terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cobra cordelista no Colégio Zequinha Barreto


Era a feira de conhecimentos da Escola Zequinha Barreto e a convite da direção da escola e da professora Paula, fui lá conhecer esta meninada que eu quero tanto bem. E torço pelo seu sucesso em qualquer lugar deste meu país.

Alguns por ser muito longe torna-se difícil ir até eles, mas de longe fico feliz com a vitória de cada um. Como para Deus não é impossível, agente um dia se encontra, por enquanto vou contando causos e encurtando caminhos e em um destes becos da vida agente se encontra.

Cobra Cordelista.









Cobra Cordelista na Universidade Federal de Vitória de Santo Antão


A convite da professora Zélia, secretaria de educação de Carpina, visitei a Universidade Federa de Vitória de Santo Antão e depois de realizar show com os estudantes no palco, fui á uma palestra desta grande Mestra da educação, aprendi muito com uma pessoa tão comprometida com a educação inclusiva, os relatos de sua experiência como gestora são de emocionar qualquer um.

A professora da turma era a Beatriz, declamei filho agente não enjeita e fiz uma bela amizade com professores e alunos desta universidade, um dia agente se encontra de novo um beijo no coração de todos vocês.

Cobra Cordelista.








segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Outras Histórias de Assombrações


Cabra Cabriola


Conta a lenda que era um enorme monstro, de dentes agudíssimos, que soltava fogo pelas narinas e pela boca. Em suas investidas noturnas, procurava entrar nas casas para devorar os meninos que encontrava. Existem vários contos populares cujo personagem central é a Cabra Cabriola. O mais famoso em Pernambuco data de meados do século XIX e diz mais ou menos assim:


Existia uma mulher, mãe de três crianças pequenas, que sempre saía à noite em busca de meios para sustentar seus filhos. Ao sair, ela recomendava às crianças que tomassem cuidados com monstros, que não abrissem a porta para ninguém até ela voltar. E, assim, os meninos costumavam fazer: só abriam a porta quando a mãe retornava e, com sua voz familiar, pedia aos filhos que a abrissem.

Certa noite, a Cabra Cabriola chegou à casa dessa mulher, bateu à porte e, falando como se fosse a mãe das crianças, pediu que a deixassem entrar. O disfarce, porém, não foi perfeito, visto que a Cabra Cabriola não modificou o timbre de sua voz grossa e horrível. Os meninos perceberam que não se tratava da mãe deles e não abriram a porta. A Cabra Cabriola, então, foi embora prometendo, baixinho, voltar.

Semanas depois, a Cabra Cabriola voltou à casa daquelas três pobres crianças. Mas, desta vez não bateu à porta, ela ficou escondida aguardando o retorno da mãe das crianças, com o seguinte objetivo: conhecer o timbre da voz da mulher e aprender todos os termos usados por ela para chamar os filhos. Era a preparação para a grande e certeira investida que realmente aconteceria.

No dia seguinte, a Cabra Cabriola foi à oficina de um ferreiro e mandou que ele batesse a língua dela na bigorna, para que o timbre de sua voz, antes grossa e horrível, ficasse bem parecido com o da voz da mulher. À noite, a Cabra Cabriola esperou que a mãe das crianças saísse e completou o seu terrível plano: bateu à porta, imitando em tudo o chamado da mulher: "Filhinhos, filhinhos..."


Crentes que era a mãe delas, as crianças abriram a porta e foram todas devoradas pela Cabra Cabriola.


Chora Menino

Praça situada no final da Rua Manoel Borba, na Boa Vista, é um dos mais famosos lugares mal-assombrados do Recife. Antigamente, o local era denominado Mondego e tinha ali uma capelinha.


Durante a revolta militar conhecida como Setembrizada, que eclodiu entre os dias 14 e 16 de setembro de 1831, cerca de 300 soldados se amotinaram ali e foram massacrados por tropas leais ao governo.


A maioria desses soldados foi sepultada ali mesmo no local da carnificina e, a partir daquela data, quem passasse pelo local ouvia gemidos e choros que seriam dos filhos dos soldados lamentando a morte dos seus pais.


A história desses choros e gemidos ganhou as ruas do Recife e, assim, a praça passou a ser chamada de Chora Menino, ao mesmo tempo em que ganhou fama de local mal-assombrado.

Cantigas de ninar



Quem as vezes não sente vontade de voltar a ser criança para poder, dentre outras coisas, dormir ao doce e suave canto de ninar, mesmo sendo a canção do temível boi da cara preta? Muito embora não se tenha conhecimento de como, quando e onde surgiu a primeira cantiga de ninar, acredito que tenha sido junto com o surgimento da primeira mãe.

