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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Voce sabe o que foi o: MOVIMENTO ARMORIAL?



MOVIMENTO ARMORIAL

A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos "folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a Música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus "cantares", e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados".

Ariano Suassuna, Jornal da Semana, Recife, 20 maio 1975.

O Movimento Armorial surgiu sob a inspiração e direção de Ariano Suassuna, com a colaboração de um grupo de artistas e escritores da região Nordeste do Brasil e o apoio do Departamento de Extensão Cultural da Pró-Reitoria para Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Pernambuco.

Teve início no âmbito universitário, mas ganhou apoio oficial da Prefeitura do Recife e da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco.

Foi lançado oficialmente, no Recife, no dia 18 de outubro de 1970, com a realização de um concerto e uma exposição de artes plásticas realizados no Pátio de São Pedro, no centro da cidade.

Seu objetivo foi o de valorizar a cultura popular do Nordeste brasileiro, pretendendo realizar uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares da cultura do País.

Segundo Suassuna, sendo "armorial" o conjunto de insígnias, brasões, estandartes e bandeiras de um povo, a heráldica é uma arte muito mais popular do que qualquer coisa. Desse modo, o nome adotado significou o desejo de ligação com essas heráldicas raízes culturais brasileiras.

O Movimento tem interesse pela pintura, música, literatura, cerâmica, dança, escultura, tapeçaria, arquitetura, teatro, gravura e cinema.

Uma grande importância é dada aos folhetos do romanceiro popular nordestino, a chamada literatura de cordel, por achar que neles se encontram a fonte de uma arte e uma literatura que expressa as aspirações e o espírito do povo brasileiro, além de reunir três formas de arte: as narrativas de sua poesia, a xilogravura, que ilustra suas capas e a música, através do canto dos seus versos, acompanhada por viola ou rabeca.

São também importantes para o Movimento Armorial, os espetáculos populares do Nordeste, encenados ao ar livre, com personagens míticas, cantos, roupagens principescas feitas a partir de farrapos, músicas, animais misteriosos como o boi e o cavalo-marinho do bumba-meu-boi.

O mamulengo ou teatro de bonecos nordestino também é uma fonte de inspiração para o Movimento, que procura além da dramaturgia, um modo brasileiro de encenação e representação.

Congrega nomes importantes da cultura pernambucana. Além do próprio Ariano Suassuna, Francisco Brennand, Raimundo Carrero, Gilvan Samico, entre outros, além de grupos como o Balé Armorial do Nordeste, a Orquestra Armorial de Câmara, a Orquestra Romançal e o Quinteto Armorial.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Til o mestre do artesanato

Foto de Til


Til. Este é um grande mestre que, em sua simplicidade constrói, com suas mãos, peças belíssimas. È gente que mostra que Deus presenteia seus filhos, com a arte e não importa onde ele vive nos arranha céus de uma grande cidade, ou na periferia de uma cidade pequena, a arte é divina, e Deus a reparte conforme sua infinita sabedoria. Oportunizando a todos!



Não posso falar muito sobre Manoel Bezerra, a quem todos em Itapetim, o ventre imortal da poesia Chamam de Til, mas deixarei que a sua arte, por mim fotografada, confirme para vocês a admiração que eu sinto por este mestre do artesanato! Minha equipe também ficou surpresa, com a qualidade de seu artesanato, e a beleza da sua criação. Dá pra ver a cara de encantamento de Nido do acordeon e de Pereira, e a mágica deste momento, que também encanta e dá um belo exemplo para as crianças de Iitapetim, no Sertão do Pageú. Aqui coube ainda uma foto na casa da minha jornalista predileta, a Taciana Gomes da rádio Sertânia FM, e da rádio Pedras Soltas, uma foto do meu amigo Erivan diretor da rádio Pedras Soltas FM. Na rua eu caminho ao lado de meu amigo e meu irmãozinho água com açúcar (garapa) um cara pra lá de especial e responsável criador pelos vídeos mais engraçados que já vi internet, para ver é só acessar www.itapetim.net eu recomendo!!!



Abraços!










sábado, 26 de dezembro de 2009

Mais do velho Lula


1954 História do Nordeste

1. Paraíba
2. Respeita Januário
3. Saudade de Pernambuco
4. O xote das meninas
5. O ABC do sertão
6. Acauã
7. Algodão
8. Asa Branca

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


Gostaria de deseja a todos um feliz Natal arretado de bom para todos... vocês!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

COVEIRO SEM ESPERANÇA NÃO SEPULTE O MEU PASSADO

Patativa do Assaré e Louro do Pajeú

imagens: Beto Candia e Greg Holanda


Em 1984, foi realizado em Arcoverde-PE, o Primeiro Festival de Viola daquela cidade. A realização coube à Faculdade de Formação de Professores, que tinha como diretor, o Professor José Rabelo, apoiado por Manoel Filó e Raimundo Patriota, no decorrer do Festival, os promoventes organizaram uma roda de glosa, que dentre outros, participaram, Lourival Batista - que estava completando 70 primaveras, Diniz Vitorino - o Augusto dos Anjos da viola, Jó Patriota, José Rabelo, João Paraibano, Sebastião Dias, Daudete Bandeira, Pedro Amorim e um convidado muito especial: Patativa do Assaré.


