quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Folclore Infantil




Quem não conhece uma brincadeira, um versinho popular ou uma cantiga de roda? Pois saiba que as músicas, os brinquedos, as parlendas e os jogos fazem parte do rico folclore infantil brasileiro. Se você prestar atenção, vai perceber que o folclore também faz parte da sua vida.

1. Parlendas

Você sabe o que são parlendas? São versos infantis com rimas, criados para as mais diferentes finalidades, entre elas divertir, acalmar, ajudar a decorar números ou escolher quem deve iniciar uma brincadeira. Como variam bastante, cada pessoa pode conhecê-las de um modo diferente. Confira uma parlenda e veja se a que você conhece é parecida com essas!

"Um, dois, feijão-com-arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, bolo inglês.
Sete, oito, comer biscoito.
Nove, dez, comer pastéis."

"Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão.
Menininha quando dorme
põe a mão no coração"
2. Coisas de assustar

As assombrações e os seres sobrenaturais não existem, mas muitas são as histórias que fazem parte da imaginação das pessoas. Elas são transmitidas de pai para filho e muito comuns em todo o Brasil.
MULA-SEM-CABEÇA

Segundo a lenda, a mula-sem-cabeça tem cascos afiados e pode dar coices que machucam bastante. Embora não tenha cabeça, ela pode relinchar. Dizem que toda mulher que faz algum mal se torna mula-sem-cabeça na noite de quinta para sexta-feira. Antigamente, dizia-se que essa transformação acontecia com mulher que namorasse um padre católico.

BICHO-PAPÃO
A lenda do bicho-papão diz que ele tem um corpo peludo e olhos vermelhos. Ele ficaria escondido para assustar crianças que não querem dormir.

LOBISOMEM O mito do lobisomem foi trazido ao Brasil pelos portugueses e diz que todo filho nascido depois de sete filhas se transforma em lobisomem. Essa transformação aconteceria sempre nas sextas-feiras de lua cheia, entre meia-noite e duas e meia da madrugada.
3. Lendas e Mitos

O folclore brasileiro é rico em lendas e personagens. Transmitida há várias gerações, essas histórias fascinam adultos e crianças. Conheça as principais.

CURUPIRA

Defensor das matas, segundo a lenda o curupira é um índio pequeno, que surge e desaparece de repente. Tem pés virados para trás e faz ruídos misteriosos, para confundir e assustar os caçadores e os agressores das matas.
BOITATÁ

Descrito como um touro com um olho no meio da testa, essa história diz que o boitatá protege as matas das pessoas que as incendeiam.

CAIPORA Pela lenda, a caipora tem o corpo coberto de pêlos e percorre as matas montada num porco selvagem, para proteger os animais que vivem na floresta.

IARA, MÃE-D'ÁGUA
Versão brasileira da lenda das sereias, Iara é a mãe-d'água. Ela vive no Rio Amazonas e, nas noites de lua cheia, fica em cima das pedras, penteando seus longos cabelos para atrair os jovens com quem deseja casar.

GRALHA-AZUL
Essa lenda paraense conta que, depois de ver um pinheiro sendo destruído, uma gralha ficou triste e subiu para o céu. De lá, ouviu uma voz dizendo que a partir de então ela teria a cor azul e seria responsável por plantar pinheiros na Terra.

SACI-PERERÊ
É o mais famoso personagem do folclore brasileiro. A história do saci-pererê conta que ele tem apenas uma perna, usa um gorro vermelho, vive fumando um cachimbo e aparece e desaparece quando quer. Sapeca por natureza, está sempre aprontando, além de assustar todas as pessoas que tentam destruir as florestas.

LENDA DA VITÓRIA RÉGIA
É uma história da região norte do Brasil, contada pelos índios daquela região sobre o surgimento de uma das mais belas flores aquáticas do mundo: a Vitória-Régia. Conta a lenda que uma jovem índia chamada Naiá queria conquistar o amor da Lua, que era para eles um homem guerreiro audacioso, belo e forte. Ela acreditava que a Lua (o guerreiro) iria transformá-la em estrela e assim corria todas as noites com os braços estendidos tentando alcançar a Lua, sem jamais conseguir. Certa noite, Naiá viu a Lua refletida nas águas de um rio e pensando ser o seu amado atendendo seus chamados, ela atirou-se no rio e nunca mais voltou. A Lua, com pena de tamanha tragédia, ao invés de transformá-la em uma estrela, acabou transformando-a em uma flor tão bela quanto imensa: a Vitória-Régia.

LENDA DA BRUXA NICÁCIA
É uma lenda do sertão nordestino, onde o regime irregular de chuva criou esse personagem. Conta a lenda que há muitos anos, no sítio das Limeiras, Sertão do Piauí, vivia uma bruxa chamada Nicácia. Ela era a sétima filha de um casal, e tinha que cumprir o triste destino de sugar o sangue de criancinhas na Quaresma. A bruxa vivia com a sua amiga coruja, numa cabana afastada de todos. Quando ela sumia, todos diziam que ela ia visitar o diabo. Quando voltava desses encontros ela preparava suas terríveis poções e fazia previsões, como a de que um dia o rio Corrente sairia do seu leito, causando uma enchente e afogaria a todos. Certa noite houve uma horrível tempestade, inundando tudo. Depois de passada a chuva, a bruxa, sua cabana e sua coruja sumiram. Alguns contam que ela foi arrastada para o fundo de um poço e se transformou num animal horrendo, o qual foi visto algumas vezes tomando sol nas margens do rio, espantando as lavadeiras com seus urros.

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