No começo, não passava de uma simples melodia rudimentar, um rum-rum-rum. Aos poucos a coisa foi evoluindo para frases soltas e ritmadas até chegar ao que conhecemos hoje, com versos inocentes que abordam geralmente temas religiosos, folclóricos ou fatos do cotidiano.

Como acontece em praticamente todas as manifestações culturais correntes no Brasil, a cantiga de ninar também teve origens portuguesas, africanas e indígenas. Dessa forma, houve misturas e adaptações entre cada uma delas. A melodia e letra da cantiga portuguesa sofreu alterações quando cantadas pelas escravas ou índias e vice-versa. Isso explica em parte, as diferentes versões para a mesma cantiga de região para região no Brasil. Um bom exemplo disso aconteceu nessa cantiga de origem portuguesa:

"Vai-te, Côca, vai-te, Côca, Prá cima do telhado
Deixa dormir o menino Um soninho sossegado."

Côca ou cuca - espécie de bicho imaginário criado e usado para fazer medo às crianças choronas continua apenas no Sul do país. No Nordeste foi substituída pelo pavão e no lugar de "para cima do telhado", nossa versão registra "sai de cima do telhado", imagine que em cima do telhado fica mais difícil para o menino poder dormir seu sono sossegado não é mesmo.

"Xô, xô, pavão
Sai de cima do telhado
Deixe meu filho dormir
Seu soninho sossegado."

Abaixo selecionei alguns acalantos exclusivos para ninar. Certamente você já dormiu ou fez alguém dormir com alguma delas. Se conhecer alguma que não esteja citada, basta enviar que publico. Cuidado para não confundir com cantigas populares, estas, já citei acima.

"Acordei de madrugada,
Fui varrer a Conceição,
Encontrei Nossa Sra
Com seu raminho na mão.
Eu lhe pedi um raminho,
Ela me disse que não,
Eu lhe tornei a pedir,
Ela me deu seu cordão.
Numa ponta Sto Antônio,
Noutra ponta São João,
No meio Nossa Sra
Com seu lencinho na mão.
Cala a boca, iaiazinha,
Que seu pai já vem já,
Já foi buscar timão de seda,
forrado de tafetá. "

"Boi, boi, boi
boi da cara preta
pega este menino
que tem medo de careta
Não, não, não
não coitadinho
ele está chorando
mas é tão bonitinho. "

"Tutu sossegue,
vá dormir seu sono
está com medo diga
qué dinheiro tome. "

"João Curutú
detrás do murundu
levai este menino
pra comer angu. "

"Nana, neném
que a cuca vem pegar
papai tá na roça
mamãe foi cozinhar."

"Dorme filhinho,
dorme meu amor,
que a faca que corta
dá talho sem dor."

"Não chore, meu menino,
não chore, meu amor
que a faca que corta
dá golpes sem dor. "

"O menino tem soninho,
e o seu sono não quer vir
venham os anjinhos do céu
ajudá-lo a dormir. "

"Sra Santana
Senhor São Joaquim
acalentai esse menino
que o sono não quer "vim"."

"Estava Maria
na beira do rio
lavando os paninhos
do seu bento filho.
A Sra lavava
São José estendia,
o Menino chorava
do frio que fazia."

"Embala, José, embala
que a Sra logo vem
foi lavar um cueirinho
no riacho de Belém."

"Maria e José
vão para Belém
levando o Menino
que eles querem bem."

"Dorme, dorme, meu filhinho
é noite, papai já veio
Teu maninho também dorme
embalado no meu seio.
Dorme, dorme, meu filhinho
que as aves já estão dormindo
E as estrelas cintilantes
Lá no céu estão luzindo
Anunciando que horas
o galo cucaricou
E lá na torre da igreja
a mesma hora soou. "

"Desce gatinho
de cima do telhado
que é pra ver se esse menino
dorme um sono sossegado
ô ô ô/ô ô ô a."

"Gatim marambaia
não vem assustar
que o pai do menino
já vem te matar. ô..."

sábado, 27 de novembro de 2010

A Princesa Encantada de Jericoacoara




Na cidade de Jericoacoara, no Ceará, diz a lenda que, debaixo do morro do farol local, existe uma linda princesa encantada, morando numa gruta, cheia de riquezas. Só se desencantará se alguém for sacrificado. A Princesa está transformada numa serpente, com a cabeça e os pés femininos. Faz-se uma cruz com o sangue humano no dorso da cobra. E ela voltará a forma humana para sempre.

