 1- Tarantelando 2-Galope manso 3-Sol de Olinda 4- Só xaxando 5-Budegando 6- Apanhadora de algodão 7- Poraneu - dança dos imperiais ( D.P. adaptação Zé Pipa 8- Freviando 9- Prá poeira 10- Forró atarrancado 11- Forró no Jaqueirão 12- Xote rodado 13- Bia no frevo - D.P. adaptação Zé Pipa 14- Forró do joquinha ( L.Gonzaga/Joquinha Gonzaga) As demais músicas, de Luiz Gonzaga e João Silva.

1989: AQUARELA NORDESTINA -1- A rede véia ( Luiz Queiroga/Coronel Ludugero 2- Vamos chegando prá lá (J.Silva/Luiz Gonzaga 3- Menino de Braçanã (Luiz Vieira/Arnaldo Passos) 4- Os Olhinhos do menino ( Luiz Vieira) 5- Aproveita xará(J.Silva/Maranguape 6- Aqurela Nordestina ( Rosil Cavalcante) 7- Quero uma mulher (L.Gonzaga/J.Silva) 8- Me afubelo (J.Silva/Zé Mocó) 9- Cidadão ( Lúcio
Barbosa) 10- Canto do Sabiá ( Zé Alves Jr/Antonio D. Rabelo) 11- Prá não morrer de tristeza (J.Silva/K.Boclinho) 12- Bia no frevo (D.P. adaptação Zé Pipa) ESSE FOI O ÚLTIMO LP DE LUIZ GONZAGA.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

José Américo de Almeida

José Américo de Almeida (Areia, 10 de janeiro de 1887 — João Pessoa, 10 de março de 1980) foi um escritor (romancista, ensaísta, poeta e cronista), político, advogado, professor universitário, folclorista e sociólogo brasileiro.

Formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1908, tendo sido promotor público da comarca do Recife, promotor público da comarca de Sousa na Paraíba, procurador geral do estado da Paraíba aos vinte e quatro anos de idade, secretário de governo, deputado federal, interventor, ministro da Viação e Obras Públicas nos dois governos de Getúlio Vargas, senador, ministro do Tribunal de Contas da União, governador da Paraíba, fundador da Universidade Federal da Paraíba e seu primeiro reitor. Américo chegou a ser pré-candidato à Presidência da República, apoiado por Vargas para as eleições de 1938, porém as mesmas não aconteceram, em razão do golpe dado por Getúlio em 1937, que deu início à ditadura do Estado Novo.

Destacou-se no cenário nacional com a publicação de A bagaceira (1928), romance inaugural do chamado Romance de 30. Foi o quinto ocupante da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras, tendo sido eleito em 27 de outubro de 1966, na sucessão de Maurício Campos de Medeiros, e recebido pelo acadêmico Alceu Amoroso Lima em 28 de junho de 1967. O documentário "O Homem de Areia" (1981) de Vladimir Carvalho, conta a trajetória de vida de José Américo de Almeida. Pouco depois do início, Jorge Amado e sua esposa aparecem e homenageiam José Américo e sua obra "A Bagaceira". Amado diz que se não tivesse lido o livro de José Américo, não teria escrito Cacau.

José Américo concede uma longa entrevista na qual responde perguntas sobre momentos históricos da política do país que testemunhou e protagonizou, iniciando com a crise na Paraíba que culminou com o assassinato de João Pessoa. Afirma que, como político, não era eficiente no dia-a-dia dos governos, mas era capaz de arregimentar e aglutinar as massas com seus discursos em praça pública. Cita a frase de sua autoria "Vamos fazer a política dos pobres, pois a dos ricos já está feita". O escritor Ariano Suassuna aparece em breve depoimento comentando os fatos narrados por José Américo (de quem era adversário político) em suas memórias sobre João Dantas (que assassinou João Pessoa). José Américo também fala sobre Luis Carlos Prestes. Disse que a Coluna Prestes só fazia inimigos por onde passou no Nordeste, em função de constantemente praticarem roubos de bens da populações simples. Ele conta que dizia que se fossem fazer a revolução, "que não roubassem cavalos!".

Outra personalidade com quem o escritor conviveu foi Getúlio Vargas. Depois de chegar ao poder após a Revolução de 1930, José Américo sofreu um golpe de Getúlio ao ter a sua candidatura ao Governo em 1937 impedida pela instalação do Estado Novo. Em 1945, José Américo deu uma entrevista em favor da liberdade da imprensa e com a repercussão da mesma, conta que Getúlio achou que ele contasse com uma grande força por trás, o que teria favorecido a saída do governo do ditador pouco tempo depois. Em 1954, José Américo, que tinha reatado com Getúlio e assumira um ministério, era favorável à renúncia, quando recebeu a notícia do suicídio do Presidente. Já nos anos finais da vida, quando se falava em Abertura política, José Américo é indagado sobre a Reforma Agrária e a distribuição das terras banhadas pelos açudes. Construções, aliás, sobre os quais se dizia que só beneficiavam as terras dos grandes proprietários nordestinos.

