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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

SHOW: Cobra Cordelista



SHOW: Toda sexta-feira o poeta e cantador Cobra Cordelista realiza um show com cânticos sertanejos, releitura de alguns clássicos da cultura popular, ciranda , poesia matuta e alguns “causus” .

CONVIDADOS: No acompanhamento musical a banda curupira com os músicos Edivaldo Junior e Felipe de Dora.

LOCAL: O evento acontece no restaurante Espeto na mesa (antigo bar da poeira) que se localiza na avenida comercial após o restaurante Recanto Gaúcho das 20:00 hs até as 00:00 hs.

INFORMAÇÕES FONE: 8649 – 6768/8828 - 0242

domingo, 26 de junho de 2011

São Pedro pede passagem



Pedro é outro santo que nasceu com nome diferente. Chamava-se Simão, ou Simeão. Nascido em um vilarejo pagão na Galiléia, levou a vida como pescador na cidade de Carfanaum, até que, junto com seu irmão André, foi convocado por João Evangelista para fazer parte do grupo mais próximo de seguidores de Jesus Cristo.
Simão era um dos apóstolos preferidos de Cristo, que admirava sua liderança firme e lhe deu o nome de Pedro (Petrus), que significa pedra, rocha. Justificando isso, Jesus teria dito: "És Pedro! E sobre esta rocha construirei minha Igreja".

Dizem que Pedro viveu muitos anos após a morte de Jesus Cristo, dedicando sua vida à pregação das palavras de seu mestre pelo Império Romano, tanto na Palestina quanto em Antióquia. Por esse motivo e por sua proximidade com Cristo, ele é considerado fundador da Igreja Católica Romana. Contam algumas versões que Pedro foi executado em Roma quando tinha 64 anos.

Porteiro do céu

O povo vê São Pedro como o "porteiro do céu", o manda-chuva e o padroeiro dos pescadores. A presença dele na tradição oral portuguesa e brasileira é constante. Quando começa a trovejar, as crianças sempre ouvem dizer que "é a barriga de São Pedro que está roncando" ou que "São Pedro está mudando os móveis do céu de lugar". E, quando chove mesmo, "é São Pedro que está lavando o chão do céu".

Na Bahia e em comunidades pesqueiras do Ceará, São Pedro é comemorado em alto-mar, com uma procissão em meio às ondas. No cortejo em frágeis jangadas artesanais, os fiéis pedem proteção aos céus. A imagem do santo, que também é pescador, é colocada em um andor e vai navegando pelo litoral. Depois do cortejo, os pescadores participam de uma missa campal na beira da praia.

São Pedro, o Fundador da Igreja Católica

São Pedro, o Apóstolo e o pescador do lago de Genezareth, cativa seus devotos pela história pessoal. Homem de origem humilde, ele foi Apóstolo de Cristo e depois encarregado de fundar a Igreja Católica, tendo sido seu primeiro Papa.

Considerado o protetor das viúvas e dos pescadores, São Pedro é festejado no dia 29 de junho, com a realização de grandes procissões marítimas em várias cidades do Brasil. Em terra, os fogos e o pau-de-sebo são as principais atrações de sua festa.

Depois de sua morte, São Pedro, segundo a tradição católica, foi nomeado chaveiro do céu. Assim, para entrar no paraíso, é necessário que o santo abra suas portas. Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover. Quando começa a trovejar, e as crianças choram com medo, é costume acalmá-las, dizendo: "É a barriga de São Pedro que está roncando" ou "ele está mudando os móveis de lugar".

No dia de São Pedro, todos os que receberam seu nome devem acender fogueiras na porta de suas casas. Além disso, se alguém amarrar uma fita no braço de alguém chamado Pedro, ele tem a obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida àquele que o amarrou, em homenagem ao santo.

sábado, 4 de setembro de 2010

Pinto do Monteiro por ele mesmo


No dia 11 de abril de 1983, às quatro da tarde, na casa do poeta, em Sertânia, Pinto do Monteiro gravou entrevista — ainda inédita — concedida a Djair de Almeida Freire, acompanhado do cantador Gato Velho.