Perto da praia, quando a maré está baixa, há uma furna onde só se pode entrar agachado. Esta furna de fato existe. Só se pode entrar pela boca da caverna, mas não se pode percorrê-la, porque, está bloqueada por um enorme portão de ferro.

A cidade encantada e a princesa estariam além daquele portão. A encantadora princesa está transformada, por magia, numa serpente de escamas de ouro, só tendo a cabeça e os pés de mulher.

De acordo com a lenda, ela só pode ser desencantada com sangue humano. Assim, no dia em que alguém for sacrificado junto do portão, abrir-se-á a entrada para um reino maravilhoso. Com o sangue será feita uma cruz no dorso da serpente, e então surgirá a princesa com toda sua beleza, cercada de tesouros inimagináveis, e a cidade com suas torres douradas, finalmente poderá ser vista. Então, o felizardo responsável pelo desencantamento, poderá casar com a princesa cuja beleza é sem igual nesse mundo.

Mas, como até hoje não apareceu ninguém disposto a quebrar esse encanto, a princesa, metade mulher, metade serpente, com seus tesouros e sua cidade encantada, continuam na gruta a espera desse "heroí".

Essas princesas-serpentinas são comuns no folclore nortista. Mário Melo fala da furna da Serra Talhada, em Vila Bela, Pernambuco, morada duma princesa, semelhante a esta.[1]

Princesas tornadas serpentes são vestígios do ciclo das Mouras na penísula ibérica. Em Portugal quase a totalidade das Mouras Encantadas vive sob a forma de serpentes. Nas noites de São João ou Natal, antes da meia-noite, voltam à forma humana, tornadas mulheres lindas, cantam, penteando-se com pentes de ouro. Ao seu lado pode-se ver a pele de serpente à espera do corpo para a continuação da maldição. O ferimento, mesmo diminuto, bastando apenas que derrame sangue, quebra o encanto. Aqui a lenda se assemelha com o mito da Cobra Norato, do Pará.


Informações Complementares:


Nomes comuns: Cidade encantada de Jericoacoara, A Princesa encantada do mesmo nome, O Reino Encantado, O Reino de Pedra Bonita.

Origem Provável: A tradição de Jericoacoara é legitimamente portuguesa e a princesa enfeitiçada é uma "moura", esquecida em seu castelo obscuro, guardando ouro, joias, pedrarias, barras de prata, montões de moedas, para o heroi audacioso que resolva lhe "quebrar" o encanto. Em toda a Europa e Ásia, existem relatos muito antigos de vários povos que falam de cidades encantadas, onde moram reis e princesas, outras vezes raças de inteligência superior.

Vinda da Europa, pelos espanhóis, havia a lenda que falava de um lugar maravilhoso que poderia estar oculto nas florestas virgens da América do Sul, onde as pessoas viviam eternamente. Se alimentariam da água da Fonte da Juventude eterna. Também os espanhóis acreditavam existir uma fenomenal cidade subterrânea com tesouros fabulosos, nas montanhas dos Andes, seu nome seria Cibola.

No estado de Pernambuco, na cidade de Serra Talhada, antiga Vila Bela, existe uma lenda parecida que também fala de uma gruta encantada onde mora uma princesa serpente. Outros afirmam que esta gruta, seria na verdade o Reino de Pedra Bonita, que ficava no sítio de Pedra Bonita, na mesma cidade, e onde viveu um povo muito místico e cruel.

Conta a lenda que para manter o reino encantado e oculto das vistas de curiosos, os habitantes locais sacrificavam crianças cujo sangue puro, mantinha sua invisibilidade. Se isto não fosse feito, o reino se desencataria e se tornaria visível. Naquele reino existiria uma fabulosa mina encantada de diamantes.

A Serpente, o animal sem idade, o animal sábio, é a forma preferida pela alta e velha magia árabe. As tradições orientais estão repletas de rainhas e princesas que vivem como grandes cobras, sujeitas a uma penitência cujo fim depende dum gesto humano e cavalheiresco.

Toda Europa conhece a tradição de Melusina, a fada amorosa da casa dos Lusignan. Filha da fada Pressina, Melusina se tornava serpente todos os sábados. Durante uma caçada, Raimondin, filho do conde de Forez, encontrou-a numa floresta do Poitou. Apaixonaram-se e se casaram. Melusina construiu milagrosamente o castelo de Lusignan. Viviam amorosamente. Nasceram oito filhos, fortes e belos mas portadores de anomalias.

