quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

SHOW: Cobra Cordelista



SHOW: Toda sexta-feira o poeta e cantador Cobra Cordelista realiza um show com cânticos sertanejos, releitura de alguns clássicos da cultura popular, ciranda , poesia matuta e alguns “causus” .

CONVIDADOS: No acompanhamento musical a banda curupira com os músicos Edivaldo Junior e Felipe de Dora.

LOCAL: O evento acontece no restaurante Espeto na mesa (antigo bar da poeira) que se localiza na avenida comercial após o restaurante Recanto Gaúcho das 20:00 hs até as 00:00 hs.

INFORMAÇÕES FONE: 8649 – 6768/8828 - 0242

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Das coisas da natureza

Das coisas da natureza

Não a nada mais bonito
que um riacho correndo
pelas pedras escorrendo
... num aguasse infinito
ou o som de apito
do cantado do cancão
que la no capoeirão
é artista com certeza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

A terrinha perfumada
em inicio de inverno
causa um alivio tão terno
depois de uma chuvarada
o canto da passarada
que se espalha pelo chão
é uma bela visão
de incomparável beleza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

O juazeiro verdejante
em tempo de seca forte
que nunca tem cor de morte
com o seu folhear constante
o tiú muito elegante
correndo sem direção
toma sua posição
e corre com tal leveza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

vive a rasga mortalha
la no sino da igreja
pega a cobra que rasteja
nesse ponto nunca falha
com seu bico de navalha
consegue sua refeição
não traz mal agouro não
só pra serpente indefesa
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

a rolinha cascavel
ou também fogo apagou
na mata quase acabou
graças ao homem cruel
mas quando voa no céu
causa admiração
sua bela coloração
tem cores de tal riqueza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

a caatinga ou mata branca
a capoeira o tabuleiro
o frondoso umbuzeiro
de serventia tão franca
de sua raiz agua arranca
é um oásis do sertão
ajuda a população
possui agua de pureza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

voando na mataria
um bando de avoantes
os buritis tão gigantes
a visão do fim do dia
o cantar rouco da jia
o carcará e o carão
o velho camaleão
com toda sua aspereza
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração

Espero sinceramente
que preservem nossa terra
ou a vida se encerra
muito rapidamente
torço que futuramente
essa nova geração
pense com o coração
e a mantenham ilesa
Das coisas da natureza
sempre nasce a inspiração


AOS PROFESSORES...

É gigante o nosso prejuízo
Com esse maltrato a educação
Por que para mudar a condição
Até a greve, aqui é preciso.
Direitos simples como um piso
O governo finge ser irreal
Ignora o decreto federal
Ameaça, coage e se omite.
E ainda quer que a gente acredite
Que a greve é que é ilegal

Estudei ditadores do passado
Lembro-me deles por vários nomes
Mas um que chamam “Cid Gomes”
Que hoje “des”governa nosso estado
Foi o candidato mais bem votado
Por um povo de pouca instrução!
Pra manter-se na sua condição
Quer deixar o povo ignorante
E por isso seu ataque constante
A já tão machucada educação.

Educar por amor é uma verdade
Como o nosso governador aponta
Mas porem o amor não paga conta
Nem garante vida de qualidade
Ou encobre toda a dificuldade
Que o educador hoje enfrenta!
Esse discurso ninguém aguenta
Professor não é nenhum otário
Governador doe então seu salario
Para ver se só amor te sustenta

E aqui falo aos professores
Através desse meu relato breve
Aos que continuam nessa greve
Quero parabenizar aos senhores
Pois vocês carregam nossas dores
Nossa classe sem reconhecimento!
Que se chegue ao entendimento
Que não dá pra manter uma nação
Onde o profissional da educação
É tratado como um instrumento

(Antonio Wilton da Silva-professor/poeta)


Fonte:http://culturanordestina.blogspot.com/

sábado, 15 de outubro de 2011

4a. Mostra Brasil abre inscrições para grupos de todo o país!

Estão abertas, até o dia 31/10, as inscrições para a 4a. Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte, que vai acontecer em maio de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.

Em sua quarta edição, a Mostra traz o tema Cultura e Sustentabilidade norteando todas as suas atividades, inserindo-se no contexto da Conferência das Nações Unidas-Rio+20, em 2012.

Os interessados devem preencher o formulário de inscrição on-line disponível no site www.juventudearte.org.br e encaminhar material audiovisual de registro de trabalhos artísticos do grupo.

Podem se inscrever grupos de todos os estados do país com trabalhos artísticos envolvendo jovens e que realizam ações sociais transformadoras. Os trabalhos artísticos podem envolver diferentes linguagens e expressões culturais como dança, musica, circo, teatro/performance, cultura popular, literatura, poesia.