Eis os principais trechos, transcritos e editados por Maria Alice Amorim:


"Severino Lourenço da Silva Pinto Monteiro, nasci em 1895, a 21 de novembro, a uma da madrugada, assim dizia a velha minha mãe. Batizei-me a hum de janeiro de 1896, pelo Pe. Manuel Ramos, na vila de Monteiro. Nasci na rua, mas morava em Carnaubinha. Com sete anos de idade, em 1903, fui para a fazenda Feijão. Saí de lá em 1916, 30 de junho. Meus avós eram da Itália, quando chegaram por aqui se misturaram com sangue de português. Esse Monteiro é parente dos Brito, eu sou parente dos Brito.


Com Antônio Marinho, eu nunca viajei para canto nenhum. Fiz várias cantorias com ele. Quando eu andava por aqui, cantava com ele. Quando eu morava em Vitória de Santo Antão, ele mudou-se para Caruaru. Eu vim, cantei com ele, levei ele a Vitória. Passou uma semana comigo. Lá, ele não andou mais. Levei ele uma vez ao Recife. Não cantou, adoeceu. Eu cantei muito foi com João da Catingueira, sobrinho de Inácio. Sete anos sem cantar com outro. Com Lino, fiz poucas viagens. Com Joaquim Vitorino, eu viajei mais, mais, e foi muito. Fui para Alagoas, Pernambuco, Recife, Piancó. Cantei com Zé Gustavo, no Arruda. Assis Tenório, eu viajei coisinha pouca, somente aqui, em Afogados. Cantei com ele em Pesqueira, Garanhuns, Caetés. Zé Limeira, eu cantei muitas vezes com ele.


Zé Pretinho, só ouvi falar por aquela história naquele folheto do cego Aderaldo, nunca conheci, acho que não existiu. Cantei com Zé Pretinho, de Caruaru, que era da Serra Velha. Com João Fabrício, que era também da Serra Velha. Com Aristo, também cantei mais ele muitas vezes. Com Laranjinha, muitas vezes. Zé Agostinho, barbeiro, cantei várias vezes. Agostinho Cajá, cantei mais ele muito, viajei mais ele. Cantei mais no Recife. Muito no Derby, no Savoy, na Câmara de Vereadores. Mnorei no Arruda trinta anos, rua das Moças.

Eu sou com Lourival como o gato com o rato. Cantei com ele no dia 5 de fevereiro (1983 — a cantoria mais recente à época), em Monteiro. Tinha Job, Zezé Lulu, João da Piaba, Zequinha, Zé Palmeira, Edésio Vicente, Zé Jabitacá. Tinha somente os de Monteiro e os de São José do Egito. Tinha Zé de Cazuza Nunes, que é grande poeta. Tinha Manuel Filó. Tinha João Furiba, Zé Galdino. Numa noite chuvosa, tinha mais de trezentas pessoas no clube.


Em certo lugar, chamado Boi Velho, chegou Manoel Filó — grande poeta, porém não usava a poesia —, deu um mote a mim e ao que estava cantando comigo: "O carão que cantava em meu baixio / teve medo da seca e foi embora". Cantei:


Se em janeiro não houver trovoada / fevereiro não tem sinal de chuva / não se vê a mudança da saúva / carregando a família da morada / só se ouve do povo é a zuada / pai e mãe, noivo e noiva, genro e nora / homem treme com fome, o filho chora / se arruma e vão tudo para o Rio / O carão que cantava em meu baixio / teve medo da seca e foi embora".

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O verdadeiro significado de alguns ditados populares

Você não precisa ir a Roma para entender o significado de alguns ditados populares. Aqui pertinho, no Cultura Nordestina, você não fica a ver navios e aprende tudo sem cair no conto do vigário.

Alguns ditados populares e suas devidas correções:

Dito Popular: “Quem tem boca vai a Roma”.
O correto seria: “Quem tem boca vaia Roma”. (do verbo vaiar).

Dito Popular: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro”.
O correto seria: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”.


Dito Popular: “Batatinha quando nasce, esparra
ma pelo chão”.
O correto seria: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”.

Dito Popular: “Cor de burro quando foge”.
O correto seria: “Corro de burro quando foge!”

Dito Popular: “Cuspido e escarrado”. (alguém muito parecido com oura pessoa).
O correto seria: “Esculpido em carraro”. (tipo de má
rmore).

Dito Popular: "Quem não tem cão, caça com gato".
O correto seria: "Quem não tem cão, caça como gato". (ou seja, sozinho, esgueirando, astutamente, traiçoeiramente).