Vriam, o primogênito, tinha a face mais larga do que longa e um olho era vermelho e o outro azul. Odon, o segundo, possuía orelhas enormes. Guion, o terceiro, apresentava os olhos colocados desigualmente. A face do quarto filho, Antônio, era marcada por uma garra de leão. Renault, o quinto, parecia um Ciclops, com seu único olho mas enxergava numa distância de vinte e uma léguas. Godofredo, o sexto, orgulhava-se de ter apenas um dente que lhe saía da boca mais de uma polegada. O sétimo tinha um nariz peludo como se fosse uma toupeira. O oitavo, não se sabe o nome, se tornou monge. Este possuía três olhos.

Melusina fizera o marido jurar que não a procuraria ver durante os sábados. Anos depois, tomado pela curiosidade, o fidalgo abriu um furo com a espada na porta do aposento onde a esposa se banhava. Viu-a como uma enorme e horrenda serpente. Gemendo de dor, Melusina desapareceu por uma janela. Nunca mais o marido tornou a vê-la. Fiel ao seu amor, cada vez que o castelo de Lusignan mudava de senhor, ou um dos chefes da família ia morrer, Melusina aparecia no alto das torres do castelo, chorando. Três dias depois voltava para anunciar a visita do anjo da morte.

Vê-se claramente, pelo exposto, porque a princesa de Jericoacoara ainda espera pelo seu Salvador, um homem sem medo e sem mácula, armado apenas de coragem e transbordando de amor.

Fonte:http://sitededicas.uol.com.br/folk20.htm

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Curiosidades do Nordeste




1 - Fundada em 1537, Recife é a mais antiga capital brasileira. Apesar de a vizinha Olinda ter sido a primeira capital da capitania de Pernambuco.

2 - O estado da Bahia é responsável por 95% da produção de cacau no Brasil.

3 - O carnaval na Bahia é comemorado desde o século XVIII.

4 - Dragão do Mar, símbolo da resistência popular cearense contra a escravidão.

5 - O América de Natal (RN) foi o primeiro clube a conseguir dois acessos consecutivos no Campeonato Brasileiro de Futebol. Esse feito foi conquistado com o acesso da Série C para Série B, em 2005 e da Série B para Série A em 2006.

6 - A Bahia é o estado que mais faz divisa com outras unidades da Federação, possuindo um total de oito estados limítrofes, a saber: Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Piauí (N); Minas Gerais e Espírito Santo (S); Goiás e Tocantins (O).

7 - A revista americana Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, 9 cidades de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro Tecnológico e que Campina Grande (Paraíba) está presente na lista? A única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à cidade: desta vez referenciada como o "Vale do Silício brasileiro", graças, além da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente correto. As 9 cidades escolhidas pela Newsweek foram: Akron (Ohio - EUA); Huntsville (Alabama - EUA); Oakland (Califórnia - EUA); Omaha (Nebraska - EUA); Tulsa (Oklahoma - EUA); Campina Grande (Paraíba - Brasil); Barcelona (Espanha); Suzhou (China); Côte d'Azur (França).

8 - Muitos ingleses da equipe de Albert Einstein lideradas por Sir Arthur Stanley Eddington que vieram comprovar a Teoria da Relatividade em Sobral não voltaram com a equipe, alguns ficaram e casaram, constituindo família na cidade, onde ainda hoje nota-se a presença de sobrenomes ingleses e traços britânicos em muitas famílias da região? Além de ruas e avenidas que homenageiam a esses cientistas que ajudaram no desenvolvimento da cidade.

9 - Teresina é a única capital da Região Nordeste que não se localiza no litoral.

Poesia: Sonhador




Sonhador
(Rafael Neto)


Você já me disse que não vai ser minha
Mas no meu sonho eu posso te amar
Ai quem me dera um sono profundo
Para eu viver, somente a sonhar
Mesmo que o sonho seja uma ilusão
Mas se você for a minha paixão
Eu nunca mais, queria acordar.

Eu tive um sonho inacreditável,
Mas isso é verdade pode acreditar
Que eu fui ao céu e peguei um pedaço
De uma estrela que estava a brilhar
Fiz pra você um anel multicor
E você dizia foi o meu amor
Que tirou do céu pra me presentear.

Eu vou viver sonhando para te amar
Eu quero morrer sendo um sonhador
E se te amar não tiver perdão
Deus tenha pena, desse pecador
Porque esse amor não é impossível
E o impossível se torna possível
Se você der chance para o meu amor.