Fonte:http://culturanordestina.blogspot.com/

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Feliz dia das Crianças


Você criança,
que vive a correr,
é a promessa
que vai acontecer…
é a esperança
do que poderíamos ser…
é a inocência
que deveríamos ter…

Você criança, de qualquer idade,
vivendo entre o sonho e a realidade
espargem pelas ruas da cidade,
suas lições de amor e de simplicidade!

Criança que brinca,
corre, pula e grita
mostra ao mundo,
como se deve viver
cada momento, feliz,
como quem acredita
em um mundo melhor
que ainda vai haver!

Você é como uma raio de luz
a iluminar os nossos caminhos,
assemelhando-se ao Menino Jesus,
encanta-nos com todo teu carinho!

Você é a criança,
que um dia vai crescer!
É a promessa,
que vai se realizar!
É a esperança
da humanidade se entender!
É a realidade
que o adulto precisa ver…
e também aprender a ser…



Homenagem à Criança
Fonte: Mensagens e Poemas

Feliz dia das crianças!




terça-feira, 11 de outubro de 2011

Gato Félix: 100 anos de esquecimento de um caricaturista

Félix de Albuquerque, o Gato Félix, nasceu em 1911, em Chã de Alegria, município da Zona da Mata Norte de Pernambuco. De uma família de humildes trabalhadores rurais, em 1925, portanto aos 14 anos de idade, Félix mudou-se para o Recife onde, inicialmente, trabalhou como empregado doméstico na residência de uma senhora da sociedade: “era uma casa na Rua da Imperatriz nº 36, no segundo andar, onde tinha um piano que era tocado por três mocinhas”, diria a 02de fevereiro de 1975, numa entrevista ao Jornal da Cidade, do Recife.

Naquela época, ou seja, em 1925, o garoto Félix de Albuquerque já gostava de desenhar, tarefa a que dedicava todo o tempo em que não estava ocupado com os afazeres domésticos. Um dia, a patroa viu os rabiscos do seu empregado e o incentivou a estudar. Através do maestro e compositor Nelson Ferreira, que frequentava a casa, ela conseguiu matricular Félix num curso de desenho do Liceu de Artes e Ofícios, a então mais importante escola profissionalizante do Recife. Mas, avesso aos estudos, Félix só frequentou o curso por apenas três dias.

Publicado pelo jornal A Pilhéria, Recife, 05/10/1929.


Além de deixar o Liceu de Artes e Ofícios, Félix de Albuquerque também saiu da casa onde era empregado doméstico e foi trabalhar como gazeteiro, “porque vender jornal era uma profissão muito mais divertida”. Assim, aos 15 anos de idade, Félix teve seus primeiros contatos com o mundo da imprensa, já alimentando o sonho de um dia ter os seus desenhos publicados nos jornais. E, assim aconteceu: de gazeteiro a ilustrador (cartunista/caricaturista) seria “um pulo”, pois aos 16 anos de idade Félix veria suas primeiras caricaturas publicadas:

- Publiquei meus dois primeiros desenhos aos 16 anos de idade. Uma caricatura de um médico chamado Edgard Altinho e a outra era uma caricatura do Ministro Oliveira Lima. Foi a maior alegria da minha vida porque naquele tempo os jornais do Recife tinham muitos cartunistas famosos, muita gente importante - diria Gato Félix na já citada entrevista ao Jornal da Cidade. Ele acrescentava:

- Me lembro de quase todos os cartunistas do Recife: Beroaldo Melo; Armando Santos que depois virou coisa muito alta e só fazia pintura; eu vi a primeira caricatura de Lula Cardoso Ayres, que foi a do médico Simões Barbosa; J. Ranulpho foi outro grande caricaturista, aprendi muito com ele, lá na casa dele na Rua da Praia, onde vi o seu filho Carlos Ranulpho (hoje marchand de arte famoso) ainda pequeno; Nestor Silva morreu na miséria, lá no Alto José do Pinho... Ainda tinha Vitoriano, Valdemar Vilares, Zezé e outros que não lembro agora...

A partir daquele 1927, Gato Félix teve uma bem sucedida carreira de cartunista, atuando em praticamente todos os importantes jornais recifenses: A Noite, Jornal do Recife, Jornal Pequeno, Diário da Manhã, A Rua, A Notícia, O Prego, A Revista, A Pilhéria, Folha da Manhã, Diário da Noite, Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, entre outros. Além do sucesso, seus desenhos também trouxeram problemas. Em 1930, por exemplo, foi preso várias vezes, a maioria delas por conta de caricaturas do Inspetor de Polícia Ramos de Freitas, “um sujeito beiçudo, fácil de caricaturar”.

Jornalista Sócrates Times de Carvalho, contemporâneo de Gato Félix


No início dos anos 1970, Gato Félix foi esquecido pelos jornais do Recife. Mas, enquanto atuou como cartunista, fez amizade com grandes nomes da cultura pernambucana: “Fiz muitos amigos no meio cultural. Conheci Gilberto Freyre quando ele era secretário de redação de A Província. Fiz amizade com Mauro Mota, Eugênio Coimbra, Lula Cardoso Ayres...Com Mário Melo cheguei a fazer um suplemento carnavalesco para o Jornal do Commercio em 1936... Hoje, alguns desses nem falam comigo ou pensam que já morri” (Jornal da Cidade, 02/02/1975).