Veja também como surgiram esses:

O pior cego é o que não quer ver
Significado: Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade.
Histórico: Em 1647, em Nimes, na França, na uni
versidade local, o doutor Vicent de Paul D'Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

De cabo a rabo
Significado: Total conhecedor. Conhecer algo do começo ao fim.
Histórico: Durante o período das grandes navegações portuguesas, era comum se dizer total conhecedor de algo, quando se conhecia este algo de "cabo a rabah", ou seja, como de fato conhecer todo o continente afr
icano, da Cidade do Cabo ao Sul, até a cidade de Rabah no Marrocos (rota de circulação total da África com destino às Índias).

Andar à toa

Significado: Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.
Histórico: Toa é a corda com que uma embarcação remboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, ind
o para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama.

Casa de mãe Joana

Significado: Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar, etc.
Histórico: Esta vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: "que tenha uma porta po
r onde todos entrarão". O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou "Casa da Mãe Joana". A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.

Onde judas perdeu as botas

Significado: Lugar longe, distante, inacessível.
Histórico: Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enf
orcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos.

Da pá virada
Significado: Um sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio.
Histórico: Mas a origem da palavra é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada para o solo,
está inútil, abandonada decorrentemente pelo homem vagabundo, irresponsável, parasita. Hoje em dia, o sujeito da "pá virada", parece-me, tem outro sentido. Ele é O "bom". O significado das expressões mudam muito no Brasil com o passar do tempo.


Nhenhenhém
Significado: Conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo, rezinga.
Histórico: Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estra
nha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

Estar de paquete
Significado: Situação das mulheres quando estão menstruadas.
Histórico: Paquete, já nos ensina o Aurélio, é um da
s denominações de navio. A partir de 1810, chegava um paquete mensalmente, no mesmo dia, no Rio de Janeiro. E a bandeira vermelha da Inglaterra tremulava. Daí logo se vulgarizou a expressão sobre o ciclo menstrual das mulheres. Foi até escrita uma "Convenção Sobre o Estabelecimento dos Paquetes", referindo-se, é claro, aos navios mensais.

Pensando na morte da bezerra
Significado: Estar distante, pensativo, alheio a tudo.
Histórico: Esta é bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar "pensando na mort
e da bezerra". Consta que meses depois veio a falecer.

Não entender patavina
Significado: Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.
Histórico: Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu i Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.

Santinha do pau ôco
Significado: Pessoa que se faz de boazinha, mas não é.
Histórico: Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

Sem eira nem beira
Significado: Pessoas sem bens, sem posses.
Histórico: Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada.
Aqui na região nordeste este ditado tem o mesm
o significado, mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado triplo, então construíam somente a tribeira ficando assim “sem eira nem beira”.

Vá se queixar ao bispo

Significado: Como quem manda ir se queixar de algum problema a outra pessoa.
Histórico: No tempo do Brasil colônia, por cau
sa da necessidade de povoar as novas terras, a fertilidade na mulher era um predicado fundamental. Em função disso, elas eram autorizadas pela igreja a transar antes do casamento, única maneira de o noivo verificar se elas eram realmente férteis. Ocorre que muitos noivinhos fugiam depois do negócio feito. As mulheres iam queixar-se ao bispo, que mandava homens atrás do fujão.



Cair no conto do vigário
Significado: Ser enganado por algum vigarista.
Histórico: Duas igrejas em Ouro Preto receberam um presente: uma imagem de santa. Para verificar qual da paróquias ficaria com o presente, os vigários resolveram deixar por conta da mão divina, ou melhor, das patas de um burro. Exatamente no meio do caminho entre as duas igrejas, colocaram o tal burro, para onde ele se dirigisse, teríamos a igreja felizarda. Assim foi feito, e o vigário vencedor saiu satisfeito com a imagem de sua santa. Mas ficou-se sabendo mais tarde que o burro havia sido treinado para seguir o caminho da igreja vencedora.

Ficar a ver navios
Significado: Esperando algo que não aconteceu ou não apareceu. Esperar em vão.
Histórico: O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o corpo não foi encontrado. A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca salvador. Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória no trono vago de Portugal. A conseqüência dessa crise foi a anexação de Portugal à Espanha (1580 a 1640), governada por Felipe II. Evidentemente, os portugueses sonhavam com o retorno do rei, como forma salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa. Em função disso, o povo passou a visitar com freqüência o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente, o retorno do dito rei. Como ele não voltou, o povo ficava apenas a ver navios.

Dourar a pílula
Significado: Melhorar a aparência de algo.
Histórico: Vem das farmácias que, antigamente, embrulhavam as pílulas em requintados papéis, para dar melhor aparência ao amargo remédio.