Fonte: http://nosbordoesdaviola.blogspot.com

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Artistas do Nordeste


Mestre Miro dos Mamulengos de Carpina, em Pernambuco. Carpina teve o mestre destes mestres de mamulengo, que é o mestre Sollon, já falecido. Tem Gilvam da Burrinha, que já postei anteriormente, e não dá pra ficar falando muito sobre o mestre Miro. È talentoso, simples e musical, dança com a boneca que é uma beleza, é criativo e o restante nosso blog vai lhe mostrar com as fotografias em seu atelier em Carpina.

Um Conselho venha até Pernambuco, pelo Frevo, pelo Maracatu, o carinho de nossa gente, a beleza das mulheres Pernambucanas, a beleza da nossa literatura inventada por Leandro Gomes de Barros, a literatura de cordel, qualquer motivo, mas visite a nossa cultura.

E não deixe de conhecer o nosso artesanato, mais uma: obrigado de coração por acessar este blog, você é o nosso maior incentivo

..
Cobra cordelisra

Fone para shows: (081) 8649-6768 / 9947-5072













Pioneirismo Pernambucano



- O introdutor do uso de éter no Brasil foi o médico pernambucano Daniel Oliveira Barros de Almeida, que também organizou o primeiro fichário de anestesia no continente americano.

- O primeiro cardeal do Brasil foi o pernambucano Cardeal Arcoverde.

- O autor do primeiro compêndio brasileiro de teoria e prática do processo civil comparado com o comercial foi o pernambucano Francisco de Paula Baptista.

- Um dos primeiros engenheiros calculistas da estrada Rio-Niterói foi o pernambucano Joaquim Cardozo, que, aliás, também calculou Brasília.

- O criador e mais importante autor do moderno teatro brasileiro foi o recifense Nelson Rodrigues.

- A mais antiga igreja do Brasil, a dos Santos Cosme e Damião, está no município pernambucano de Igarassu.

- O poeta recifense Solano Trindade, fundador do Teatro Popular Brasileiro, é considerado o criador da poesia verdadeiramente negra do Brasil.

- Os primeiros estudos sobre a Costa brasileira foram realizados pelo pernambucano Manuel Antônio Vital de Oliveira, hidrógrafo-padrão da Marinha do Brasil.

- A primeira comédia escrita por um brasileiro (representada em teatro, em 1780) é de autoria do pernambucano Luís Alves Pinto.

- Diretor da Biblioteca Nacional entre 1900 e 1924, o pernambucano Manuel Cícero Peregrino da Silva foi pioneiro no Brasil em planejamento de documentação bibliográfica e na formação de bibliotecários.

- O pioneiro da comunicação visual no Brasil foi o pernambucano Aloísio Magalhães.

- Quem estabeleceu os primeiros contatos amigáveis com os índios Xavantes foi o sertanista Francisco Meireles, pernambucano.

- O introdutor, no Brasil, dos métodos da chamada Escola Nova (1900) foi o pernambucano Antônio Carneiro Leão.

- O autor de "História Sincera da República", marco da historiografia marxista no Brasil, é o pernambucano Leôncio Basbaum.

- A primeira Assembléia Legislativa da América do Sul foi criada em Pernambuco (Domínio Holandês).

- Autor do livro "Casa Grande & Senzala", o escritor pernambucano Gilberto Freyre é considerado o pai da sociologia brasileira.

- O criador do primeiro mural de arte abstrata da América Latina foi o pintor pernambucano Cícero Dias.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Quinteto Armorial - Sete Flechas - 1980


Crendices relacionadas a animais



Apesar de definidas como crenças populares absurdas e ridículas, as crendices (ou superstições) sempre existiram entre todos os povos. Em Pernambuco, bem como nos demais Estados do Nordeste brasileiro, crendices de todos os tipos são repassadas de geração a geração. Veja, aqui, as crendices relacionadas com os animais:
Besouro - Quando um besouro passa zumbindo pelos ouvidos de uma pessoa é sinal de mau agouro. A solução é pronunciar frases do tipo: "Credo! Vai-te para quem te mandou; dize que não me achaste; eu te arrenego; cruz credo!".

Coruja - É de mau agouro o canto lúgubre de uma coruja, ao cair da tarde, ou simplesmente quando ela pousa sobre o telhado da casa.

Beija-flor - Da mesma forma que as borboletas pretas ou as formigas de asa, quando um beija-flor invada a casa é mau agouro.

Anum - Também é considerado de mau agouro quando um anum preto pousa nas árvores vizinhas das casas habitadas na zona rural.

Cachorro - Quando um cachorro cava à porta ou no quintal de uma casa é sinal de que uma sepultura terá de ser aberta.

