Empresa do sistema Eletrobrás, com sede no Recife, foi uma das pioneiras no Brasil na construção de grandes usinas hidrelétricas. Criada através do Decreto 8031, de 03 de outubro de 1945, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, e constituída a 15 de março de 1948, com o objetivo de gerar energia elétrica para o Nordeste, aproveitando o potencial hidráulico do Rio São Francisco.
Iniciou sua operação no começo de 1955, com duas unidades geradoras de 60 mil megawatts, instaladas na região de Paulo Afonso Bahia.
Em 1996, contava com um complexo de 13 grandes hidrelétricas e algumas termoelétricas. A princípio, tinha uma área de atuação que se estendia por todo o Nordeste até que, em 1980, o estado do Maranhão teve seu abastecimento transferido para o Sistema Eletronorte.
A partir de então, passou a atuar nos demais estados nordestinos, da Bahia ao Piauí, abrangendo uma área 1 milhão 220 mil km2, equivalentes a 14,3% do território brasileiro. Pouco antes da hidrelétrica de Tucuruí entrar em operação, em 1984, a energia gerada pela Chesf foi levada também ao Pará, para iluminar Belém e o acampamento daquela futura usina.
Esta interligação entre Nordeste e Norte foi considerada um importante marco da engenharia brasileira, por conta da distância entre a fonte geradora e a de consumo da energia, superior a 1.800 quilômetros.
Para explorar as águas do São Francisco, a Chesf enfrentou grandes desafios, entre os quais a escavação de uma grande caverna, 80 metros adentro do solo do semi-árido, para a instalação da primeira hidrelétrica nordestina, que foi a usina Paulo Afonso I, iniciada em 1949 e inaugurada a 15 de janeiro de 1955, pelo então presidente da República, João Café Filho.
Antes da construção da hidrelétrica de Paulo Afonso, tudo o que existia no Nordeste eram pequenos aproveitamentos hidráulicos ou de geração térmica, que abasteciam localidades isoladas. Após a construção da Paulo Afonso, sucederam-se as outras grandes hidrelétricas do sistema Chesf.
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