Chegar de mãos abanando
Significado: Chegar em algum lugar sem levar nada, de mãos fazias.
Histórico: Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem.

A voz do povo, a voz de Deus
Significado: Essa tá obvia. Quem realmente sabe das coisas é o povo.
Histórico: As pessoas consultavam o deus Hermes, na cidade grega de Acaia, e faziam uma pergunta ao ouvido do ídolo. Depois o crente cobria a cabeça com um manto e saía à rua. As primeiras palavras que ele ouvisse eram a resposta a sua dúvida.

Chato de galocha
Significado: Pessoas muito chatas, resistente e insistente.
Histórico: Infelizmente, os chatos continuam a existir, ao contrário do acessório que deu origem a essa expressão. A galocha era um tipo de calçado de borracha colocado por cima dos sapatos para reforçá-los e protegê-los da chuva e da lama. Por isso, há uma hipótese de que a expressão tenha vindo da habilidade de reforçar o calçado. Ou seja, o chato de galocha seria um chato resistente e insistente, explica Valter Kehdi, professor de Língua Portuguesa e Filologia da Universidade de São Paulo. De acordo com Kehdi, há ainda a expressão chato de botas, calçados também resistentes, o que reafirma a idéia do chato reforçado.

Do arco-da-velha
Significado: Coisas do arco-da-velha são coisas inacreditáveis, absurdas.
Histórico: Arco-da-velha é como é chamado o arco-íris em Portugal, e existem muitas lendas sobre suas propriedades mágicas. Uma delas é beber a água de um lugar e devolvê-la em outro - tanto que há quem defenda que “arco-da-velha” venha de arco da bere (”de beber”, em italiano).

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O caixeiro viajando da cultura, sai em mais uma de seu andanças pelo Sertão!

...Lá no meu pé de serra
Deixei ficar meu coração
Ai, que saudades tenho
Eu vou voltar pro meu sertão...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A cultura nordestina da feira São Cristóvão/RJ

Recebi do Fernando Borges uma matéria bem interessante sobre a influência da cultura nordestina nas outras regiões do país. A produção é do programa TV News e foi realizado pelos estudantes da UERJ na Feira de São Cristóvão/RJ.




O TV NEWS é um webprograma independente mensal que visa informar e entreter o público da internet.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Diário de bordo Cobra Cordelista





Visita a Sertânia


Estive em Sertânia nos dias 02 e 03 de Janeiro de 2009. Cheguei as 17h50 e o veículo que saiu da rodoviária as 13h30 cumpriu o prometido, vez a viagem sem atraso chegando no horário previsto, foi ai que começou minha experiência maravilhosa. Eu conhecia apenas o secretário de cultura o Ênio filho do professor Ivan que não sabia ao certo onde moravam.

O ônibus estacionou na porta de sua moradia, entre milhares de casas em Sertânia, desci certinho estava com a sorte do meu lado, meia hora depois junto ao meu amigo estava em um barzinho ao lado de um bom sanfoneiro acompanhado de um triangulo e uma zabumba, já me sentia em casa e ai o poeta sabe o que faze: Versos e forro do bom! A prosa foi interrompida por um toró pesado, chuva danada de pesada que inundou as ruas de Sertânia e seguia arrastando tudo dirigindo-se ao leito seco do Rio Moxotó.

No meio da chuva diluviana vi um sentimento maravilhoso, jovens intelectuais sertanejos abraçados, festejando a chegada da chuva. Pessoas totalmente conscientes da importância da água vinda dos céus para o equilíbrio da natureza e demonstravam isto dançando e cantando, festejando a chuva que Deus lhes dava neste momento. E entre tantas coisas que já vi neste mundo de meu Deus esta foi uma das mais lindas e significativas. Assim que receber as fotos deste momento irei postar nesse blog e chamarei de “Alegria da chuva”!

Houve Sarau nas casas, todos no sertão ou na cidade são poetas, mas no sertão tudo é mais vivo, mais autêntico, mais bonito, Seu Zito trouxe o violão cantou Mayra como nunca ouvi outro cantar. O sarau seguiu junto à família de Ênio cheia de pessoas maravilhosas e acolhedoras. No outro dia na casa de Kalu durante o dia e a noite eu vi a música sertaneja pernambucana, um show de interpretação, junto a nós, as violas de Lio de Souza e Tiago de Carnaiba, enquanto Gaudêncio declamava como um dos menestréis da poesia ao fundo musical de Kalu. Bruna reviveu a tradição dos rojões e fogos de artifícios em uma poesia inesquecível que resgata esta tradição; Renato toda hora declamando os versos de Pinto do Monteiro dava graça e leveza ao nosso recital.