Urubu - É prenúncio de morte quando um urubu pousa no telhado de uma casa ou simplesmente quando ele voa repetidas vezes em torno de uma residência.

Esperança - Quando a esperança (espécie de gafanhoto verde) entra na casa ou pousa sobre uma pessoa é sinal de alegria, de que uma coisa boa vai acontecer.

Bem-ti-vi - Quando um bem-ti-vi canta insistentemente nas proximidade de uma casa é sinal de que uma pessoa ausente e estimada irá chegar.

Pitiguari - Quando um pitiguari canta também é aviso de que uma pessoa querida irá chegar. O sertanejo afirma que o cantar desse pássaro parece dizer claramente: "Olha para o caminho, quem vem!...".

O que acontece quando:

- Quem pisa o rabo de um gato não casa no ano em que o fato aconteceu

- Ao encontrar uma cobra, uma mulher deve virá o cós da saia e dizer: "Estás presa por ordem de São Bento" (que é o advogado contra os ofídios). Assim, essa cobra ficará imóvel, não oferecerá nenhuma resistência, e a mulher poderá matá-la facilmente.

- Quem mata um cachorro fica devendo uma alma a São Lázaro

- Para um cachorro não crescer, basta pesá-lo com sal, logo ao nascer

- Quando uma cabra espirra é sinal de chuva

- Quando a cigarra estoura, de tanta cantar, de sua casca nasce o cipó japecanga

- O sapo não entra em decomposição, fica ressequido, mirrado e quem o matar ficará com o corpo do mesmo jeito

- Quando uma cobra entra na água deixa o veneno em terra e, picando alguém, não causa mal algum

- O pavão entristece quando olha para os pés

- Os negócios serão bons quando o dono colocar um chifre de boi no alto de uma balança ou em outra parte do seu estabelecimento comercial

- Uma pessoa que come uma galinha choca fica com fome canina

- Se o galo cantar várias vezes durante o dia é mau agouro. Se cantar exatamente ao meio-dia é sinal de moça fugida e cantando às dez horas é sinal de casamento

- Aos rapazes que apalpam galinhas não nasce barba

Origem da intriga entre o cachorro e o gato

Como tudo no mundo tem uma explicação, o imaginário popular também inventou uma história para explicar a famosa inimizade entre o cachorro e o gato. Essa estória é a seguinte:

Consta que, em tempos passados, o cachorro, hoje escravo do homem, havia conquistado o direito de viver livremente e era um dos grandes amigos do gato. E essa liberdade foi atestada inclusive com papel passado, uma carta de alforria.

Não tendo onde guardar o documento, um dia o cachorro pediu ao gato que guardasse a tal carta de alforria. Meio desligado, o gato depositou o documento do amigo entre as telhas da coberta da casa, crente que aquele era um lugar seguro.

Mas, eis que aconteceu o inesperado. O rato encontrou aquele papel e, como andava à cata de algo para forrar seu ninho, fez a festa: picotou a carta de alforria em centenas de pedaço. Com isso, o cachorro voltou ao cativeiro e jamais perdoou o gato.

Por ter perdido o grande amigo, o gato, por sua vez, tornou-se inimigo ferrenho do rato que, afinal, foi o grande causador do infortúnio do cachorro. Dizem que, ainda hoje, o gato não perdeu totalmente a esperança de reconquistar a velha amizade.

E é por isso que, de vez em quando, as pessoas encontram um gato e um cachorro que se dão bem.