• Reflexões de uma cabra, 1922

• A Paraíba e seus problemas, 1923

• A bagaceira, 1928

• O boqueirão, 1935

• Coiteiros, 1935

• Ocasos de sangue, 1954

• Discursos de seu tempo, 1964

• A palavra e o tempo, 1965

• O ano do nego, 1968

• Eu e eles, 1970

• Quarto minguante, 1975

• Antes que me esqueça, 1976

• Sem me rir, sem chorar, 1984

• A Maldição da Fábrica

sábado, 6 de agosto de 2011

Um curioso artigo de 1845


Um artigo muito curioso foi o que constou do Código de Posturas da Câmara Municipal de Patos, no ano de 1845, oficialmente aprovado pela Assembléia Provincial. Estabelecia o seguinte:

“Todo dono de casa habitada nas terras de agricultura apresentará anualmente, no mês de setembro, cem bicos de pássaros daninhos (tendo escravos) e cinqüenta (não os tendo). E nas terras de criar os donos de escravos apresentarão cinqüenta e os que não possuírem escravos, vinte e cinco, sendo isentas as pessoas que a autoridade competente julgar impossibilitadas.

O infrator pagará dois mil réis de multa.”

Tesouro escondido em engenho


Patrimônio // Localizado em Comporta, Jaboatão, o São Bartolomeu, datado de 1636, guarda relíquias esquecidas pelo poder público

Por: Mirella Marques

A população da comunidade de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, nem desconfia que existe um tesouro histórico bem debaixo de seu nariz. É lá que está localizado o Engenho São Bartolomeu, um dos mais antigos da Região Metropolitana do Recife.

Casa-grande foi modificada. Recebeu pintura nova e abriga uma biblioteca e uma igreja evangélica. Foto: Inês Campelo/DP DA Press
Construída em 1636, a casa-grande foi morada de judeus, cristãos-novos e holandeses. Paredes da feitoria e da senzala ainda resistem ao tempo. Mas foram totalmente modificadas. Inclusive pintadas, para abrigar uma biblioteca e uma igreja evangélica. Desde que seu último dono morreu, em meados da década de 1980, o engenho foi fechado. Isso não impede que o terraço da casa seja utilizado pelos vizinhos como salão de festas. Até uma churrasqueira foi encontrada pelo Diario na área que deveria ser tombada. Foi no São Bartolomeu que o tradicional bolo de mandioca pernambucano ganhou o nome com o qual é conhecido até hoje: Souza Leão, sobrenome da esposa de um dos senhores de engenho.

Os moradores até sabem que aquela casa e suas ruínas representaram algo de muito importante no passado. Sabem porque seus pais e avós contaram. Sabem porque muitos são descendentes de escravos ou de camponeses que trabalharam no local. Mas, apesar da consciência, o lugar está depredado. Os cavalos passeiam livremente pela propriedade. Objetos históricos, como a balança de pesagem de cana-de-açúcar usada pelos senhores no século passado, são guardados sem cuidados. "Achei essa balança quando estava limpando o mato em frente de casa", comentou, inocente, Edna Maria da Silva, que trabalhou para José Miguel da Silva Neto, último proprietário do São Bartolomeu.

Segundo o secretário de Cultura e Eventos de Jaboatão, Ivan Lima Filho, o pedido para tombamento municipal da casa-grande já seguiu para avaliação do prefeito Elias Gomes. "Sem tombar, não conseguimos preservar o engenho. Acredito que, em 90 dias, já conseguiremos esse título", afirmou o secretário. Por meio do processo de tombamento, a prefeitura poderá comprar a casa dos atuais proprietários e começar, efetivamente, o processo de revitalização da área. O valor das obras, incluindo a construção de um pequeno polo cultural, está orçado em R$ 700 mil. "Desse total, garantimos R$ 300 mil. Vamos buscar o restante junto aos governos estadual e federal", explicou Ivan.

História - O forte do Engenho São Bartolomeu não era a produção de açúcar, mas de aguardente. Seu primeiro dono foi o judeu Fernão do Vale, que herdou a propriedade do irmão, Fernão Soares. Os dois eram holandeses. Fernão do Vale chegou a participar das reuniões da Batalha dos Guararapes. Ouvia os planos dos pernambucanos e portugueses e delatava aos conterrâneos. Ele foi pego dentro do São Bartolomeu pelos portugueses, vitoriosos. Nunca mais foi encontrado. Nessa época, a família mandou trazer da Holanda a imagem de São Bartolomeu. Reza a lenda que ele aparece à noite para os moradores, informando que existem riquezas enterradas no terreno atrás da casa-grande.

Até agora, ninguém escavou a área. Em 1831, o engenho foi vendido para uma viúva, Francisca Xavier Cavalcanti. Trabalhavam, na época, 34 escravos. "Em 1856, a esposa de outro senhor de engenho, Rita de Paula Souza Leão, preparou o famoso bolo de Souza Leão aqui", garantiu a pesquisadora Eulina Maciel, que estuda sobre o engenho há 27 anos. Em 1900, o engenheiro agrônomo Augusto de Castro comprou a terra. As mudas que ele plantou tornaram-se árvores centenárias, que ainda hoje embelezam a propriedade.