Vi o Sino pela manhã chamando os fieis para a missa e todos caminharam ao encontro de Deus nas duas igrejas de Nossa Senhora da Conceição, toda pintadinha de azul e na igreja do relógio com dois sinos enormes podia-se escutar a voz do criador no som do sino que preenchia o vazio do céu daquele maravilhoso lugar. Lá eu vi que o céu é bem pertinho e isto nos aproxima de Deus. A lua não queria ir embora e às sete da manhã insistia em ficar de cima a nos olhar e em minha imaginação de poeta podia jurar que ria para nós, um gostoso riso de criança traquina.

Vim embora, mas confesso com uma vontade danada de ficar. Graças a Deus no dia 22 de Janeiro estou convidado para fazer a festa do estudante de Sertânia e sentir novamente as mesmas emoções que sinto naquela linda cidade, um celeiro de artistas. Depois que conheci Sertânia eu sou um poeta mais feliz e realizado.

Deus abençoe ao Povo de Sertânia! E deixo meu carinho nestas linhas colocadas neste blog e mais uma vez eu digo: Viva ao povo de Sertânia! Viva a poesia e a todos os amigos que deixei por lá!

Cobra Cordelista.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

(Vamos Recordar!)Senai de Areias

Cobra e sua participação em uma feira de livros no Senai de Areias.







domingo, 9 de agosto de 2009

( Vamos Recordar!) Colégio Ascenso Ferreira em Porta Larga

Cobra Cordeliste falou sobre a hitória de Jaboatão dos Guararapes para os Alunos do Coléligio Ascenso Ferreira.





sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pinto do Monteiro por ele mesmo



Pinto de Monteiro


No dia 11 de abril de 1983, às quatro da tarde, na casa do poeta, em Sertânia, Pinto do Monteiro gravou entrevista — ainda inédita — concedida a Djair de Almeida Freire, acompanhado do cantador Gato Velho.

Eis os principais trechos, transcritos e editados por Maria Alice Amorim:

"Severino Lourenço da Silva Pinto Monteiro, nasci em 1895, a 21 de novembro, a uma da madrugada, assim dizia a velha minha mãe. Batizei-me a hum de janeiro de 1896, pelo Pe. Manuel Ramos, na vila de Monteiro. Nasci na rua, mas morava em Carnaubinha. Com sete anos de idade, em 1903, fui para a fazenda Feijão. Saí de lá em 1916, 30 de junho. Meus avós eram da Itália, quando chegaram por aqui se misturaram com sangue de português. Esse Monteiro é parente dos Brito, eu sou parente dos Brito.

Com Antônio Marinho, eu nunca viajei para canto nenhum. Fiz várias cantorias com ele. Quando eu andava por aqui, cantava com ele. Quando eu morava em Vitória de Santo Antão, ele mudou-se para Caruaru. Eu vim, cantei com ele, levei ele a Vitória. Passou uma semana comigo. Lá, ele não andou mais. Levei ele uma vez ao Recife. Não cantou, adoeceu. Eu cantei muito foi com João da Catingueira, sobrinho de Inácio. Sete anos sem cantar com outro. Com Lino, fiz poucas viagens. Com Joaquim Vitorino, eu viajei mais, mais, e foi muito. Fui para Alagoas, Pernambuco, Recife, Piancó. Cantei com Zé Gustavo, no Arruda. Assis Tenório, eu viajei coisinha pouca, somente aqui, em Afogados. Cantei com ele em Pesqueira, Garanhuns, Caetés. Zé Limeira, eu cantei muitas vezes com ele.

Zé Pretinho, só ouvi falar por aquela história naquele folheto do cego Aderaldo, nunca conheci, acho que não existiu. Cantei com Zé Pretinho, de Caruaru, que era da Serra Velha. Com João Fabrício, que era também da Serra Velha. Com Aristo, também cantei mais ele muitas vezes. Com Laranjinha, muitas vezes. Zé Agostinho, barbeiro, cantei várias vezes. Agostinho Cajá, cantei mais ele muito, viajei mais ele. Cantei mais no Recife. Muito no Derby, no Savoy, na Câmara de Vereadores. Mnorei no Arruda trinta anos, rua das Moças.