Ditados populares relacionados a animais

- Um dia, um dia, cachorro de paca mata cotia

- Camarada é boi de carga

- Boi solto lambe-se todo

- Na casa de Gonçalo, a galinha manda mais que o galo

- Quem come galinha magra paga uma gorda

- A galinha da minha vizinha é mais gorda do que a minha

- Galinha preta põe ovos brancos

- De grão em grão a galinha enche o papo

- Na sombra da galinha o cachorro bebe água

- Não se amarra cachorro com lingüiça

- A grande cão, grande osso

- Cachorro que muito anda, apanha pau ou rabugem

- Cão que muito late não morde

- Quem não tem cão, caça com gato

- Gato escaldado de água fria tem medo

- Gato quando não morde, arranha

- Gato escondido com o rabo de fora

- Tirar com a mão do gato

- Da casa de gato não sai rato farto

- Gato muito miador é pouco caçador

- Para burro velho, capim novo

- Cavalo dado não se abre a boca

- Por uma besta dar um coice, não se lhe corta a perna

- Praga de urubu magro não mata cavalo gordo

- Urubu pelado não voa em bando

- Quando urubu está caipora, não há galho verde que o agüente

- Onde se mata o boi aí se esfola

- Guariba quando se remexe, quer chumbo

- A ovelha mansa mama na sua teta e na alheia

- Uma ovelha má deita um rebanho a perder

- Macaco velho não mete a mão em cumbuca

- Cada macaco no seu galho

- Em terra de sapo, de cócoras com ele

- Cobra que não nada, não engole sapo

- A primeira pancada é que mata a cobra

- Dois tatus machos não moram em um buraco

- Dois bicudos não se beijam

- Em festa de jacaré não entra nambu

- Pela boca morre o peixe

- Com mel se pegam as moscas

- Em boca fechada não entram moscas

- Papagaio come milho, periquito leva a fama

- A formiga quando quer se perder cria asas

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A História do Rei do Cangaço Lampião

Primeiro Telefone em Pernambuco



A telefonia em Pernambuco teve início a 27 de abril de 1882, com a instalação, no Recife, do primeiro telefone: ligando o palácio da presidência da província à Secretaria de Polícia. A responsável pela instalação foi a Empresa Telefônica Bourgard, de José Leopoldo Bourgard, primeiro concessionário dos serviços telefônicos no Estado.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cobra Cordelista na Faculdade Uva do Cabo de Santo Agostinho-PE curso de Pedagogia


Cobra em mais uma de suas apresentações, levando nossa cultura a todos os lugares e classes sociais e pela animação o povo gostou muito.


Vejam mais fotos, logo abaixo:







A cultura nordestina é rica, abundante e bela




A cultura nordestina é rica, abundante e bela
(José de Sousa Dantas)

A CULTURA variada
Do NORDESTE brasileiro,
Tem valor no mundo inteiro,
Por ser distinta, esmerada,
Consistente e temperada,
Maravilhosa e singela,
O povo se inspira nela,
Se desenvolve e se afina.
A CULTURA NORDESTINA
É rica, abundante e bela.

A CULTURA popular
Nordestina, brasileira,
É autêntica, verdadeira,
Valiosa e singular,
Que se torna basilar,
Resiste e não se esfacela,
E a gente luta por ela,
Por ser nobre e genuína.
A CULTURA NORDESTINA
É rica, abundante e bela.

O NORDESTE tem artista,
Talentoso, criativo,
Competente, combativo,
Que canta, escreve e conquista,
Mostrando o ponto de vista,
Com a devida cautela,
Se destaca e se nivela
Ao melhor duma doutrina.
A CULTURA NORDESTINA
É rica, abundante e bela.

Tem POETAS e cantores,
Artesãos e cordelistas,
Violeiros e coquistas,
Literatas, escultores,
Cineastas e pintores,
Criadores de novela,…..
Cada um pensa e modela
Sua OBRA cristalina.
A CULTURA NORDESTINA
É rica, abundante e bela.

Tem repente, apartação,
Glosa, cordel, boi-bumbá,
Carnaval, iemanjá,
Ciranda, adivinhação,
Maracatu e São João,
A dança da Cinderela,
O forró flor de canela,
Ao som da concertina,……
A CULTURA NORDESTINA
É rica, abundante e bela.

Assombrações e lendas


Galega da Cadisa


No final da década de 1960, surgiu em Caruaru uma bela e loura mulher que acabou levando pânico a todos aqueles que ousassem passar de carro, a partir de certas horas da noite, por um trecho de rua à época pouco movimentado, localizado nas proximidades do estádio do Central, na época o principal time de futebol da cidade.


Na esquina desse pedaço de rua ficava o prédio de uma revendedora de automóveis denominada Caruaru Diesel S.A (Cadisa), em frente ao qual tudo acontecia. Durante o dia, não havia nada de estranho, até crianças passavam por ali sem nenhum problema. O perigo era trafegar pela área depois das dez horas da noite.


Veja como tudo acontecia: quando um carro apontava na esquina, uma bela mulher, loura de olhos azuis, surgia de repente, supostamente vinda do interior do prédio da Cadisa que, no entanto, permanecia com todas as portas fechadas. Se a pessoa que dirigisse o carro fosse uma outra mulher, a Galega deixava passar. Se fosse um homem, ela pedia carona.


Perto dali ficava a zona de prostituição de Caruaru e, talvez por isso, a Galega da Cadisa sempre conseguia caronas. Ela pedia que a deixassem em sua residência, uma pequena casa no bairro do Salgado, e no caminho insinuava querer ter um caso amoroso com seus caroneiros. Mas, ao chagar, se despedia e, de pressa, entrava em casa, dizendo que logo retomaria o contato.