OBS.:
Casa-grande foi modificada. Recebeu pintura nova e abriga uma biblioteca e uma igreja evangélica. Foto: Inês Campelo/DP DA Press.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os rituais de canibalismo no Brasil



Carne humana era bem mais que um petisco para os antropófagos brasileiros. O canibalismo, na cultura desses povos, envolvia cerimônias que evocavam o sobrenatural. Eles acreditavam que o indivíduo ganhava força pela assimilação de outros, poderosos e perigosos, sejam guerreiros inimigos, sejam parentes mortos.

Os inimigos mais poderosos que essas populações tinham eram os portugueses. Os lusos se tornaram o prato favorito da taba, o que salvou o aventureiro Hans Staden de arder no moquém. Por ser alemão, Staden foi poupado pelos tupinambás que o capturaram em Ubatuba (litoral de São Paulo), em 1549. Prisioneiro dos índios, ele presenciou rituais antropofágicos. Seu relato é o mais detalhado já feito sobre os canibais brasileiros.

Não se sabe exatamente quantos grupos indígenas praticavam a antropofagia. O hábito durou até o século 17, quando a catequização acabou com ele nos territórios controlados pelos colonizadores. Mas a lógica antropofágica permaneceu forte, inclusive na forma pela qual os índios assimilaram os rituais católicos, que incluem a ingestão do ‘sangue’ e do ‘corpo’ de Cristo”. Hoje, só os ianomâmis conservam o hábito de comer cinzas de cadáver, como forma de homenagear um amigo morto.

Sardinha na brasa

Além dos tupinambás, os caetés que habitavam o litoral do Nordeste fizeram história com seu costume alimentar. Conta-se que, em 16 de junho de 1556, eles souberam do naufrágio de uma embarcação portuguesa em mares brasileiros e ficaram na praia aguardando os pratos de seu jantar. Assim que pisaram na areia, os 90 tripulantes e o primeiro bispo do Brasil, dom Pedro Fernandes de Sardinha, foram capturados e devorados pelos índios. A história se espalhou e ficou registrada em cartas de jesuítas da época. No entanto, de acordo com John Monteiro, não há como afirmar com certeza a veracidade do ocorrido, já que “os relatos são todos marcados pela intenção de condenar os caetés e torná-los sujeitos à escravização”. Os caetés foram considerados “inimigos da civilização” pelos portugueses e europeus em geral. Em 1562, o governador-geral Mem de Sá determinou que fossem “escravizados todos, sem exceção”. Como consequência, os indígenas foram extintos em 5 anos.

A engorda

No ritual tupinambá, a vítima nunca era morta na mesma hora que chegava à aldeia. A preparação para sua degustação podia levar dias, até meses. Na chegada, o inimigo era levado para uma cabana só com mulheres e crianças. Elas o agrediam e cantavam canções de vingança. Depois, penas cinzentas eram coladas ao seu corpo e suas sobrancelhas eram raspadas. Amarrado no centro da aldeia, ele tinha à sua volta uma roda com todos os índios, que cantavam e dançavam por horas. A partir daí, o prisioneiro era tratado como rei. Davam-lhe uma mulher para servi-lo. Se ela tivesse um filho dessa relação, os índios o criariam até a idade adulta – para então dar-lhe o mesmo destino do pai. A tribo convidava amigos de outras aldeias para participar do banquete. O ritual em si começava quando as vasilhas estavam cheias de uma beberagem à base de raízes fortes e todos os convivas estavam presentes. O prisioneiro participava da farra da taba, que atravessava a noite com danças e bebida farta. Enquanto isso, em uma das cabanas, era pendurado o tacape que daria o golpe fatal no pobre coitado.

O abate

No dia seguinte, nada de curtir a ressaca na rede: os índios construíam uma cabana só para o inimigo morrer. Lá, ele passaria a noite bem vigiado. De madrugada, os algozes entravam na cabana para cantar e dançar em volta do prisioneiro até o nascer do Sol. Então, eles derrubavam a cabana e faziam uma fogueira a dois passos dele. Todos se pintavam com uma tinta cinza. O cacique pegava o tacape e golpeava o prisioneiro na nuca. As mulheres levavam o morto para o fogo, raspavam-lhe toda a pele e tapavam-lhe o ânus com um pau, para que nada escapasse por ali.

O talho

Depois da raspagem, um dos homens da tribo fazia as vezes de açougueiro: cortava as pernas do defunto acima dos joelhos e os braços rente ao tronco. Chegavam, então, 4 mulheres que pegavam um pedaço cada uma e corriam com eles em volta das cabanas, cantando e gritando – era o ponto alto da festa, quando toda a tribo entrava em êxtase. Então chegava a hora de assar a carne e reparti-la entre os convidados. Os miúdos, assim como a cabeça, eram dados às mulheres, que preparavam com eles uma sopa, servida só a elas e às crianças.

Fonte: Superinteressante