quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Luiz Jacinto o nosso Coroné Ludugero!


Luiz Jacinto foi escoteiro aos dez anos e estudou no 'Colégio de Caruaru (hoje Colégio Diocesano), onde concluiu o curso ginasial. Começou a trabalhar ajudando o pai a fazer selas de cavalo, mas não seguiu a profissão.

Com 12 anos foi trabalhar numa padaria entregando pão e, em seguida,, foi ajudante de pedreiro. Com 16 anos foi para os correios entregar telegramas. Nessa época serviu em São Bento do Una e Sirinhaém, cidades de Pernambuco morou em Palmeira dos Índios-AL onde ele começou sua jornada.

Aos 18 anos foi morar no Recife, onde fez um concurso para telegrafista. Embora não tenha sido aprovado, foi aproveitado pelos correios porque sabia taquigrafia. Permaneceu no órgão até ingressar na vida artística.

Luiz Jacinto começou sua vida artística na Rádio Clube de Pernambuco, onde fazia o programa das 12h30min sob o patrocínio da Manteiga Turvo.

Em 1960 conheceu Luiz Queiroga, que, com o incentivo do radialista Hilton Marques, criou o personagem Coronel Ludugero.

Logo no início, o Coronel Ludugero se apresentava sozinho, mas logo depois conheceu também Irandir Peres Costa (Otrópe).

Apesar de muita gente não saber, e o personagem de Dona Felomena ser mais conhecido com a atriz Mercedes Del Prado, nos primeiros programas o mesmo personagem, com o nome de Dona Rosinha, era interpretado por Rosa Maria, outra atriz de muito talento.

A figura do Coroné Ludugero criada por Luiz Jacinto retratava com bom humor a figura lendária dos coronéis, muitos dos quais pertenciam à Guarda Nacional e gozavam de grande prestígio junto a população. Era um homem simples de poucas palavras, amante da verdade e sincero. Gabava-se de si próprio.

Contador de histórias fantásticas, era casado com dona Filomena. Bom aboiador, bom cantador de viola e poeta. Mantinha um secretário (Otrópe) que o orientava nos negócios e nas questões políticas. Ludugero se sentia feliz em contar histórias, dando expansão ao seu gênio brincalhão, quando não estava em crises de impaciência e nervosismo.

A morte de Luiz Jacinto

No dia 14 de março de 1970, morre Luiz Jacinto e Irandir Costa, com toda sua equipe, vítima de desastre aéreo na Baía de Guajará , em Belém do Pará. O corpo de Jacinto só foi encontrado no dia 30 de março e sepultado um dia depois, em Caruaru.

Depois da morte do Coronel Ludugero e de Otrópe, lançaram-se outros personagens tentando resgatar o riso perdido com a triste tragédia. Entre eles, Coroné Ludrú e Gerômo, Coroné Caruá e Altenes, Seu Pajeú e Zé Macambira, esses com a produção e direção de Luiz Queiroga.

Mas, até hoje, os personagens são lembrados e revividos em épocas juninas por atores amadores e admiradores dos tipos.

Na cidade de Caruaru foi criada, na Vila do Forró, a miniatura da casa do Coronel Ludugero e da Véia Felomena, onde é grande a visitação por turistas. Durante os festejos juninos desta cidade podem ser vistos personagens caracterizados, desfilando pelas ruas, relembrando esses artistas. mas a saudade ficou pra sempre.

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