Os mais encantados com a Galega (a maioria deles motoristas de táxis) acabavam não resistindo e, no dia seguinte, iam procurá-la, em casa. Quem atendia, porém, era um senhor de idade, ferreiro de profissão, o verdadeiro morador da casa. Ele sabia, sim, que ali havia morado uma mulher loura e informava que ela morrera fazia vinte anos.


As primeiras aparições da Galega da Cadisa não tiveram grande repercussão, até porque os casos eram comentados à boca pequena, apenas entre alguns motoristas que diziam já ter passado pela experiência, ou nas rodas-de-bar. Mas, depois que um radialista passou noticiar os causos no programa policial de uma emissora de rádio de grande audiência, a estória pipocou na cidade.


Foram dois anos de muitos causos envolvendo a Galega da Cadisa e seus pobres pretendentes. Depois, quando a revendedora de automóveis encerrou suas atividades, nunca mais se ouviu falar da encantadora loura. Ficaram apenas o mistério em torno daquelas aparições e a intrigante constatação de que a Galega só saía do prédio para pedir caronas enquanto ali funcionou uma revendedora de automóveis.


Por que será que a Galega sumiu depois que o edifício passou a ter outro uso? Pare essa pergunta, ninguém nunca teve resposta.


sábado, 20 de novembro de 2010

Uma pá pá rapá pá

Uma pá pá rapá pá
(Poeta Dedé Monteiro)


Eu ja ví coisas demais
nesse mundão de Jesus
já vi espelho sem luz
inferno sem satanás
baralho sem reis nem ais
um bode enjoar juá
e hoje através de Ma-
ciel piadista fera
Fiquei sabendo o que era
Uma pá pa rapá pá

Sentado sobre um degrau,
um rapaz temendo um berro
fazia uma pá de pau
pra limpá a pá de ferro
e o patrão com voz de aço
gritou agitando o braço:
“- que diabo fazendo está?????”
E trabalhador tremendo:
“-perdão eu só tô fazendo”
uma pá pa rapá pá!!!!

Fonte: http://culturanordestina.blogspot.com/

A cantoria nos tempos modernos

Os antigos repentistas eram pessoas simples e raramente sabiam ler e escrever corretamente. Mas com o passar do tempo as coisas mudam. A ciência e a tecnologia avançam e novos valores surgem. E mesmo que não percam suas raízes, os cantadores não podem ficar para trás no tempo. Eles precisam acompanhar as transformações que surgem no dia a dia, pois precisam de novas e constantes informações para abordar temas modernos.

O violeiro tem que acompanhar tudo que acontece no Nordeste, no Brasil e no mundo, bem como estar por dentro da internet, robotização, efeito estufa e aquecimento global, por exemplos. E ainda ter conhecimento geral sobre Geografia, História, Ciência e muitas outras coisas. A astúcia e o raciocínio rápido também são indispensáveis para um bom cantador.

Se os atuais repentistas não tiverem as qualidades e atributos acima, estão sujeitos a “levar uma surra” do adversário, durante um desafio. Um exemplo do que foi dito acima está nesta obra prima de Galope à Beira Mar, onde os dois renomados repentistas demonstram desenvoltura, talento, habilidade e conhecimento sobre o corpo humano:




Fonte: http://culturanordestina.blogspot.com/

Pesquisa: Marcos Escritor (http://poemasdecaverna.blogspot.com/)


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cobra Cordelista na escola Pedro II em candeias

Cobra Cordelista na escola Pedro II em candeias, na feira de Ciência, com uma galera pra lá de animada. Nossos meninos não tem nenhuma culpa se a eles não é dado o entretenimento cultural, na capital, no Sertão, ou no agreste, por onde passamos a alegria é a mesma com a nossa cultura popular, o erro está em nossos gestores, onde falta compromisso com as nossas raízes.

A 100 km de nossa capital Recife a parabólica impede a conexão do jovem com a nossa cultura e somente o contato direto pode mudar isso. Não tenho visto novos repentistas, por onde passo, adolescentes empunhando uma viola e improvisando, nem com um pandeiro fazendo embolada, ou uma criança cirandeira, e isto significa que providencias urgentes precisam ser tomadas para que a nossa cultura não desapareça e nisto os professores tem um papel fundamental. Como artista popular, estou disposto enquanto vivo a cumprir a minha parte. Sou um Pernambucano orgulhoso da minha cultura, do legado que o nosso povo deixou a minha geração e com a missão de repassar o que recebi!

Cobra Cordelista,

Bom fim de semana!