Eu sou com Lourival como o gato com o rato. Cantei com ele no dia 5 de fevereiro (1983 — a cantoria mais recente à época), em Monteiro. Tinha Job, Zezé Lulu, João da Piaba, Zequinha, Zé Palmeira, Edésio Vicente, Zé Jabitacá. Tinha somente os de Monteiro e os de São José do Egito. Tinha Zé de Cazuza Nunes, que é grande poeta. Tinha Manuel Filó. Tinha João Furiba, Zé Galdino. Numa noite chuvosa, tinha mais de trezentas pessoas no clube.

Em certo lugar, chamado Boi Velho, chegou Manoel Filó — grande poeta, porém não usava a poesia —, deu um mote a mim e ao que estava cantando comigo: "O carão que cantava em meu baixio / teve medo da seca e foi embora". Cantei:

Se em janeiro não houver trovoada / fevereiro não tem sinal de chuva / não se vê a mudança da saúva / carregando a família da morada / só se ouve do povo é a zuada / pai e mãe, noivo e noiva, genro e nora / homem treme com fome, o filho chora / se arruma e vão tudo para o Rio / O carão que cantava em meu baixio / teve medo da seca e foi embora".

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Novo espaço para os Shows de Cobra Cordelista e amigos


Nesta Sexta-Feira dia 12 de junho acontecerá a festa verso repente e namorados com os cantadores "Sinésio Pereia e Eduardo Lopes" em um novo espaço, no "Encato Bar" na Avenida Comercial, após a Igreja Católica.

O show começará a partir das 20:00.

Conto com todos vocês.

Cobra Cordelista.

domingo, 17 de maio de 2009

Mais Espeto na Mesa

A festa continuou rasgou o bucho da noite e todas as a virgens dos céus caíram e inundaram com sua formosura e restaurante Espeto na mesa.

Veja mais fotos de quem esteve por lá:


Cobra Cordeliste e os cantadores Edmilson Ferreira e Antônio Liboa


O vice-Prefeito Edir Pinto, Lula Côrtes e o Escritor e Poeta Marcos Henrique

terça-feira, 12 de maio de 2009

Primeira cantoria do restaurante Espeto na Mesa


No último dia 08 de maio foi realizado a primeira cantoria do restaurante Espeto na Mesa, com os cantadores “EDMILSON FERREIRA E ANTONIO LISBOA”.

Foi uma noite memorável cheia de amigos e presenças ilustres, o realizador do evento foi o cordelista e contador de causos Cobra Cordelista. Nesses próximos dias vocês verão quem passou por lá e como o ambiente é familiar e os convida a desfrutar de boa música, boas conversas e uma deliciosa comida.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

1° CANTORIA DO RESTAURANTE ESPETO NA MESA

1° CANTORIA DO RESTAURANTE ESPETO NA MESA



DIA : 08/05/2009

HORÁRIO: 20:00

COM: EDMILSON FERREIRA E ANTONIO LISBOA

REALIZAÇÃO: COBRA CORDELISTA




LOCAL: RESTAURANTE ESPETO NA MESA ( ANTIGO BAR DA POEIRA )
AV. COMERCIAL S/N APÓS O RECANTO GAUCHO.

INFORMAÇÕES PELO FONE: (81) 8649 – 6768 8828 - 0242

1° Mostra de Cultura de Cavaleiro II Parte

1° Mostra de Cultura de Cavaleiro II Parte



Grupo de Percussão Umbu Ganzá e Baque Especial


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Grupo Baque Especial


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terça-feira, 28 de abril de 2009

1° Mostra de Cultura de Cavaleiro

1° Mostra de Cultura de Cavaleiro

Vários Grupos se apresentaram na Primeira Mostra de Cultura de Cavaleiro.




Ciranda a democratização da cultura


Cia de Folguedos




Cia de Folguedos - Guerreiro


Grupo Brincantear




Grupo Brincantear dança afro



sexta-feira, 17 de abril de 2009

Como compor um cordel?


A obra
Cordéis e outros poemas se constitui de 15 cordéis e 2 poemas onde, do ponto de vista estrutural, predominam as sextilhas e as décimas, ambas com versos de 7 sílabas poéticas (redondilha maior).


Observações:

Sextilhas = 6 versos que apresentam rimas nos versos pares.
Redondilha maior = Versos de 7 sílabas poéticas.
Décimas = estrofe com 10 versos.