Capiba e Antônio Farias

Os últimos desenhos de Gato Félix foram publicados pelo semanário Jornal da Cidade, entre 1974/75, depois que o jornalista Ivan Maurício localizou o cartunista morando numa modesta casa do Beco do Rosário, no bairro recifense de Afogados, e o trouxe de volta à imprensa. Antes de morrer, pobre, no final da década de 1970, Gato Félix passa os dias num restaurante no bairro de Santo Amaro, Recife, onde comia e bebia pagando as contas com caricaturas que fazia dos outros clientes e que o proprietário dependurava pelas paredes do estabelecimento.

Segundo o próprio cartunista, o apelido Gato Félix surgiu numa redação de jornal, por lhe acharem parecido com o gato do mais famoso desenho animado dos anos 1920.

Jornal da Cidade, 1975

sábado, 8 de outubro de 2011

Cidade de Moreno

Por James Davidson




A cidade de Moreno possui muitos lugares interessantes e de valor histórico. Um simples passeio pelo centro pode revelar uma riqueza de informações e de histórias que um olhar desatento não consegue perceber. Vários pequenos roteiros podem ser feitos. Então vamos lá!


Nosso passeio começa pelo ponto o a cidade nasceu: o Engenho Catende. O Engenho Catende era o antigo Engenho Nossa Senhora da Conceição que aparece nos documentos do período holandês. Situa do às margens do Rio Jaboatão, também aparece na cartografia holandesa com esse nome nos mapas de Vingboons e Marcgraf. É, portanto, um dos engenhos mais antigos do município. Sua casa-grande centenária, apesar de menos opulenta e conhecida que a do Engenho Morenos, ainda encontra-se preservada sendo conhecida pela população como o "Casarão". Chegou a ficar abandonada por um tempo mas foi restaurada pela prefeitura que a utiliza hoje para eventos.


Um pouco mais adiante na avenida encontra-se a Matriz de Nossa Senhora Conceição. Apesar de muito bonita e vistosa, ela não é muito antiga pois foi construída em 1935. Perto dela, onde hoje encotra-se o Colégio Dom Jaime, existia um templo mais antigo - A Igreja de São Sebatião, que tinha sido erguida em 1745 pelo capitão de ordenanças Domingos Bezerra Cavalcanti, e foi destruída em 1973. A matriz hoje conta com uma gruta e um jardim.


Em frente à matriz encontra-se a fábrica fechada do Cotonifício Moreno. Esta fábrica foi fundada em 1910 com o nome de Societè Cotonniere Belge-brasiliense por empresários belgas e foi de extrema importância para o desenvolvimento da cidade. Como na época Catende era apenas um engenho, foi o Cotonifício que foi responsável pelo crescimento populacional e econômico da localidade pois empregou muita gente, inclusive trazendo operários de Paulista e de Camaragibe. Hoje, apesar de fechada, conserva boa parte de sua estrutura.


A Vila Operária do Cotonifício Moreno é outro ponto histórico. Situada nas ruas que ficam atrás do Cotonifício, caracteriza-se por ser um conjunto de casas conjugadas que foram construídas para abrigar as famílias dos operários da fábrica. De construção contemporânea ao Cotonifício, é uma das vilas operárias mais bem conservadas do estado de Pernambuco, mesmo sem ser tombada, apesar de já existirem algumas casas descaracterizadas.


Descendo novamente para avenida, encontramos outros pontos de destaque. O prédio da prefeitura foi construído após a emancipação politica de 1928. Notar a semelhança com o antigo Teatro Municiapal de Jaboatão erguido em 1911.


O predio do antigo cinema de Moreno só funciona o primeiro pavimento. Os outros estão em ruína. Mais adiante o Mercado Público Municipal, construído em 1922, quando a cidade ainda era distrito de Jaboatão.




A Estação Ferrroviária de Moreno é outro edifício que se destaca. Construída em 1885 pela Great Western, fazia parte da Linha de Ferro Central de Pernambuco que ligava o Recife ao interior. É um importante marco histórico do município, pois foi responsável por facilitar o transporte de produtos e mercadorias, contribuindo também para a implantação do Cotonifício que tanto desenvolveu a cidade. Apesar de sua grande importancia, o prédio encontra-se abandonado, embora em melhores condições que outras estações igualmente abandonadas, como a de Jaboatão. Assim como o Engenho Morenos, é um dos únicos bens em processo de tombamento pela FUNDARPE dentro do município.




Para finalizar: a cidade de Moreno também tem muita história pra contar!

Fonte:http://jaboataodosguararapes.blogspot.com/search?updated-max=2011-07-07T00%3A01%3A00-07%3A00&max-results=5