Diniz Vitorino deu o seguinte mote:

COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO.

O texto completo sobre esse acontecimento pode ser conferido na coluna de Ésio Rafael, Folhas Soltas. O mote acabou tendo duas chaves conforme visto abaixo:

Convocamos a todos os poetas, cordelistas e cantadores para glosarem o mote.


Patativa do Assaré [Arcoverde/PE, 1984]

EU VIVO NO CATIVEIRO
PERDI A MINHA QUERIDA
O AMOR DA MINHA VIDA
O MEU AMOR VERDADEIRO
Ó MEU AMIGO COVEIRO
ÉS TÃO FORTE E DESGRAÇADO
ESSE CAIXÃO ENFEITADO
FOI MEU SONHO MINHA BONANÇA
COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO.

Lourival Batista [Arcoverde/PE, 1984]

VELHO COVEIRO OBSCURO
DA MORTE ÉS UM BENEMÉRITO
SETENTA ANOS DE PRETÉRITO
E QUASE NADA DE FUTURO
EU VIVO PAGANDO JURO
E UM TANTO IMPRESSIONADO
HOJE ABATIDO E CANSADO
DEIXE O VELHO SER CRIANÇA
COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO.

Ademar Rafael Ferreira [Marabá-PA, 17/11/2009]

Posso até não merecer
Futuro cheio de glória
Meu passado e minha história
Com garra eu vou defender,
Não adianta dizer
Que estou velho e cansando
Eu não vou ficar parado
Senão você me alcança
Coveiro sem esperança
Não sepulte e meu passado.

Eloi Firmino de Melo [João Pessoa-PB, 17/11/2009]

Não tenho medo da morte
Mas tenho amor pela vida;
Já foi um tanto sofrida
Quando eu vivia sem norte;
Aí o vento da sorte
Fez chover no meu roçado;
Me tornei equilibrado
Feito um fiel de balança.
Coveiro sem esperança,
Não sepulte o meu passado.

Ciro Menezes [19/11/2009]

Respeitar o que vivi
Faz parte de minha vida
Que na sequência da lida
Tô aqui, sobrevivi
Céus e terras que movi
Defendendo o meu roçado
De cada tico, um bocado
Pra dar a minha criança
Coveiro sem esperança
Não sepulte o meu passado.

Astier Basílio [19/11/2009]

depois de lutas e anos
tristes dores e karmas,
eu deponho as minhas armas
no altar dos desenganos
suplico aos deuses arcanos
que respeitem meu enfado
meu escudo está quebrado
está sem uso minha lança
Coveiro sem esperança,
Não sepulte o meu passado.

Cícero Moraes [BELMONTE-PE, 19/11/2009]

QUANDO A VIDA TERMINAR
SÓ MEU CADÁVER É QUE FICA
DEIXAREI LEMBRANÇA RICA
POR UMA VIDA EXEMPLAR
PARA PODEREM LEMBRAR
DEIXO UM VERSO RIMADO
BONITO, METRIFICADO,
ETERNIZANDO A LEMBRANÇA
COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO.

Alberlando Lúcio [19/11/2009]

Sonhei e ainda sonho
Viver feliz é o mote
Não me desprendo da sorte
Para não ser tristonho
A História que componho
Agiganta meu reinado
Não me deixe acuado
Pois sou a perseverança
Coveiro sem esperança
Não sepulte meu passado

JAELSON GOMES [19/11/2009]

ESCREVI A MINHA HISTÓRIA
COM DORES E ALEGRIAS
TRABALHOS E FANTASIAS
TENHO TUDO NA MEMÓRIA
PORÉM ME SINTO ESCÓRIA
AO VER O APROXIMADO
NÃO TENHO ISSO ESPERADO
PARA ISSO SOU CRIANÇA
COVEIRO SEM ESPERANÇA
NÃO SEPULTE O MEU PASSADO

DUVAL BRITO [19/11/2009]

Oh coveiro sem coração
da morte não posso escapar
quando ela me matar
tu não terás compaixão
vedarás o meu caixão
num gesto triste e malvado
ficarei ali sepultado
mas ainda serei lembrança
coveiro sem esperança
não enterre o meu passado.

Ésio Rafael [19/11/2009]

Desatarraxe a ferrança
Abra a tampa do caixão
Jogue o castiçal no chão
"COVEIRO SEM ESPERANÇA"
Arremesse feito lança
Meu corpo inteiro velado
Pra cair no mar gelado
Num balé de onda e peixe
Quero que assim me deixe
"NÃO SEPULTE O MEU PASSADO"

Kerlle de Magalhães [20/11/2009]

Ta vendo aquele caixão
Da minha mãezinha morta
A lembrança que conforta
É lembrar a educação
Qu'eu tive com sua ação
De carinho e de cuidado
Por isso fui educado
Com su'alma pura e mansa
Coveiro sem esperança
Não sepulte o meu passado.

Fonte:http://www.interpoetica.com/colunas.htm